Analise de risco de credito na microfinancas de pequena dimensao
Por: Evandro.2016 • 18/6/2018 • 6.457 Palavras (26 Páginas) • 482 Visualizações
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O desenvolvimento do tema desta pesquisa poderá contribuir para a melhoria da base teórica sobre a gestão de risco de crédito nas microfinanças no contexto Moçambicano. Ademais, o estudo fará o seu foco à uma microfinanca sedeada na Katembe no período de 2014 á 2016, visto que neste período tem vindo a receber muitos investimentos devido a construção de ponte que liga à cidade de Maputo, porém este facto escita maior investimento por parte de informais, que não reúnem requisitos necessários para o acessso ao crédito junto aos bancos comerciais, que pretendem, para financiar pequenos negócios para o sustento familiar e mais.
- Revisao de literatura
Segundo Gil (2002) a revisão de literatura consiste no levantamento, ou a abordagem centifica do assunto do tema a pesquisar. Serve-se de resultados de pesquisas científicas ja efectuadas, com visão diversificada de autores, é portanto, um levantamento bibliográfico cobrindo o assunto a ser pesquisado.
A revisão de literatura pode consistir num levantamento de conceitos-chave da pesquisa e, depois tratar cada conceito de uma forma aprofundada com objectivo de relacioná-los entre si, considerando alguns critérios para escolher o material (Idem). Neste sentido, para este trabalho foram identificados como conceitos-chave os seguintes: micro-finanças, crédito, risco e risco de crédito.
- Conceitos-chave
Identificados os conceitos-chave, nesta secção serão apresentadas as opiniões de vários autores acerca desses conceitos, relacioná-los, discuti-los e construir novas ideias.
Microfinança
Segundo o (Banco de Moçambique), microfinança é uma actividade que consiste na prestação de serviços financeiros essencialmente em operações de reduzida e média dimensão, a mesma fonte acrescenta ainda que os indivíduos ou organizações que praticam esta actividade designa-se por agentes de microfinanças.
Crédito
A palavra crédito dependendo de contexto do qual se esteja tratando, tém vários significados, mas neste trabalho iremos conceitua-lo no âmbito financeiro. Para o efeito recorre-se a autores como Silva (2008) e Santos (2015).
De acordo com Silva (2008:45) “Crédito é uma prática que consiste em colocar à disposição do cliente (tomador de recursos) certo valor sob forma de empréstimo ou financiamento, mediante uma promessa de pagamento numa data futura”.
Já para Santos (2015:1) “Creditoé uma troca de um valor presente por uma promessa de reembolso futuro, não necessariamente certa, em virtude do “factor risco”.
Dos conceitos apresentados pelos autores podemos percener que, credito é uma aplicação presente de um determinado valor, com eperança de que o mesmo flua beneficios numa data predeterminada pelas partes, e tambem dos conceitos acima pode se perceber que a margem que escede o valor concedido no presente, representa ou compensa o risco de inadiplência.
Risco
Segundo Gitman (2002) o risco em sentidos fundamentais, é definido como a possiblidade de um prejuízo financeiro. Tal prejuízo é derivado da incerteza ou imprevisibilidade que situam-se necessariamente e unicamente, no futuro Schrickel (2000) citado por Santos (2015).
Em Neves (2003:112), define-se o risco como sendo a possibilidade de perdas, portanto deste conceito traduz-se que ele converge com o pensamento de Gitman, porém, traz ainda uma abordagem que destingue o risco da incerteza. Pra tal, considera que existe risco quando o decisor pode estimar objectivamente as probabilidades de acontecimntos, enquanto na incerteza não é possivel fazer esta estimativa.
Risco de crédito
Como descrito no PGC NIRF (2007:207), “O risco de crédito é o risco de uma perda financeira que uma das partes num instrumento financeiro pode causar a outras por não cumprimento da obrigação”.
Por sua vez, Silva (2008:29) faz uma abordagem na perpectiva de quem concede o crédito. Para este autor o risco de crédito é a possibilidade de uma instituição financeira não receber do cliente a promessa de pagamento devido ao caracter, a capacidade de gerir o negócio, aos factores externos adversos ou a sua incapacidade de gerar caixa.
Este último pensamento é o que mais se ajusta à perspectiva do presente projecto de pesquisa, pois, pretende-se estudar os modelos usados na análise de risco na concessão de crédito nas Microfinanças.
- Análise de risco de crédito
Da definição dos conceitos de risco e de risco de crédito ficou claro que numa operação de crédito há sempre uma probabilidade de perda financeira para uma das partes como resultado da inadiplência, isto é, não cumprimento da obrigação pela outra parte.
A análise de risco de crédito é um processo organizado a fim de reunir e montar todos os factos que conduzem ao problema, determinar as questões e suposições relevantes para a tomada de decisão, analisar e avaliar os fatos levantados e desenvolver uma decisão a partir das alternativas funcionais e aceitáveis. (Silva, 2003)
O conceito anterior faz uma abordagem de análide de risco de crédito na perspectiva da entidade que concede o crédito, isto é, da microfinança. Portanto, estamos perante uma contrato entre dois agentes económicos na qual a instituição financeira é o sujeito activo e o cliente, sujeito passivo.
Se atendermos que a instituição financeira provê o crédito e em contrapartida recebe uma remuneração em forma de juros implica que a concessão desse crédito deve ser feita num contexto de maior segurança possível. Assim, a análise de risco de crédito é visto como o processo que visa averiguar se o cliente possui idoniedade e capacidade financeira para amortizar o crédito (Santos, 2015).
Numa outra perspectiva, destaca-se que a análise de risco não se deve limitar ao estudo de factores intrnos do sujeito passivo no que tange à sua capacidade de fazer face aos factores externos de modo a garantir as condições necessárias para o cumprimento das suas obrigações (Idem).
Nos termos do pressuposto em parágrafos anteriores aprende-se que a análise do risco de crédito deve ter sempre em consideração a apossibilidade de surgimento de acontecimentos imprevistos e adversos, como os decorrentes de recessão econômica, que podem afectar as fontes primárias de pagamento de empresas e de pessoas físicas, reduzindo a possibilidade
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