REVISÃO DE LITERATURA INDICADORES DE VIABILIDADE FINANCEIRA
Por: Evandro.2016 • 23/11/2018 • 2.667 Palavras (11 Páginas) • 394 Visualizações
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O termo valor presente líquido destaca que já está sendo considerado o custo corrente do investimento para determinar o seu valor, ou seja, já está embutida a taxa de juros apropriada. É o valor presente dos fluxos de caixa produzidos pelo novo investimento reduzido do seu custo inicial. VPL positivo indica que o investimento vale mais do que custa. Daí resulta a regra do Valor Presente Líquido: “Um investimento vale a pena quando possui VPL positivo. Se o VPL for negativo, deverá ser rejeitado.”
De acordo com FONSECA (2003), a utilização da técnica de identificação do VPL utilizado para decisão de investimentos e financiamentos independe do tempo, ou seja, pode ser utilizado em um contexto sem risco – fluxo de caixa de um único período – ou em um contexto com risco – fluxos de caixa distribuídos por mais de um período.
A técnica de análise pelo critério do VPL permite aos administradores e/ou proprietários de uma empresa identificar o custo ou benefício exato da decisão de investir e/ou obter financiamento.
LAPPONI (1996) apud BRUNI et alli (1998) ressalta que VPL positivo indica que o capital investido será recuperado; remunerado na taxa de juros que mede o custo de capital do projeto; gerará um ganho extra, na data 0 (zero), igual ao VPL.
De acordo com BRUNI e FAMÁ (2001), as principais vantagens do VPL são:
- Identifica se há aumento ou não do valor da empresa;
- Analisa todos os fluxos de caixa do projeto;
- Permite a adição de todos os fluxos de caixa na data zero;
- Considera o custo de capital;
- Embute o risco no custo de capital.
Este indicador é útil na decisão de escolha de um investimento dentre uma carteira de possibilidades de projetos, mas tem como deficiência a desconsideração das diferentes escalas dos mesmos (BRUNI, 2003).
A principal dificuldade da utilização deste método consiste na definição da taxa de atratividade do mercado - custo de oportunidade do capital -, principalmente quando o fluxo é muito longo.
Embora os especialistas em finanças sejam unânimes em reconhecer o método do VPL como a melhor metodologia para análise de investimento, existem outros critérios alternativos, mas que, de uma maneira geral, não são muito aconselháveis por apresentar algumas distorções.
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
A Taxa Interna de Retorno é uma medida popularizada por John Maynard Keynes e recebeu grande atenção por parte dos economistas. Até poucos anos atrás, este critério era considerado tão bom quanto o critério do valor líquido presente.
Define-se taxa interna de retorno como aquela taxa de juro que faz com que a somatória dos fluxos de caixa descontados para o início do período seja igual a zero (BERGER, 1980).
Para Contador (1988), o método da Taxa Interna de Retorno consiste em obter a taxa de juros que iguale a zero o valor presente de um projeto. O critério adotado diz que um projeto é viável e deve ser considerado como alternativa para execução se a taxa interna de retorno é igual ou maior que o custo de oportunidade dos recursos para a implantação. Quanto maior a taxa interna de retorno, maior a atratividade do projeto.
Segundo Nogueira (1997), Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de juros equivalente, na data presente, a uma série de recebimentos e desembolsos.
Já para Lourenzani e Silva (2003), a TIR é um indicador voltado à medida do tempo necessário para que um projeto recupere o capital investido.
Segundo Ross (2008, p.278) “A TIR sobre um investimento é o retorno necessário que resulta em um VPL zero quando ela é usada como a taxa de desconto”.
Souza (2007, p. 77) conceitua a taxa interna de retorno como “a taxa que iguala o Valor Presente de Entradas de caixa – VPE – ao Valor Presente das Saídas de caixa – VPS – ou seja, é a taxa de desconto que torna o VPL igual à zero.”
“O método da taxa interna de retorno é um método de avaliação das propostas de investimento com o emprego da taxa de retorno sobre um investimento em ativos, calculado ao encontrar a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas futuras com as saídas esperadas de caixa.” (WESTON e BRIGHAM, 2004, p. 536)
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa que torna o VPL de um fluxo de caixa igual à zero (COELHO; COELHO, 2012), ou seja, é a taxa de desconto que iguala o valor presente dos ingressos ao valor presente dos custos, podendo também ser entendida como a taxa percentual do retorno do capital investido, conforme Arco-Verde (2008).
A taxa interna de retorno também pode ser entendida como a taxa percentual do retorno do capital investido. Essa taxa coincide o VPL igual à zero, ou seja, iguala o valor presente das receitas ao valor presente dos custos (SILVA; JACOVINE; VALVERDE 2005).
A TIR reflete a rentabilidade relativa (percentual) de um projeto de investimento, expressa em termos de uma taxa de juros equivalente periódica.
Segundo Souza e Clemente (2009) a TIR pode ser usada tanto para analisar a dimensão retorno como também para analisar a dimensão risco. Os autores complementam que, a TIR na análise da dimensão de retorno pode ser interpretada como um limite superior para a rentabilidade de um projeto de investimento. Além disso, que essa informação só é relevante se, para o projeto em análise, não se souber qual é o valor da Taxa Mínima de Atratividade (TMA).
Silva, Jacovine e Valverde (2005) destacam que o TIR deve ser maior que a taxa mínima de atratividade (TMA), sendo o projeto de maior TIR considerado o melhor.
Segundo Lapponi (1996), é a taxa de juros que anula o VPL, isto é, que torna VPL = 0. Em relação à TIR, entende-se que é a taxa de retorno do capital investido, ou seja, se for maior que a taxa mínima de atratividade significa que o projeto é viável. Assim, o projeto que apresentar a maior TIR, será considerado o melhor (SILVA et al., 2002).
A taxa interna de retorno é a taxa de juros que torna o VPL nulo, ou seja, é a taxa que iguala o valor presente das entradas ao valor presente das saídas do caixa, em valores absolutos. Para aceitação de um projeto a partir do cálculo da TIR considera-se que o investimento deverá ser aceito se a TIR for maior que
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