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Resumo Sobre a Moeda

Por:   •  14/5/2018  •  2.873 Palavras (12 Páginas)  •  320 Visualizações

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De uma forma geral, são apresentadas várias medidas de moeda, diferenciadas pelo tipo de depósitos ou outros ativos financeiros substitutos próximos que são incluídos num determinado agregado. Uma das medidas mais comuns da moeda utilizada em vários países é a que incluí no conceito de moeda as notas e moedas em circulação e os depósitos à ordem. Esta medida da moeda é conhecida por M1. Conceitos mais amplos de moeda adicionam ao agregado anterior depósitos por prazos mais ou menos longos e outros ativos financeiros que são relativamente líquidos.

Ao longo da História, porém, outras medidas de moeda têm sido usadas na condução da Política Monetária. Estes agregados, mais alargados, incluem ativos não tão líquidos quanto os incluídos em M1. Tais agregados incluem ativos que salientam a função de reserva de valor da moeda em vez da função de meio de troca como acontecia com M1.

Na tabela seguinte são apresentados os agregados monetários que são utilizados pelo Banco Central Europeu (BCE) na Zona Euro e que são publicados regularmente.

[pic 4]

Cada agregado inclui ativos de liquidez comparável. Mesmo os ativos menos líquidos incluídos em M2 ou mesmo M3 podem de uma forma geral ser facilmente convertidos em cash com um custo relativamente reduzido em termos de trabalho despendido e juros perdidos.

Criação e destruição de moeda por um único banco

Um banco cria moeda sempre que adquire três categorias de ativos:

- Concessão de crédito aos industriais, agricultores e particulares;

Ex. desconto de uma letra num banco comercial

[pic 5]

- Créditos sobre o estrangeiro “Divisas”; sempre que um banco compra divisas, por exemplo, a um exportador, está a exercer um poder de monetização, o que equivale a dizer que o banco cria moeda. Por exemplo, se um banco efetuar uma compra de divisas no montante de 100, temos os seguintes movimentos esquemáticos no balanço do banco.

[pic 6]

- Financiamento ao Estado. Estes créditos são propostos ao banco quer pelo estado, quer pela clientela que deseja descontar esses efeitos públicos, emitindo o banco a moeda necessária para a realização da transação.

- Compra de ativos reais por parte de um banco.

[pic 7]

Através dos mecanismos anteriormente descritos dá-se a criação de moeda por parte de um banco, sempre que este adquire ativos não monetários, ou seja, ativos reais (imóveis) ou financeiros (créditos). O valor destes ativos- reais ou financeiros- figura no ativo do balanço do banco, enquanto que no passivo é inscrita a moeda criada ao monetizar ativos que não são moeda. Este mecanismo pode funcionar ao contrário, verificando-se então destruição de moeda. Isto acontece, por exemplo, quando o banco na data do vencimento procede à cobrança dos ativos que possui em carteira.

O multiplicador do crédito

O mecanismo do multiplicador do crédito está representado na figura seguinte:

[pic 8]

Admitindo que em cada período os bancos canalizam para crédito todas as suas reservas excedentárias, o mecanismo do multiplicador funciona da seguinte forma:

- Com base num determinado nível inicial de reservas excedentárias (R0x) os bancos numa primeira fase canalizam toda esta reserva para crédito, o que faz variar o crédito (∆ Cl0). Uma parte deste crédito fica no sistema bancário depositado em contas dos clientes (∆ DT0); sobre estes depósitos os bancos têm que efetuar uma reserva legal (RL0) em contas junto do banco central à taxa n. Uma outra parte é levantada pelos clientes bancários sobre a forma de notas e moedas (∆C0) saindo para fora do sistema bancário;

- No período seguinte os bancos dispõem de uma nova reserva excedentária mobilizável para crédito. Esta nova reserva excedentária é menor que a inicial devido a “fugas” de moeda para fora do sistema bancário e para reservas legais (R1x= R0x - ∆C0 - ∆RL0);

- Período após período, existe uma reserva excedentária mobilizável para crédito menor que a do período anterior. Este processo é finito uma vez que as reservas excedentárias se esgotam.

- Demonstra-se que num sistema onde não existem notas e moedas em circulação, onde, portanto, todos os pagamentos são feitos via sistema bancário, existe uma relação de multiplicador entre a reserva excedentária inicial e moeda criada na economia via mecanismo do multiplicador do crédito. Essa relação é dada por:

[pic 9]

Ou seja, a capacidade de criação de moeda via mecanismo do multiplicador do crédito depende da taxa de reserva legal. A título de exemplo, suponha-se que a taxa de reserva legal é igual a 2% ([pic 10]); neste caso, com uma reserva excedentária inicial

, seria possível criar moeda através do crédito no montante de:[pic 11]

[pic 12]

Os Bancos comerciais como um todo para aumentarem o volume de reservas que podem canalizar para crédito poderão ter de recorrer ao Central. Este pode controlar o preço e ou a quantidade dessas reservas. De uma forma geral, o Banco Central controla tipicamente o preço a que fornece reservas aos Bancos Comerciais. Naturalmente quanto maior for o preço- a taxa de juro- a que os bancos Comerciais têm acesso a essas reservas menor será a procura por parte dos Bancos Comerciais. Existe, pois, uma relação negativa entre a taxa de juro a que o Banco Central concede reservas aos Bancos Comerciais e a capacidade de criar moeda na economia via mecanismo do multiplicador crédito. Essa relação está representada no gráfico seguinte:

(taxa de juro das reservas)[pic 13](procura de reservas)

A taxa de juro a que o Banco Central cede liquidez aos bancos [pic 14] é uma taxa de juro estruturante de todas as taxas de juro da economia. É, por assim dizer, um patamar inferior a partir do qual todas as taxas de juro da economia se situam. Na Zona Euro esta taxa é determinada pelo BCE sendo conhecida pela taxa das operações principais de refinanciamento. Estas operações são realizadas semanalmente pelo prazo contratual de uma semana. A tabela que a seguir

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