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A HISTÓRIA DA ECONOMIA

Por:   •  5/11/2018  •  3.370 Palavras (14 Páginas)  •  652 Visualizações

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Em uma visão harmônica do mundo real, Smith acreditava que se deixasse atuar a livre concorrência, uma “mão invisível” levaria a sociedade à perfeição. Para Adam Smith, todos os agentes, em sua busca de lucrar o máximo, acabam promovendo o bem-estar de toda a comunidade. É como se uma mão invisível orientasse todas as decisões da economia, sem necessidade da atuação do Estado. A defesa do mercado como regulador das decisões econômicas de uma nação, traria muitos benefícios para a coletividade, independentemente da ação do Estado. É o princípio do liberalismo.

Seus argumentos baseavam-se na livre iniciativa. Considerava que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano (a chamada Teoria do Valor-Trabalho), introduzindo a noção de produtividade como determinante da riqueza. Um dos fatores decisivos para aumentar a produção é a divisão de trabalho, isto é, os trabalhadores deveriam se especializar em algumas tarefas. A aplicação desse princípio promoveu um aumento da destreza pessoal, economia de tempo e condições favoráveis para o aperfeiçoamento e invento de novas máquinas e técnicas.

A produtividade decorre da divisão do trabalho, e esta, por sua vez, decorre da tendência inata da troca, que, finalmente, é estimulada pela ampliação de mercados. Assim, é necessário ampliar os mercados e as iniciativas privadas para que a produtividade e a riqueza sejam incrementado.

Para Adam Smith, o papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade contra eventuais ataques e à criação e manutenção de obras e instituições necessárias, mas não à intervenção nas leis de mercado e, consequentemente, na prática econômica.

David Ricardo (1772-1823)

David Ricardo é outro expoente do período clássico. Partindo das idéias de Smith, desenvolveu alguns modelos econômicos com grande potencial analítico.

Exerceu uma grande influência tanto sobre os economistas neoclássicos, pelas suas abstrações simplificadoras, como sobre os economistas marxistas, pela ênfase dada à questão distributiva e aos aspectos sociais na repartição da renda da terra, o que revela sua importância para o desenvolvimento da ciência econômica. Os temas presentes em suas obras incluem a teoria do valor-trabalho, a teoria da distribuição (as relações entre o lucro e os salários), o comércio internacional, temas monetários.

A principal questão levantada por Ricardo em suas obras trata da distribuição do produto gerado pelo trabalho na sociedade. Isto é, segundo Ricardo, a aplicação conjunta de trabalho, maquinaria e capital no processo produtivo gera um produto, o qual se divide entre as três classes da sociedade: proprietários de terra (sob a forma de renda da terra), trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e os arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital).

O papel da ciência econômica seria, então, o de determinar as leis naturais que orientam essa distribuição, como modo de análise das perspectivas atuais da situação econômica, sem perder a preocupação com o crescimento em longo prazo.

A sua teoria das vantagens comparativas constitui a base essencial da teoria do comércio internacional. Demonstrou que duas nações podem beneficiar mutuamente do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. Ricardo defendia que nem a quantidade de dinheiro num país, nem o valor monetário desse dinheiro, era o maior determinante para a riqueza de uma nação. Segundo o autor, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes. Aprimora a tese de que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostra como a acumulação do capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda da terra.

John Stuart Mill (1806-1873)

Foi o sintetizador do pensamento clássico. Seu trabalho foi o principal texto utilizado para o ensino de Economia no fim do período clássico e no início do período neoclássico. Sua obra consolida o exposto por seus antecessores, e avança ao incorporar mais elementos institucionais e ao definir melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.

Jean Baptiste Say (1768-1832)

O economista francês Baptiste Say retomou a obra de Smith, ampliando-a. Subordinou o problema das trocas de mercadorias a sua produção e popularizou a chamada Lei de Say: “A oferta cria sua própria procura”, ou seja, o aumento da produção transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços.

Thomas Malthus (1766-1834)

Malthus foi o primeiro economista a sistematizar uma teoria geral sobre a população. Ao assinalar que o crescimento da população dependia rigidamente da oferta de alimentos, Malthus deu apoio à teoria dos salários de subsistência.

Para Malthus, a causa de todos os males da sociedade residia no excesso populacional: enquanto a população crescia em progressão geométrica, a produção de alimentos seguia em progressão aritmética. Assim, o potencial da população excederia em muito o potencial da terra na produção de alimentos.

A capacidade de crescimento da população dada pelo instinto de reprodução encontra um conjunto de obstáculos que a limitam, por seus efeitos sobre a mortalidade e a natalidade. São a miséria, o vício e a contenção moral. Em função disso, Malthus advogou o adiamento de casamentos, a limitação voluntária de nascimentos nas famílias pobres, e aceitava as guerras como uma solução para interromper o crescimento populacional.

Malthus não previu o ritmo e o impacto do progresso tecnológico, nem as técnicas de limitação da fertilidade humana que se seguiam.

OS NEOCLÁSSICOS

O período neoclássico inicia-se na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX. Nesse período, privilegiam-se os aspectos microeconômicos da teoria, pois a crença na economia de mercado e em sua capacidade auto-reguladora fez com que não se preocupassem tanto com a política e o planejamento macroeconômico.

Os neoclássicos sedimentaram o raciocínio matemático explícito inaugurado por Ricardo, procurando isolar os fatos econômicos de outros aspectos da realidade social.

O grande

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