A Antígona de Sófocles
Por: Paola Jatobá • 28/9/2018 • Trabalho acadêmico • 622 Palavras (3 Páginas) • 441 Visualizações
Filosofia Jurídica
A Antígona é um conto da mitologia grega que evidencia a distinção entre o
positivismo e o direito natural, ou jusnaturalismo. Sua versão mais famosa está descrita na
obra de Sófocles que retrata na forma de uma peça de teatro a história de Antígona, filha de
Édipo, que após descobrir que havia se casado com sua própria mãe, cometeu suicídio.
Para entender o princípio da narrativa, necessário se faz conhecer um fato sobre
dois irmãos de Antígona, Polinices e Etéocles, que matam um ao outro, no momento em
que Polinices tenta invadir a cidade de Tebas, que antigamente havia sido governada por
Édipo, pai de todos os mencionados irmãos.
Nisso, Creonte, atual governante de Tebas, que também possuía laços sanguíneos
com a família de Antígona, ordena que o corpo de Etéocles, que morreu defendendo a
cidade, receba um funeral com todas as honrarias de um herói, por outro lado, ordena
ainda que o corpo de Polinices seja deixado ao relento e que toda e qualquer pessoa que
desobedeça ao seu decreto, seja morta.
No entanto, Antígona desobedece a ordem de Creonte e, durante a tentativa de
enterrar o seu irmão Polinices, é descoberta durante o ato, sendo levada à presença do
governante para receber sua sentença. Neste momento, temos o grande embate entre o
direito positivo/positivismo (fonte/fundamento do poder legiferante de Creonte),
representado pelo decreto criado pelo governador Creonte e, de outro lado, o direito
natural/jusnaturalismo (fonte/fundamento jurídico para considerar o ato fraternal,
respeitoso e costumeiro), representado pela atitude de Antígona, que agiu em obediência às
disposições divinas, cuja ordem era a de sepultar todo falecido.
Neste debate que envolveu o julgamento de Antígona foi posta em pauta a palavra
justiça, para demonstrar que ainda que Creonte fosse detentor de poder o suficiente para
fazer sua vontade prevalecer, esta atitude dele para com Antígona e o corpo de Polinices,
estava eivada de injustiça.
Em meio a toda argumentação, Antígona proferiu as seguintes palavras: “Será um
belo fim
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