A Cooperativa de Crédito

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A pesquisa será desenvolvida em uma grande cooperativa de crédito do estado de Minas Gerais, que tem como seu principal produto atender as demandas financeiras de seu público alvo, de forma segura para e financeiramente saudável tanto para a cooperativa e quanto para seus associadosTrata-se de uma organização voltada para os profissionais da área de saúde, que busca proporcionar soluções financeiras personalizadas para seus associados, consolidando assim o relacionamento destes com a organização.

Uma das justificativas deste trabalho está baseada na descrição realizada por Oliveira (2006) ao relatar sobre a importância que a administração exerce em relação ao desempenho das cooperativas de crédito, tendo em vista que muitos administradores ocupam cargos incumbidos da responsabilidade de analisar e decidir sobre o risco da concessão de crédito em diversos ramos da economia.

Outro fator que justifica a escolha do tema é a proporção do crescimento das cooperativas, visto que o ano de 2012 foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ser o ano Internacional das Cooperativas, uma vez que estas que possuem cerca de 1 bilhão de associados espalhados pelo mundo.Considerando o contexto apresentado até aqui e a relevância do tema, surge a seguinte questão de pesquisa: Quais são os critérios que uma Cooperativa de Crédito da área de saúde do estado de Minas Gerais utiliza na análise para a concessão de crédito a seus associados?

O objetivo geral deste trabalho é descrever os critérios utilizados por uma Cooperativa de Crédito da área de saúde do estado de Minas Gerais para a concessão de crédito.

Os objetivos específicos são: 1 Descrever os critérios de concessão de crédito definidos pela literatura; 2 Descrever os critérios para a concessão de crédito utilizados pelo mercado em geral; 3 O presente trabalho está dividido em 5 (cinco) etapas, sendo que na primeira é fornecida uma breve contextualização sobre o que será abordado no trabalho. Já a segunda etapa será apresentada uma fundamentação teórica acerca do assunto a ser discutido. Na terceira etapa, será exposto de que forma e onde será realizada a pesquisa, destacando as técnicas e métodos utilizados para a coleta de dados. A quarta etapa é designada para a análise dos dados coletados durante a execução do trabalho. Já na última etapa, o autor do trabalho retirar e coloca sua análise e suas considerações finais sobre o que foi abordado no trabalho.

- REFERENCIAL TEÓRICO

Esta etapa se dedica a apresentar a base teórica para o desenvolvimento do trabalho em questão acerca do assunto discutido, visando fundamentar o as abordagens e servir como base para a análise dos dados coletados.

2.1 O Sistema Financeiro Nacional

Para Assaf Neto (2006), o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por um conjunto de instituições financeiras públicas e privadas, estas instituições devem promover as melhores condições para a realização dos fluxos de fundos entre tomadores e poupadores de recursos na economia, ou seja, o SFN viabiliza a relação entre agentes carentes de recursos monetários para investimentos com agentes que possuem a capacidade de gerar poupança.

O autor completa que o SFN foi estruturado e regulado pela Lei de Reforma bancária de 1964, Lei de Mercado de Capitais de 1965 e recentemente pela Lei de Criação dos Bancos Múltiplos de 1988 e é constituído por todas as instituições financeiras do país.

Ainda conforme o autor, o Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão normativo máximo do SFN e tem como objetivo controlar todo o sistema financeiro, influenciar as ações dos órgãos normativos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e assumir funções legislativas das instituições financeiras públicas e privadas.

Para Camargos (2010), as cooperativas de crédito se enquadram no SNF como demais instituições financeiras, que são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e estão sujeitas às normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Conforme Assaf Neto (2006) a estrutura do SFN envolve dois grandes subsistemas, o normativo que é responsável pelo funcionamento do mercado financeiro, fiscalizando e regulamentando as atividades das instituições financeiras e por outro lado estão detalhadas as instituições que compõem o subsistema de intermediação, sendo classificadas como instituições bancárias e não bancárias de acordo com a capacidade destas de emitir moeda.

Segue abaixo uma figura ilustrando a estrutura do SFN:

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Figura 1 – Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

Fonte: adaptado Assaf Neto (2006, p. 46).

2.1 O que é Crédito?

Segundo Alves (2009 apud Paiva 1997), a palavra crédito vem do latim creditu que possui como significado confiar, acreditar. Nesse sentido, significa segurança que alguma coisa é verdadeira, ou seja, está intimamente ligado à confiança.

Para Silva (1988), a palavra Crédito pode ter diversos significados em contextos diferentes, ao se tratar de um banco comercial, o significado da palavra está ligado à concessão de um empréstimo ou ação do tipo. Dessa forma o banco faz empréstimos ou financia bens para seus clientes, agindo como um intermediário financeiro, que capta recursos com seus próprios clientes na forma de depósito e os repassam a aqueles que possuem a necessidade deste capital mediante à uma taxa de juros.

O autor ainda completa (2006) que o crédito consiste na entrega de um valor presente, mediante a uma promessa de pagamento, porém apenas a confiança não é o suficiente para se efetuar um crédito a um terceiro.

Schrickel (2000), afirma que o crédito é o ato de alguém ceder parte de seu patrimônio, seja ele materializado em dinheiro ou em forma de bens, à um terceiro, esperando que ao final do prazo estipulado, esta parte de seu patrimônio retorne à sua posse, mediante a um pagamento de maior valor que normalmente é denominado como taxa de juros.

Securato (2007), defende que o crédito está presente no cotidiano das pessoas, proporcionando maior facilidade na compra e venda de produtos. Desta forma, a simples venda/compra de algum produto em um supermercado, possui uma operação que envolve o conceito de crédito, sendo empregado o termo "confiança mútua", onde o cliente possui confiança