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TRABALHO AUTOINSTRUCIONAL INFLAÇÃO - PARTE TEÓRICA

Por:   •  5/12/2017  •  2.308 Palavras (10 Páginas)  •  419 Visualizações

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Esse trabalho está organizado em seis partes. Na primeira parte, será abordado o conceito de inflação, como ela é calculada e com quais variáveis se relaciona diretamente. Na segunda, tem-se sua classificação de intensidade quanto ao valor das taxas e, na terceira, quanto aos fatores que a causam. Já na quarta parte encontra-se quais são as consequências socioeconômicas geradas por ela. Na quinta são discutidas as possíveis formas de combatê-la eficientemente. Por último, tem se, então, quais foram as conclusões gerais alcançadas com a realização desta pesquisa.

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, em primeiro plano, e a via internet como complemento a essa primeira.

2 INFLAÇÃO

2.1 Conceito de inflação

A inflação é uma variável macroeconômica utilizada para mensurar a elevação contínua e generalizada do nível de preços dos bens e serviços. Por contínua, entende-se que esse aumento não é eventual, ou seja, repete-se seguidamente e, por generalizada, compreende-se que incide sobre diversos bens e serviços e não somente alguns.

Essa variável consiste, portanto, numa taxa de variação percentual de um índice de preços em um determinado período. Ou seja:

[pic 3]

Como exemplo, suponhamos que, no Brasil, o índice de preços de uma determinada cesta de produtos fosse 200 em 2014 e 220 em 2015. Então a taxa de inflação entre 2014 e 2015, no Brasil foi:

(220 – 200) / 200 = 0,10 = 10%

Portanto, o país teve uma taxa de inflação de 10% no período em questão.

Nota-se que a base do cálculo da inflação é o índice de preços e, no Brasil, existem muitos utilizados nessa mensuração, são mais de dez indicadores. Existem tantos índices nesse país para que seja possível retratar o complexo fenômeno de inflação brasileira com maior precisão e rapidez, uma vez que as diversas classes socioeconômicas e os vários setores produtivos vivenciam a inflação de forma diferente.

Com isso, é importante ressaltar que a taxa de inflação é referencial, ou seja, depende do período analisado, da população-alvo e seu padrão de consumo e, também, de qual a participação de cada item no gasto dessas famílias.

Muito se confunde em relação a inflação, afirmando, por exemplo, que se refere ao nível de preços, se esses são altos ou baixos, mas, portanto, percebe-se que consiste na variação de aumento desses e não na qualificação do valor do preço em si.

2.2 Classificação da inflação quanto à sua Intensidade

Alguns economistas consideram a existência de alguma inflação na economia como saudável. Porém, em certos níveis, ela deixa de ser admissível. Obviamente, não existem limites rígidos para se dizer quando ela é aceitável ou repudiável, uma vez que muitas variáveis incidem sobre a economia ao mesmo tempo, influenciando no resultado final.

Por outro lado, com base em evidências históricas é possível classificar, ainda que aproximadamente, as taxas de inflação. A seguir temos as classificações cabíveis:

- Inflação Baixa:

Pode-se dizer que uma inflação é baixa quando a taxa anual está entre 1,6% e 4,2%, aproximadamente, usando como referência a baixa inflação vivida pelos Estados Unidos entre 1991 e 2008.

- Inflação Moderada:

De acordo com o FMI, uma inflação acima de 5% ao ano prejudica a economia. Portanto, uma inflação moderada é aquela que está acima desse patamar, mas não chega a alcançar dois dígitos. Essas exigem atenção do governo, porém não há grande dificuldade para controlá-las.

- Inflação Crônica:

Uma inflação é dita crônica quando suas taxas ultrapassam dois dígitos ao ano e repetem-se por um longo período. Uma inflação crônica foi vivida pelo Brasil durante praticamente toda metade do século XX.

- Hiperinflação:

Esse estágio inflacionário é precedido por uma aceleração inflacionária, ou seja, a taxa de inflação tem um aumento elevado e progressivo, muitas vezes em progressão geométrica, mas por um curto período. Ocorreu, por exemplo no Brasil, entre 1986 e 1989.

2.3 Classificação da inflação segundo suas causas

Apesar de na prática não ser possível identificar os tipos de inflação e as suas causas separadamente, uma vez que esses fenômenos são interdependentes, para fins de facilitar a compreensão desses, pode-se classificar a inflação em quatro tipos distintos, são eles:

- Inflação de Demanda

A Inflação de Demanda ocorre quando a procura é maior do que a oferta, ou seja, quando existem agentes econômicos (pessoas, empresas e governo) dispostos a consumir, mas não existem produtos suficientes para atendê-los. Também acontece quando há uma emissão elevada de moeda. Esses dois fatores geram, então, o aumento dos preços.

Esse primeiro caso ocorre quando a economia está próxima do pleno emprego de recursos, uma vez que não é possível aumentar a produção de bens e serviços a curto prazo, os consumidores não encontrarão disponíveis produtos suficientes no mercado e os vendedores, por sua vez, aumentarão o preço já que a venda é garantida.

Já em relação a emissão elevada de moeda, passa a existir muito dinheiro em relação à quantidade de mercadorias disponíveis e, quando há muito dinheiro circulando, todos querem consumir, e, se a produção não acompanha o ritmo da demanda, os preços sobem.

- Inflação de Custos:

A Inflação de Custos acontece quando os custos de produção se elevam, comprometendo a oferta. Esse fenômeno pode ser reflexo de um aumento dos salários de forma desproporcional ao aumento da lucratividade, da elevação dos custos das matérias primas ou pela existência de mercados pouco concorrenciais no setor.

No primeiro caso supracitado, as pressões sindicais e a escassez de mão de obra levam os salários a aumentarem sem que aja no mercado uma correspondência com o aumento dos lucros. Essa elevação fará com que a produção custe mais caro, refletindo no preço dos bens e serviços.

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