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Auditoria Independentes das Demonstrações Contábeis

Por:   •  26/8/2018  •  6.562 Palavras (27 Páginas)  •  289 Visualizações

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Finalmente, o auditor termina seu trabalho com a comunicação das descobertas da auditoria, com a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis com comunicações ao comitê de auditoria e com outras comunicações ao conselho de administração e à administração, referentes a recomendações que agregam valor.

O processo de auditoria sugerido por Boynton, Johnson e kell tem como base o que determina a Norma Internacional de Auditoria (NIA) 300. Essa Norma determina que o auditor deve desenvolver e documentar um plano global de auditoria que descreva o alcance e a conduta esperados da auditoria. Os aspectos descritos na NIA 300 que devem ser considerados pelo auditor ao desenvolver o plano global de auditoria incluem:

- Conhecimento do negócio: (i) condições do setor e fatores gerais que afetam o negócio da entidade; (ii) características importantes da entidade, seu negócio, seu desempenho financeiro e suas exigências de relatório, incluindo as mudanças desde a data da auditoria anterior; e (iii) nível geral de competência da administração.

- Entendimentos dos sistemas contábeis e de controle interno: (i) as políticas contábeis adotadas pela entidade e as mudanças dessas políticas; (ii) o efeito de novos pronunciamentos contábeis e de auditoria; e (iii) o conhecimento cumulativo que o auditor tiver dos sistemas contábeis e de controle interno e a ênfase relativa que se espera que seja colocada nos testes de controle e procedimentos de comprovação.

- Risco e relevância: (i) as avaliações esperadas de riscos inerentes e de controle e a identificação de áreas de auditoria significativas; (ii) o estabelecimento de níveis de relevância para fins de auditoria; (iii) a possibilidade de distorções relevantes, incluindo a experiência de períodos passados ou fraude; (iv) a identificação de áreas contábeis complexas, incluindo as áreas que envolvem estimativas contábeis.

- Natureza, época e extensão dos procedimentos: (i) possível mudança de ênfase em áreas de auditoria específicas; (ii) o efeito da tecnologia da informática sobre a auditoria; e (iii) o trabalho da auditoria interna e seu efeito esperado sobre os procedimentos de auditoria externa.

- Coordenação, direção, supervisão e revisão: (i) o envolvimento de outros auditores na auditoria de componentes, como, por exemplo, subsidiárias, filiais e divisões; (ii) o envolvimento de especialistas e/ou peritos; (iii) o número de locais; e (iv) exigências de pessoal.

- Outros assuntos: (i) a possibilidade de que o pressuposto de continuidade operacional esteja sendo questionado; (ii) condições que exigem atenção especial, tais como existência de partes relacionadas; (iii) as condições do trabalho e quaisquer responsabilidades legais; (iv) a natureza e época dos relatórios ou outras comunicações com a entidade que são esperadas do trabalho.

Os mesmos processos acima, de forma geral, estão presentes nas normas brasileiras (NBC T 11). Também é importante observar, que nos planejamentos dos trabalhos, de acordo com a NBC T 11, Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na entidade, ou quando as demonstrações contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o planejamento deve contemplar os seguintes procedimentos:

- Obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as demonstrações contábeis do exercício atual. Essa obtenção poderá ser efetuada através da revisão dos papeis de trabalho do auditor anterior ou da realização de procedimentos de auditoria no saldo inicial;

- Exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura do exercício atual;

- Verificação se as práticas contábeis adotadas no exercício atual são uniformes com as adotadas no exercício anterior;

- Identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira; e

- Identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior, revelados ou não revelados.

Em termos práticos, o planejamento dos trabalhos de auditoria envolve os seguintes passos: (a) definição do trabalho a ser executado; (b) identificação da equipe de trabalho; (c) definição das épocas previstas de visita; (d) atualização dos negócios do cliente; (e) determinação de materialidade; (f) determinação de contas importantes para a auditoria; (g) entendimento dos sistemas que afetam as contas importantes; (h) julgamento preliminar de risco; (i) elaboração de um orçamento de horas; (j) preparação do plano geral de auditoria; e (k) preparação dos programas de auditoria.

2 Controle interno

De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica (NBCT) 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis (2000, p.162):

11.2.5.1 – O sistema contábil e de controles internos compreendem o plano de organização e o conjunto integrado de método e procedimentos adotados pela entidade na produção do seu patrimônio, promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e de sua eficácia operacional.

Boynton, Johnson e kell (2002, p.320) assim definem controles internos:

Controles internos são um processo operado pelo conselho de administração, pela administração e outras pessoas, desenhado para fornecer segurança razoável quanto à consecução de objetivos nas seguintes categorias: (1) confiabilidade de informações financeiras; (2) obediência às leis e regulamentos aplicáveis; e (3) eficácia e eficiência de operações

Princípios do controle interno

O sistema de controle interno de uma organização pode variar conforme as condições dos ambientes externo (mercado) e interno (instalações e pessoal), dependendo, principalmente, da vontade e apoio de seu dirigente.

Como forma de se manter um nível mínimo de eficiência e eficácia nas atividades executadas por esse sistema, é que se definem alguns princípios básicos que devem ser adotados por qualquer sistema de controle interno. Cardozo (1994), apresenta os seguintes princípios:

1o – Fixação de responsabilidades;

2o – Segregação de funções;

3o

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