ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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A análise de balanço consiste em avaliar a evolução do ativo e do passivo, das despesas e receitas, do patrimônio líquido do balanço de uma empresa, bem como das operações que lhe deram origem, e também dos índices de liquidez que demonstram sua situação patrimonial e sua capacidade financeira.

O conhecimento teórico, e como usá-lo na prática é de extrema importância, se tratando de estruturação e análise das demonstrações financeiras. Essas análises garantem uma visão da estratégia e dos planos da empresa, possibilitando novas decisões, permitindo estimar seu futuro, suas limitações e potencialidades.

5. O PRINCIPAL OBJETIVO DA ANÁLISE DE BALANÇOS

O objetivo da análise de balanços é oferecer um diagnóstico sobre a real situação econômico-financeira da organização, utilizando relatórios gerados pela Contabilidade e outras informações necessárias à análise, relacionando-se prioritariamente a utilização por parte de terceiros.

Os dados da análise estão voltados para dentro e fora da empresa e não se limitam apenas a cálculo de meros indicadores de desempenho.

As informações requeridas pelos usuários dependerão da sua necessidade e do tipo de decisão a ser tomada, no entanto, algumas informações que um analista pode obter a partir da utilização da análise das demonstrações contábeis de uma empresa, envolvem vários aspectos, tais como: se existe uma boa capacidade de pagamento, ou seja, bons índices liquidez, no caso de insolvência da empresa, se a atividade operacional oferece bons índices de retorno sobre o capital empregado, isto é, qual a rentabilidade do negócio, entre outros.

É através da análise das demonstrações financeiras que podemos identificar pontos críticos dentro da organização e apresenta imediatamente um esboço das prioridades para solucionar problemas.

6. ORDEM METODOLOGICA APLICADA NA ANÁLISE DE BALANÇOS

As demonstrações contábeis devem seguir alguns procedimentos padronizados na estruturação dos demonstrativos isso faz com que as informações mantenham sua veracidade e fidedignidade dos valores desde o início até o final de cada período:

1ª Etapa – Lançamentos dos fatos administrativos em livros contábeis: Diário e razão.

2ª Etapa – Lançamento das apropriações (Ajustes de contas), nessa etapa apropria-se às contas de resultados, reconhecendo as despesas e as receitas segundo o regime de competência.

3ª Etapa – Levantamento do balancete de verificação: Partindo dos saldos registrados no livro razão ou nos razonetes, deve-se verificar com exatidão dos saldos registrados, caso haja alguma discrepância deve-se proceder à correção.

4ª Etapa – Apuração do resultado: Com o encerramento das contas de despesas e receitas é possível levantar o resultado do período, apurando-se lucro ou prejuízo do exercício que irá compor o balanço patrimonial. As contas encerradas têm os valores transferidos para a DRE, na qual é apurado o resultado do período em questão.

5ª Etapa – Levantamento do balanço Patrimonial: Após apuração do resultado e sua respectiva transferência para o grupo do patrimônio líquido, mais especificamente para as contas de lucros ou prejuízos acumulados, ocorre o transporte dos saldos de suas contas patrimoniais para o demonstrativo.

6ª Etapa – É realizado o levantamento dos demais demonstrativos contábeis, ou seja, após o levantamento patrimonial, aqueles exigidos por lei.

7. PRINCIPAIS TÉCNICAS ADOTADAS NA ANÁLISE DE BALANÇOS

Através dos demonstrativos contábeis, é possível extrair índices para melhor entender a situação patrimonial de uma empresa, para isso é utilizada algumas técnicas, tais como:

A. Análise Vertical e Horizontal: demonstram, em percentual, o valor de cada item se comparados ao total do demonstrativo, ou a um valor específico, e sua variação no decorrer do tempo.

B. Análises através de índices: traduzem os demonstrativos em índices de estrutura, liquidez e rentabilidade, de maneira a entender corno o património de entidade está estruturado, sua capacidade de pagamento, bem como o retorno do investimento.

C. Prazos Médios: representam a velocidade com que elementos patrimoniais de relevo se renovam durante um determinado período de tempo.

D. Método Fleuriet: reclassifica os demonstrativos em operacional e financeiro (não operacional), com isso, analisa-se índices de capital de giro, tesouraria, longo prazo, os quais darão dimensão da situação operacional e financeira da entidade,

e. Alavancagem Financeira: indica o grau de lucratividade, positiva ou negativa, gerada pela utilização de capitais de terceiros.

F. Fator de Insolvência de Kanítz: modelo que permite determinar previamente, com razoável grau de segurança, o grau de insolvência, o qual tem por objetivo descobrir, nos demonstrativos das empresas, sinais de insolvência.

G. Valor Econômico Adiciona! (EVA): O EVA é a medida do lucro econômico de uma empresa depois de descontado o custo de todo o capital empregado. Baseado na diferença entre a taxa de retorno sobre o capital investido e o custo desse capital, essa diferença indica a qualidade ou eficiência com que o capital é utilizado.

8. USUÁRIOS DA ANÁLISE DE BALANÇOS

As empresas são obrigadas pela Lei nº. 2.627 de 1940 a apurar os resultados

operacionais de suas atividades a cada ano civil e tal apuração são feitos por meio do Balanço Patrimonial. Nestes termos, o Balanço é classificado como uma Demonstração Financeira obrigatória, utilizada tanto para medir o desempenho organizacional como para auditorias externas de órgãos públicos.

Art. 10. Todos os comerciantes são obrigados: a formar anualmente um balanço geral do seu ativo e passivo, o qual deverá compreender todos os bens de raiz, móveis e semoventes, mercadorias, dinheiros, papéis de crédito, e outra qualquer espécie de valores, e bem assim todas as dívidas e obrigações passivas e será datado e assinado pelo comerciante a quem pertencer.

A análise de balanços permite uma visão estratégica e estimar o seu futuro, suas limitações e potencialidades, sendo elas:

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