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O IMPACTO DO CUSTO DA FOLHA DE PAGAMENTO NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA E REDUÇÃO DE CUSTOS

Por:   •  6/11/2018  •  3.077 Palavras (13 Páginas)  •  418 Visualizações

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de obra compreende os gastos com o pessoal envolvido diretamente ou indiretamente na produção da empresa industrial, englobando salários, encargos sociais e trabalhistas, como INSS, FGTS, seguro contra acidentes de trabalho, 13º Salário, férias etc. (LORENTZ, 2016, p. 89).

A mão de obra no contexto empresarial é dividida em duas categorias:

• Mão de obra direta (MOD) corresponde ao trabalho relativo a confecção do produto em si;

• Mão de obra indireta (MOI) é o trabalho que não está ligado diretamente ao produto, mas de fundamental importância para o funcionamento geral da empresa.

As duas categorias também possuem diferenciação quanto a atribuição nos custos do produto conforme relata Lorentz (2016, p. 90)

“A MOD será atribuída diretamente à produção em função do tempo efetivamente trabalhado na produção (hora) multiplicado pelo valor da taxa (valor) de MOD/hora [...]. A MOI, que é classificada como custos indiretos de fabricação (CIF), será distribuída aos produtos fabricados por meio de rateio”.

3 INFLUÊNCIA DOS CUSTOS DA FOLHA DE PAGAMENTO NO PREÇO DE VENDA

Hoje o que mais instiga os gestores é a formação do preço de venda dos produtos, essa tarefa permite estabelecer o percentual de lucro que a empresa pretende receber, mas para isso precisamos saber detalhadamente todos os custos de produção e os demais gastos para que as provisões tenham a mais alta precisão.

O custo do produto é formado pelos materiais diretos (matéria-prima e materiais para embalagem), a mão de obra direta (folha de pagamento relativo aos funcionários da produção) e os custos indiretos da fabricação (folha de pagamento da área administrativa, impostos entre outros).

A folha de pagamento está inserida nas duas classificações de custos da empresa:

• Os custos variáveis ou diretos: são os custos que estão diretamente ligados a fabricação dos produtos, variam conforme a produção, quanto maior a produção mais alto será esses custos e são incluídos diretamente no preço do produto utilizando alguma forma de medida (horas de trabalho para a fabricação dos produtos), onde se enquadra a folha de pagamento dos funcionários da fábrica;

• Os custos fixos ou indiretos: são os custos que não estão ligados a produção e sim com as outras atividades da fábrica, esses custos permanecem constantes independente do volume produtivo e os mesmos são alocados no preço do produto através de critérios de rateio (dividir os custos fixos indiretos pela quantidade de produtos fabricados), onde se enquadra a folha de pagamento dos administradores e da parte organizacional;

O custo da folha de pagamento está entre os principais fatores na gestão de custos de uma empresa, por isso o cuidado deve ser diferenciado na hora da formação do preço de venda, pois o maior exemplo disso é a empresa que sua atividade está baseada na prestação de serviço, cujo principal e maior custo é a mão de obra.

Portanto é imprescindível para os gestores, após terem em mãos os dados de toda a origem dos custos da empresa, viabilizarem formas de reduzi-lo e assim facilitando alcançarem as metas que almejam.

3.1 O IMPACTO DOS CUSTOS DA FOLHA DE PAGAMENTO NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

3.1.1 Composição da Folha de Pagamento

Podemos considerar que os custos de uma empresa com os encargos trabalhistas são bem altos. Pegando como base uma empresa que tenha tributação pelo Lucro Real, sobre o salário temos os seguintes encargos trabalhistas:

• 20 % - INSS (Contribuição Patronal)

• 8 % - FGTS

• 1 a 3 % - RAT

Para recolher o INSS devido mensal, além da Contribuição Patronal sobre a folha de pagamento no valor de 20% de seu total, contribuições descontadas em folha de pagamento da parte dos colaboradores, temos que efetuar um recolhimento adicional na guia de INSS, a contribuição a terceiros, chamada de outras entidades, valor esse que deverá constar na GFIP mensal da empresa. Analisando em qual código FPAS se enquadra a empresa, no caso no ramo do Comércio, então devemos informar o código 515, que corresponde a uma alíquota de 5,8%, conforme a tabela abaixo:

QUADRO 1 – CONTRIBUIÇÃO A TERCEIROS – COMÉRCIO

FPAS Salário Educação INCRA SENAC SESC SEBRAE TOTAL

515 2,5% 0,2% 1,0% 1,5% 0,6% 5,8%

FONTE: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=37204&visao=anotado

Mas o que seria FPAS? Essa sigla tem o seguinte significado: Fundo da Previdência e Assistência Social. Existe uma separação por ramos de atividades vinculados a códigos, então esse código serve para identificar qual a atividade econômica exercida pela empresa. Sabemos que a Receita federal do Brasil é a responsável pela contribuição social, seja pela sua cobrança, seu recolhimento, sua fiscalização ou sua arrecadação. Então esse código informado na GFIP ou na GPS, direcionará quais são as entidades que irão receber suas devidas contribuições. Encontramos as Tabelas de Códigos de FPAS disponíveis pela internet, através do site da Receita Federal.

Além disso, temos que acrescentar a provisão de 13º salário, que corresponde a 8,33 % sobre o salário mensal do colaborador e a provisão de férias, que corresponde a 11,11 % sobre o salário mensal do mesmo. Mas como chegamos a essas porcentagens?

Podemos explicar da seguinte forma: o colaborador, quando presta serviços para a empresa durante todo o ano, desde o início ou a partir de algum período, tem direito, no final do ano, dividido em duas parcelas, um recebimento extra no valor de seu salário mensal, que é chamado de 13º salário. Pegamos o valor total, igualamos em 100 %, e dividimos por 12, que seriam os meses do ano, para provisionar os valores mensais. Então, pegando 100 e dividindo por 12, chegamos a 8,33 % mensais. Em cima dessa provisão, temos que adicionar também a provisão de FGTS, ficando em 0,67% mensais e a provisão INSS, que seria em torno de 2,40% mensais.

A respeito das férias, o colaborador tem direito a um recebimento no valor de seu salário, mais 1/3 de abono, isto

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