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Controladoria

Por:   •  28/2/2018  •  2.386 Palavras (10 Páginas)  •  280 Visualizações

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Conforme cita o estudo do Estudo de Caso do Banco do Nordeste do Brasil, “A globalização e a integração dos mercados internacionais têm inserido as empresas em geral e as instituições financeiras em um ambiente competitivo e complexo, reforçando a necessidade de que essas empresas e instituições criem estruturas, produtos e processos que contribuam para a eficácia empresarial e a sua continuidade”.

Pode-se entender do parágrafo acima que a contínua transformação no competitivo ambiente empresarial vem concorrendo para a mudança de paradigmas e o surgimento de novas práticas de gestão. Nesse contexto, a área de controladoria das empresas assume fundamental importância, uma vez que é o centro gerador das informações que direcionam decisões, negócios, bem como a avaliações desses processos. Cada segmento econômico desenvolve e aprimora atribuições que geram modelos particulares de controladoria, como o caso das instituições financeiras.

Nesse parágrafo podemos verificar o real papel da Controladoria não somente nas Instituições financeiras, mas também em outros segmentos: “A Controladoria deve contribuir para o planejamento estratégico da empresa, disponibilizar informações que auxiliem o processo de gestão da organização, bem como efetuar o acompanhamento, controle e avaliação do desempenho da instituição, objetivando contribuir para que a superação dos obstáculos que surgem no cotidiano empresarial e propiciar o crescimento e a evolução das organizações no atendimento das necessidades de seus clientes”.

Desta passagem podemos concluir que a controladoria na medida em que norteia as decisões gerenciais na organização, torna-se fundamental nesse contexto. Atua em ambientes voláteis e dinâmicos, lidando muitas vezes com questões de alta complexidade. Dentro das Instituições Financeiras, a controladoria é cada vez mais solicitada, fornecendo informações que possam ser base para decisões estratégicas.

No case podemos verificar o entendimento de alguns autores sobre como conceituam a Controladoria. Giongo e Bianchi (2005) reforçam esse entendimento, pois entendem que a Controladoria atua na gestão das organizações com a finalidade de proporcionar aos gestores os meios que os levem a atingir a eficácia organizacional, visando aos objetivos globais da organização. Para tanto, os gestores “devem atuar de forma sincronizada no sentido de gerarem, com suas ações, os melhores resultados possíveis com o menor sacrifício de recursos”.

Pesquisando o ponto de vista de outros autores podemos verificar que, para Mosimann e Fisch (1999), a Controladoria pode ser conceituada como um conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a eficácia.

Padoveze (2003), por sua vez, conceitua Controladoria como departamento dentro da organização, responsável pelo sistema de informações de toda a empresa, sendo ao mesmo tempo coordenadora de todos os departamentos, buscando alcançar os objetivos da empresa e maximização dos resultados. Tem como principal função dar apoio aos gestores na tomada de decisões.

Oliveira, Perez Jr. e Santos Silva (2008) entendem Controladoria como o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem fins lucrativos, sendo considerada por muitos autores como estágio evolutivo da Contabilidade.

Analisando todos esses pontos de vista, podemos concluir que a missão da Controladoria é dar suporte à gestão de negócios da empresa, de modo a assegurar que esta atinja seus objetivos, cumprindo assim sua missão. A globalização e a integração dos mercados internacionais geram um aumento da competitividade e da complexidade do mercado, especialmente do mercado financeiro. Tal fator aumenta a necessidade para que as empresas e, no caso desse estudo, o BNB, criem estruturas e processos que contribuam para a eficácia empresarial, sua continuidade e crescimento. Nesse novo contexto organizacional, cabe à controladoria auxiliar os gestores nessa complexa missão de gestão.

O processo de gestão empresarial passa por desafios, levando as empresas a trabalhar com novas estruturas, para enfrentar esses ambientes mais competitivos e exigentes, requerendo melhores práticas de gestão corporativa.

O Banco do Nordeste S/A (BNB), objeto de pesquisa do case em questão, é uma sociedade anônima de economia mista aberta que atua como banco múltiplo e, como tal, está autorizado a operar em todas as carteiras permitidas às instituições financeiras assim classificadas, exceto na de crédito imobiliário. O Capital do BNB esta distribuído da seguinte maneira: 94,21% sob o controle do Governo Federal, 4,42% sob controle do Fundo Nacional de Desenvolvimento – FND, BNDESPAR participa com 0,50%, e em poder de Outros (9.296 acionistas) está o percentual de 0,87%.

De acordo com o site do BNB (2009), a Instituição tem como missão impulsionar o desenvolvimento sustentável da região Nordeste suprindo os empreendimentos da região com os recursos financeiros necessários para realizá-los.

Após um período de extensos estudos, em Outubro de 2003, por intermédio da Resolução No. RD/5.148, a Diretoria do Banco do Nordeste aprovou a estrutura organizacional da Área de Controle Financeiro, subordinada diretamente à Diretoria Financeira e de Câmbio e composta por quatro ambientes: Ambiente de Controladoria; Ambiente de Gestão tributária; Ambiente de Contabilidade; Ambiente de controle de operações de crédito.

As mudanças buscavam atingir, fundamentalmente, os seguintes objetivos:

- Fiel cumprimento da legislação e das recomendações dos órgãos reguladores;

- Necessidade de segregação das funções;

- Definição quanto ao exercício das funções de Planejamento, Controladoria, Controles Internos, Orçamento, Contabilidade e Auditoria;

- Melhor gestão contábil-financeira dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE);

- Melhor acompanhamento das metas estratégicas e operacionais;

- Avaliar e divulgar o custeio das atividades sociais desenvolvidas para o Governo Federal, tendo em vista assegurar a sustentabilidade do Banco;

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