A ECONOMIA SOLIDÁRIA NAS AÇÕES DA CÁRITAS DIOCESANA DE SÃO MATEUS/ES: ANÁLISE SOBRE O ASSENTAMENTO VALMIR BARBOSA NO MUNICÍPIO SÃO GABRIEL DA PALHA/ES.
Por: Jose.Nascimento • 13/10/2018 • 3.317 Palavras (14 Páginas) • 638 Visualizações
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CAPÍTULO II - O SERVIÇO SOCIAL NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO................................................................... 17
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE O SERVIÇO SOCIAL.................................... 17
2.2 O PROCESSO DE EMPODERAMENTO DO SUJEITO............................... 18
2.3 SERVIÇO SOCIAL NA ECONOMIA SOLIDÁRIA......................................... 19
2.3.1 INSTRUMENTOS E TÉCNICAS UTILIZADOS PELOS ASSISTENTES SOCIAIS NO EMPREENDIMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA...... 23
2.3.2 SERVIÇO SOCIAL, INTERDISCIPLINARIDADE E ECONOMIA SOLIDÁRIA.......................................................................................... 25
2.4 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ECONOMIA SOLIDÁRIA....... 26
CAPÍTULO III – A CÁRITAS BRASILEIRA E A ECONOMIA SOLIDÁRIA............. 28
3.1 AS AÇÕES DA CÁRITAS DIOCESANA DE SÃO MATEUS/ES A PARTIR DAS PROPOSTAS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA............................................... 31
3.2 OS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO ASSENTAMENTO VALMIR BARBOSA, A PARTIR DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DA CÁRITAS DIOCESANA DE SÃO MATEUS/ES.................................................. 35
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 42
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 45
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa tem como objeto de estudo a prática da Economia Popular Solidária em um assentamento rural. Consiste em conhecer melhor a Economia Solidária na sua prática, por ser esse um conceito de grande aceitação, como outra forma de concepção e de organização do trabalho. Uma “Economia” que se apresenta sem o conceito da “mais-valia”, sem destruir o meio ambiente, todos pensando no bem comum, se fortalecendo e fortalecendo o grupo, e a primórdio, todos cooperando uns com os outros. Um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Podemos considerar como pilares da Economia Solidaria quatro características: cooperação, autogestão, dimensão econômica e a solidariedade. Esta vem se apresentando como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda nos últimos anos, como uma resposta a favor da inclusão social, para um desenvolvimento sustentável com proteção dos ecossistemas. A escolha desse tema se decorreu da vivência neste ambiente durante o estágio curricular no ano de 2012-2013, e, é ainda fruto de um desejo de conhecer melhor a Economia Solidária na sua prática, por ser esse um conceito em voga como outra forma de concepção e organização do trabalho.
O que se deseja salientar, no breve relato feito a respeito da Economia Solidária como perspectiva de Política Pública, o Serviço Social no processo de construção da Economia Solidária como estratégia de desenvolvimento, a Cáritas Brasileira e a Economia Solidária, é que os profissionais de Serviço Social são de fundamental importância para a Economia Solidária, visto que as transformações políticas, econômicas e sociais da contemporaneidade têm evidenciado expressões especificas da questão social. O desemprego atinge níveis muito altos em decorrência da globalização e da revolução tecnológica, e têm ocorrido profundas mudanças na sociedade como um todo. O surgimento de novas formas de organização de trabalho e da produção tem contribuído para estas transformações.
A Economia Solidária não se trata apenas de uma alternativa econômica diante da crise do emprego, e sim social, no que diz respeito à cultura, comunicação, sociabilidade, dentre tantos outros. Significa ainda, um espaço de inclusão, para uma parcela excluída do mercado de trabalho. Onde um homem pode reconhecer a possibilidade de reconstruir a sua história, reconhecendo a sua autoestima, através de seus valores, que constrói, que se respeita e respeita o outro, que se inclui em uma sociedade que insiste em excluí-lo, se empoderando é que se fortalece, através de qualificações, de informações sobre cidadania, dignidade e muitos outros.
Compreenderemos que o Serviço Social, através de seus assistentes sociais, inseridos na divisão sócio-técnica do trabalho, pode contribuir com a capacitação dos sujeitos sociais em busca de sua cidadania e uma melhora na renda das famílias menos favorecidas, através da Economia Solidária. Embora existam desafios de todos os profissionais envolvidos na ação da Cáritas para animar e estimular a prática da Economia Solidária, coerente com uma alternativa de desenvolvimento humano, sustentável e solidário, num processo formativo que passa por uma mudança cultural. Mas devemos ressaltar que tivemos a prova concreta de como o trabalho solidário fortalece o grupo.
O objetivo geral é compreender a implantação da Economia Popular Solidária a partir das ações da assistência social da Cáritas Diocesana de São Mateus/ES, junto aos Assentados pela Reforma Agrária “Valmir Barbosa” no município de São Gabriel da Palha – ES.
Tem como objetivos específicos: identificar a visão das famílias do assentamento acerca da prática da Economia Popular Solidária no seu cotidiano, e refletir o exercício profissional do Assistente Social junto ao assentamento Valmir Barbosa acerca da Economia Popular Solidária. Iniciativas estas, que não podem ficar somente no âmbito da produção e comercialização, mas que devem ser também de consumo, mobilização, fortalecimento de cidadania, construção de políticas e de um novo modelo de desenvolvimento.
A metodologia utilizada que fundamentou esse Trabalho de Conclusão de Curso foi à técnica de pesquisa de natureza qualitativa. Conhecer por meio da observação empírica grupo específico de trabalhadores rurais, durante o período do estágio obrigatório, para apreender a realidade do grupo e a sua organização produtiva/comercial, a partir da atuação do assistente social.
Na pesquisa qualitativa, os dados não são coletados num processo linear objetivando controlá-los e mensurá-los, estabelecer leis ou prever fatos, mas são colhidos através da interação do investigador com o investigado.
Segundo Minayo:
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