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A Economia Keynesiana

Por:   •  10/3/2018  •  3.412 Palavras (14 Páginas)  •  319 Visualizações

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Modelo Keynesiano com consumo e investimento

Ao introduzirmos o investimento, vamos considerá-lo fixo, dessa forma estaremos supondo que o investimento é constante e não depende do nível de renda.

- I = Io

A demanda agregada agora transforma-se em:

DA = C + Io

A renda de equilíbrio agora será dada pela seguinte expressão:

- Y + C + I

- Y = Co + cY + Io

- [pic 2]

Graficamente, quando introduzimos o investimento como variável de gasto autônomo, a função demanda agregada desloca-se paralelamente para cima com magnitude igual ao valor do investimento pois este é tomado como constante.

A condição de equilíbrio dada por Y = DA implica em S = I {S = (C+I) - C}. Assim, a renda de equilíbrio é determinada no ponto em que a função poupança intercepta a função investimento. Essa forma de determinar o equilíbrio macroeconômico é chamada ótica de vazamentos e injeções de renda

- Vazamento de renda: Ocorre quando há quedas autônomas da demanda agregada.

- Injeções de renda: Representa aumentos autônomos de demanda agregada.

Sabemos que aumento da poupança representam aumento do vazamento do fluxo de renda, deslocando a curva de demanda agregada para baixo provocando, consequentemente, queda na curva de equilíbrio. Por outro lado, aumento nos gastos com investimento representam injeções ao fluxo de renda da economia.

Multiplicador de gastos

A variação inicial na despesa tem um impacto imediato e direto sobre a renda daqueles que são beneficiários desse gasto. Ao receber essa renda, os indivíduos ampliarão seu consumo de acordo com a propensão marginal a consumir leva à uma nova ampliação de renda. Os agentes que forem beneficiados dessa nova ampliação de renda também aumentarão seu consumo e assim sucessivamente num ciclo de ampliação de renda e consumo constituindo-se uma progressão geométrica de razão c.

- ∆Y = ∆i + c c∆i + c(c c∆i) + c(c(c c∆i)) + ...

- ∆Y = ∆i + c²∆i + c³∆i + ...+ ∆i[pic 3]

- ∆Y = 1/(1-c) ∆i

O termo 1/(1-c) é o chamado multiplicador de gastos. Percebemos que este será tanto maior quanto maior for a propensão marginal a consumir.

Determinação de renda com governo

Sabemos que o governo adquire bens e serviços junto com o setor privado, oferece bens e serviços, transfere renda por meio de políticas assistencialistas, previdência social, seguro-desemprego, etc. e se financia através da arrecadação de impostos. Logo:

- Os gastos públicos são um conjunto de elementos da demanda que somam ao consumo e investimento.

- Os impostos pagos ao governo são subtraídos da renda que os indivíduos podem alocar em consumo e poupança.

A primeira ampliação decorrente da introdução do governo é na função consumo:

- C = C(Yd)

- Yd = Y - T

- Sendo:

- Yd = renda disponível

- Y = Renda nacional (total)

- T = Arrecadação de impostos

Supomos que:

- A arrecadação seja proporcional à renda, logo, quanto mais se produz maior será a arrecadação do governo.

- Os gastos públicos serão dados, sendo determinados pelas autoridades competentes (fatores exógenos)

Dessa forma temos:

- T = tY

- De forma que t = participação do imposto no produto (0

- G = Go

- Sendo G os gastos do governo

Assim:

- C = Co + c(Y-T) = Co + c(Y-tY)

E a demanda agregada:

- DA = C + I + G

Dessa forma, teremos no equilíbrio:

- Y = Co + c(Y-tY) + Io + Go

- [pic 4]

É válido salientar os seguintes pontos:

- Os gastos públicos estimulam a renda por elevar os gatos autônomos. Assim, quanto maior for essa variável, maior será a renda de equilíbrio.

- Os impostos possuem um efeito redutor no nível de produto ao diminuírem o valor do multiplicador, consequência da redução do consumo induzido.

- Uma elevação nos gatos públicos apresentam o mesmo impacto que uma variação nos investimentos, levando a uma ampliação da renda de mesma magnitude.

Determinação de renda com setor externo

A introdução do resto do mundo acrescenta um elemento de demanda, exportações, e um elemento de vazamento de renda, importações:

- As exportações correspondem à demanda exterior por produtos feitos no país. Essa variável será dada ou será considerada como exógena ao modelo.

- As importações correspondem à demanda dos residentes por produtos estrangeiros. Supõe-se que as importações sejam uma função crescente do nível de renda interna determinada pela propensão marginal a importar.

Dessa forma teremos:

- X = Xo = exportações

- M = mY (M = Importações, m = propensão marginal a importar)

- 0

- Y = Co + c(1-t)Y + Io + Go + Xo – mY

- [pic 5]

- O primeiro termo é o chamado multiplicador de gastos da economia aberta. Seu valor é sempre inferior ao de uma economia

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