INTRODUÇÃO ESTAGIO
Por: eduardamaia17 • 14/11/2017 • 1.422 Palavras (6 Páginas) • 291 Visualizações
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A depreciação não visa o incremento dos lucros. Tem por finalidade arrecadar uma quantidade de dinheiro, por intermédio dos preços de venda dos produtos, para:
Repor os fundos aplicados:
1 – quando o capital for próprio;
2 – quando o capital for de terceiros.
Assim, a finalidade principal da depreciação é manter a integridade dos recursos investidos e conseqüentemente repor o equipamento gasto.
Por outro lado, a depreciação pode ocorrer por: Uso, Desatualização, Obsolescência, Técnica e Comercial.
Por outro lado, o montante auferido pelas vendas é utilizado pela empresa para:
1 – Reposição do circulante consumido;
2- Materialização da depreciação;
3 – Materialização dos resultados
No que se refere à materialização da depreciação, nota-se que ela pode ocorrer sob duas maneiras: Materialização Interna: neste caso, os fundos levantados permanecem na própria empresa, incrementando o ativo circulante ou diminuindo o exigível, constituindo assim, uma fonte de financiamento.
Materialização Externa ou Extra-funcional: Observa-se esse tipo de materialização quando se retira do preço de venda o importe calculado da depreciação, investindo-o em atividades alheias à empresa.
Aspectos da Depreciação:
Aspectos Técnicos: Efetuado o cálculo do valor a ser depreciado periodicamente, o seu total acumulado ao fim da vida útil do bem deverá dar condições à empresa de repor o seu ativo, em idênticas condições, sem necessidade de recorrer a outras fontes de recursos.
Aspecto Contábil: para a contabilidade, o grande objetivo da depreciação é permitir que se efetue, corretamente, o cálculo dos custos e lucros e se avalie, liquidamente, o valor do imobilizado da empresa.
Aspecto Financeiro: desde que a depreciação é um custo que não demanda pagamento imediato, podendo inclusive assumir prazos longos, ela, junto com o lucro líquido levantado pela empresa, forma um fluxo contínuo de recursos denominados Fluxo de Caixa.
Identidade do Fluxo de Caixa (FC):
FLUXO DE CAIXA = (LUCRO LÍQUIDO + DEPRECIAÇÃO) – DIVIDENDOS
Alguns índices relacionados ao Fluxo de Caixa:
FC
Patrimônio Líquido[pic 1]
Indica a porcentagem do capital investido na empresa recuperável sob a forma líquida. O inverso (PL/FC) fornece o número de anos que a empresa demoraria para recuperar o seu capital.
FC [pic 2]
Capital de Giro
Identifica em que porcentagem se elevou o capital de giro da empresa ao cabo de um exercício.
Aumento Necessário de Capital de Giro [pic 3]
FC
Este índice denota o tempo em que a empresa tardaria em levantar recursos próprios para financiar, o capital de giro necessário, mantido ritmo atual.
Exigível a Longo Prazo
FC [pic 4]
Identifica o tempo que a empresa demandaria para liquidar suas dívidas a longo prazo se dedicasse todo o seu FC para a amortização.
Aspecto Legal: sob a ótica legal a depreciação é obrigatória apesar de não existir essa orientação para efeitos de Impostos de Renda. Por outro lado, determina a lei que não se deprecie:
Terrenos, prédios ou construções não alugados, bens que normalmente aumentam de valor com o passar do tempo.
Aspecto Fiscal: sendo classificada como custo operacional, o importe da depreciação pode ser considerada como despesa dedutível do lucro tributável da empresa. Não se considera a depreciação como despesa dedutível quando calculadas fora do período em que os bens fixos foram efetivamente utilizados, ou ainda , quando assumiu valores superiores aos estabelecidos oficialmente.
Regulamentou-se que a taxa anual de depreciação será determinada em função da vida útil do bem. Entende-se por vida útil de um bem o período de tempo durante o qual se possa utilizá-lo economicamente no processo de produção. Existem inúmeros métodos quantitativos utilizáveis para o cálculo da quota anual de depreciação. Entre outros, cita-se: Línear, Soma dos Dígitos, Exponencial, Unidades Produzidas, Horas Trabalhadas, etc,.
Conforme se procurou evidenciar, a inflação, quando não devidamente considerada no cálculo da depreciação exerce um poder de deterioração nos elementos permanentes da empresa, alimentando, conseqüentemente, um ônus periódico ao seu patrimônio líquido.
Em suma, desde que não se leve em conta, no cômputo da quota anual da depreciação, a taxa efetiva de desvalorização da moeda, é de se concluir que o processo de capitalização da empresa e os seus projetos de expansão serão bastante prejudicados.
TABELA
BEM FIXO TANGÍVEL
TAXA DE DEPRECIAÇÃO ANUAL
Imóveis de fábrica
2 a 4% a.a
Instalações fixas em geral
5% a.a
Centrais telefônicas em geral
20% a.a
Máquinas e equipamentos de uso geral
10% a.a
Máquinas e equipamentos de uso específico
20% a.a
Maquinas e equipamentos de fundição e uso geral
10% a.a
Máquinas e equipamentos de fundição para trabalho pesado
20% a.a
Máquinas e instrumentos
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