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ECONOMIA POLÍTICA

Por:   •  30/4/2018  •  14.040 Palavras (57 Páginas)  •  290 Visualizações

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deveriam ser priorizadas. Apenas a terra é capaz de gerar algo novo. A indústria apenas transforma e só poderá subsistir com os produtos gerados pelo primeiro setor.

Portanto, o desenvolvimento da atividade econômica está na capacidade do setor agrícola de gerar excedente de produção. É sobre essa teoria que se respalda a teoria da riqueza de Quesnay no século XVIII.

A Escola Clássica

De acordo com Netto e Braz, a Economia Política clássica expressou o ideário da burguesia, conduzindo o processo revolucionário que destruiu o antigo regime. Os economistas clássicos não se colocavam como “cientistas puros”, porém tinham evidentes objetivos de intervenção política e social.

Vejamos a seguir a contribuição dos principais representantes da escola clássica.

Adam Smith

Notável representante da escola clássica ou liberal, Adam Smith afirma que a verdadeira fonte de riqueza é o trabalho. Defende a iniciativa individual como base do progresso e da evolução econômica e social. Refuta o pensamento fisiocrata de que apenas a natureza é capaz de gerar riqueza. No entanto, concorda com as críticas contra o mercantilismo e a sua postura intervencionista.

Os economistas clássicos liderados por Adam Smith passam a investigar as leis naturais que dominam a vida econômica. Defendem que o seu princípio regulador se encontra na livre concorrência, que passa por sua vez a conduzir a divisão do trabalho, sendo esse o verdadeiro agente da produção; a natureza seria o fator originário.

Adam Smith defende o Estado liberal, não intervencionista, ou seja, a economia se autorregularia e naturalmente encontraria o equilíbrio. É a doutrina do Laisser Faire que prega a existência de uma mão invisível que seria responsável por conduzir sabiamente as atividades econômicas.

Como se pode perceber, o grande ponto de discórdia entre os fisiocratas e Adam Smith e seus seguidores é o papel de destaque que os primeiros concediam à agricultura. Esse papel, segundo Smith, era do trabalho, verdadeira fonte de riqueza.

Smith considerava a busca pela riqueza como um desejo de cada indivíduo de melhorar. Pensava que o auto-interesse conduzia os homens a buscar o melhor para si e, consequentemente, acabavam proporcionando involuntariamente o melhor para os outros.

Teoria do valor do trabalho entende que o trabalho é a fonte de riqueza, ou seja, se o trabalho cria riqueza, consequentemente, cria capital. Conclusão: Quando medimos a riqueza, estamos medindo, na realidade, a quantidade de trabalho que foi necessária para criá-la.

David Ricardo

David Ricardo considerava a Economia Política como uma ciência que se destinava a estudar a distribuição do produto social entre as classes que compunham a sociedade. Este produto seria dividido em renda, salários e lucros. Devido ao seu interesse na área, Ricardo contribuiu de forma relevante para a Economia Política.

Ricardo era adepto da teoria do valor do trabalho proposta por Smith, dando a sua contribuição no sentido de torná-la mais completa. Para Ricardo, o valor de uma mercadoria estaria associado ao trabalho contido, ou seja, deveriam ser contabilizados também os esforços realizados para a fabricação dos instrumentos utilizados na produção e não apenas o trabalho realizado na produção final.

Ricardo entende que o valor de um determinado produto está no resultado final do trabalho acumulado e empregado na sua consecução. Produto este queserá gerador de riqueza.

Outra teoria importante de David Ricardo é a Teoria dos rendimentos decrescentes. De acordo com essa teoria, o “Estado estacionário” da economia seria inevitável e aconteceria em decorrência do crescimento populacional e da necessidade do cultivo de terras cada vez menos férteis.

Ricardo formulou ainda a Teoria das Vantagens comparativas, que constituiu a base essencial da teoria do comércio internacional. Assim como Adam Smith, também defendia a não intervenção do Estado na economia.

Jean Baptiste Say

Sua concepção destina-se a estudar o funcionamento de um sistema autorregulador da riqueza. A Lei de Say afirma que a produção (oferta) criaria a sua própria demanda, impossibilitando uma crise geral de superprodução. Percebe-se que, assim como todos os clássicos, Say se fundamenta no equilíbrio automático e na não intervenção de Estado na economia.

Revolucao industrial

1750 – 1800 Primeira Fase

o Começou na segunda metade do século XVIII (1750 /1800) e estendeu-se ao longo do século XIX, liderada pela Inglaterra.

o Resultou de importantes avanços tecnológicos e da disponibilidade de capital e de recursos naturais básicos (ferro e carvão);

o Características marcantes: a invenção da máquina e a utilização do vapor como força motriz.

Final do século XIX e início do século XX - Segunda Fase

o Final do século XIX e início do século XX, liderada pelos EUA;

o Característica marcante: Invenção do automóvel e do avião e a utilização de outras fontes de energia como petróleo e eletricidade;

o O rádio e o telefone facilitaram a comunicação.

1939 – 1945 Terceira Fase

o Começou a delinear-se a partir do término da segunda guerra mundial (1939 -1945). Liderada pelos EUA, que tem nos principais países da Europa e no Japão importante parceiros e competidores;

o O desenvolvimento da informática possibilitou a informação instantânea e a conexão do mundo através da internet;

o Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas sindicatos com o objetivo de melhorar;

o A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo;

o Aumentou também o número de desempregados. “As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão de obra humana”;

o A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram consequência nociva para a sociedade.

1789-1799 - Revolução Francesa

A Revolução

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