A Busca pela felicidade

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Normas ruins levam diretamente ao desprazer. Normas boas vão de encontro com o prazer. Interpretações jurídicas que olvidam de levar em consideração os critérios ou parâmetros utilitaristas tornam-se inadequadas e inevitavelmente caem em desuso. Ou seja, tendem as leis a cair em desuso, por inoperantes. Tendem as interpretações jurídicas a caírem no descredito, por ineficazes. Ambas em determinado momento de sua existência caíram em desuso e logo serão substituídas por outras leis e interpretações que venham a ser reconhecidas pela sociedade com solução mais benéfica, aquela que traz maior satisfação social.

No plano politico inclusive, a logica da avaliação de um governo como bom ou ruim, reside na sua finalidade: propiciar aos seus cidadãos o maior bem estar possível, obtendo por parte da população a validação deste como um bom governo devido ao fato deste ter gerado maior satisfação possível aos cidadãos.

Sob a ótica utilitarista, temos um conceito de comportamento que vem reger sociedades dando a opção dos indivíduos optarem pela maximização de sua felicidade, que aquilo que o homem busca do inicio ao fim de sua vida, sempre em detrimento ou até mesmo a eliminação do sofrimento. Porém, este conceito utilitarista é também muito perigoso, pois é um conceito que se embasa completamente na moral de um sujeito, sendo que todos os sujeitos são singulares e buscam seus objetivos pessoais. Então pode se tornar uma tarefa árdua em certo ponto projetar o desejo de um individuo sobre toda uma sociedade onde este está buscando pela sua satisfação e neste meio pode também estar comprometendo aquela que é a satisfação de outro individuo, pois como já foi dito, o utilitarismo precisa da aprovação de uma parte significativa da sociedade para que seja validado, o que pode acarretar na perda do objeto de satisfação de outro grupo no mesmo meio social.