Auditoria financeira e patrimonial

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Embora tenha sido inicialmente utilizada pelos ingleses, recebeu um grande impulso nos Estados Unidos e Canadá. Contadores ingleses enviados para auditarem firmas norte-americanas, pertencentes a capitais britânicos, introduziram a auditoria nos Estados Unidos.

A partir de 1900, por meio do desenvolvimento do capitalismo, tomou maior impulso, tornando-se uma profissão propriamente dita.

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2.2 O surgimento no Brasil

No Brasil até meados da década de 1940 a auditoria não era um procedimento utilizado pelas empresas com ramificações locais, apenas as empresas estrangeiras adotavam a auditoria, pois seus investidores tinham de receber garantias de que seus investimentos estavam sendo aplicados de forma correta.

Firmas de auditorias abriram escritórios no Brasil, que foram se desenvolvendo junto com as companhias auditadas e tendo cada vez mais auditores brasileiros capacitados para desempenharem sua função sob a supervisão dos auditores estrangeiros.

Apesar de formalmente organiza da em 1957, quando o Instituto de Contadores Público no Brasil, em São Paulo, a auditoria foi oficialmente reconhecida em 1968, por ato do Banco central do Brasil, tornando-se obrigatória na prestação de contas dos Administrados Públicos. O fortalecimento da atividade, todavia, ocorreu em 1972, por regulamentação do Banco Central do Brasil, Conselho Federal de Contabilidade e o Instituto de Contadores Independentes.

A entrada de multinacionais no país alavancou o desenvolvimento da economia, tornando a auditoria obrigatória no Brasil.

3 AUDITORIA

A auditoria surgiu como um trabalho limitado a apenas revisar um trabalho já executado, exame e confirmação de veracidade dos atos praticados. Com o passar do tempo, a ciência contábil evolui de forma significativa, desenvolvendo a técnica de auditoria, tornando-a um instrumento de orientação, interpretação e de previsão de fatos.

Segundo Hilário Franco e Ernesto Marra (2000, p. 24):

Auditoria consiste no exame de documentos, livros, registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas, obedecendo às normas apropriadas verificando se as demonstrações representam a situação nelas demonstradas de acordo com as normas e princípios contábeis.

3.1Definições

Definida como uma técnica contábil, a auditoria é responsável por obter elementos de confiáveis que permitam julgar se os registros e técnicas contábeis foram realizados de acordo com os princípios da contabilidade aceitos e se as demonstrações contábeis estão de acordo com a situação econômico-financeira do patrimônio. Para isso a auditoria utiliza técnicas especificas próprias, aplicados em exame de registros e documentos, e na obtenção de informações e confirmações relacionadas com o controle do patrimônio da empresa.

Para PEREZ JUNIOR (1995:11):

“A auditoria pode ser definida como o levantamento, o estudo e a avaliação sistemática de transações, procedimentos, rotinas e demonstrações contábeis de uma entidade, com o objetivo de fornecer a seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada em normas e princípios sobre sua adequação.”

3.2Objetivos

O principal objetivo da auditoria é analisar e verificar um conjunto de elementos que controlam um patrimônio.

Diversos autores pesquisadores definiram o objeto da auditoria como múltiplo. Existe certo consenso acerca de alguns itens, como, por exemplo:

•Comprovação que é exata os fatos patrimoniais;

•Demonstração das fraudes e os erros encontrados;

•Proposição de medidas a fim de prevenir os erros e fraudes;

•Verificação do sistema organizacional dentro da empresa e o funcionamento do controle interno;

Para FRANCO e MARRA (1989:23):

“O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos do patrimônio administrativo, os quais compreendem registos contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais. A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrativo, cuja informação mereça confiança, desde que tais informações possam ser admitidas como seguras pela evidência ou por indícios convincentes.”

Assim, o fim principal da auditoria é a confirmação dos registros e demonstrações contábeis. Avaliar e adequar os registros, dispondo a administração, ao fisco e aos proprietários e financiadores do patrimônio em determinada data suas variações em determinado período.

3.3Tipos de auditoria

Auditoria Interna e Operacional

Dentre os diversos autores, PEREZ JUNIOR(1995:13) classifica os tipos de auditoria em:

•Auditoria independente ou externa;

•Auditoria interna ou operacional;

•Auditoria da Fazenda(federal, estadual e municipal).

3.3.1A auditoria externa

A auditoria externa é realizada por auditores externos independentes sem nenhum vínculo empregatício e tem por objetivo atestar a legitimidade dos dados patrimoniais e financeiros apresentados no balanço da entidade.

Inicialmente avaliava empresas de capital aberto com enfoque contábil, atualmente avalia entidades com responsabilidade social, entidades com atividades ambientais, e ainda, entidades que exercem atividades no ramo de saúde.

A auditoria externa não exclui a necessidade da auditoria interna. Frequentemente a auditoria interna trabalha mais como uma coordenação dentro da empresa, enquanto a auditoria externa buscar comprovar as demonstrações financeiras utilizando, muitas vezes, os resultados apurados pela auditoria interna.