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A Evolução da Contabilidade e a Atuação do Contador na Atualidade

Por:   •  25/4/2018  •  5.018 Palavras (21 Páginas)  •  352 Visualizações

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Muitos foram os elementos arqueológicos encontrados em grutas e em rochas, no Brasil, em Portugal, na França e em outros países.

Admite-se, pois, que há cerca de 20.000 anos, o homem já registrava os fatos da riqueza em contas, de forma primitiva. O homem primitivo buscava, assim, memorizar aquilo que dispunha e que não precisava mais buscar na natureza, porque armazenara.

Calcula-se, pois, que uma história da contabilidade deve iniciar-se a partir de cerca de 20.000 anos atrás (Paleolítico) ao até mais, segundo Vincenzo Masi, nas eras Pré-líticas.

O mais antigo documento dessa época que se conhece parece ser o que nos apresenta Figuier. Foi encontrado na gruta D’Aurignac, no departamento de Haute Garone, na França; é uma lâmina de osso de rena, contendo traços que indicam quantidades.

Sabemos que nos domínios da arqueologia grandes são as dificuldades de interpretação e de atribuição de exata finalidade de alguns objetos encontrados, dada a precariedade de provas e de bases, mais é inquestionável, pela comparação desses elementos, que se trata, no caso que comentamos, de peças contábeis.

Tudo indica que foram os desenvolvimentos das sociedades, apoiados nos Estados, dos poderes religiosos e de suas riquezas, somados aos das artes de escrever e contar, que influíram, decisivamente, na evolução dos registros contábeis.

Os arqueólogos, em sua maioria, estão de acordo em afirmar que foram as imensas riquezas de Suméria, em Uruk, e também aquelas de Susa, no sopé das montanhas Zagros, que constituíram ambientes propícios para as bases de um desenvolvimento da escrita contábil, com qualidade cada vez maior, embora, na região mesopotâmica, há muito, já existissem povos que, segundo estudiosos como Amar Hamdani, formariam bases para que os sumerianos fossem o que foram.

A escrita cuneiforme, da Mesopotâmia, basicamente contábil, surgindo no IV milênio antes de Cristo, sendo mais utilizada nesse sentido que para qualquer outro, segundo afirmam estudiosos da questão, foi um desses progressos que, como os da era lítica, orgulham o conhecimento da Contabilidade, por sua qualidade como expressão do pensamento.

A escrita já não era na base de desenhos, mas de símbolos (ideográfica), e por sua forma de cunha, recebeu a denominação de “cuneiforme”.

A racionalização das memórias, para fins de controle das riquezas, criou, inclusive, critérios simbólicos de avaliação e ensejou, segundo alguns estudiosos, as bases para a criação das moedas.

Tais foram os aperfeiçoamentos burocráticos para a realização da escrita, na Mesopotâmia, que esse local, sem nenhuma dúvida, pode ser caracterizado como o do ponto alto da racionalidade mnemônica da riqueza; nada existe a surpreender nessa hipótese, pois também esse laborioso povo foi autor do sistema decimal, do calendário, dos pesos e medidas, dos títulos de crédito e até do que viria a ser nosso alfabeto.

2. 2 Contabilidade do mundo medieval

No Ocidente, a implantação do catolicismo, com fortes organizações dos conventos, abadias e mosteiros, como centros, inclusive, de produção e consumo, assim como os grandes reinos bárbaros que formavam seus verdadeiros Estados, ofereceu bases para aplicações contábeis complexas, mas que seguiriam, inicialmente, toda a estrutura romana, ou seja, as tradições.

Com Justiniano a Igreja passou a controlar o Poder, assumiu uma forma distinta e a escrita contábil das unidades gestoras da riqueza da mesma, tomou importância maior, no momento em que grande parte dos Templos Romanos e suas terras passaram ao poder eclesiástico.

Novas transformações viriam após o domínio de Calos Magno. O regime feudal, dos Condados firmou-se, com novas responsabilidades transferidas aos suseranos e novas necessidades de controle contábil.

No Oriente, todavia, sem os problemas decorrentes dos latifúndios e declínios das cidades e das sociedades, sem influência do clero, estruturou um critério de registros que mais tarde se aperfeiçoaria na Itália, na Baixa Idade Média, e que seria denominado de partidas dobradas ou partidas duplas.

O genial sistema das partidas dobradas, baseado em uma equação onde todo débito corresponde a um crédito e vise-versa, nada mais foi que o registro de um fato em sua causa e efeito.

Muitas especulações são feitas sobre o nascimento da técnica de debitar e creditar mas o autor dela, em verdade, não se conhece.

Se os sumério-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.

A “Era Técnica” foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da Contabilidade, devido às grandes invenções, como moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como Marco Pólo e outros.

O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram as consequências naturais das necessidades geradas pelos adventos do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa.

No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital", representando o valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária.

O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.

2.3 Contabilidade do mundo moderno

O ensino da Contabilidade, difundido através de livros, forma o período da Literatura contábil.

Os livros e livretes manuscritos que existiam para ensinar escrituração contábil circulavam desde o século XI, como se tem prova, mas, na realidade, o impulso da difusão só se conseguiria com a obra do frei italiano Luca Pacioli, editada em novembro de 1494, em Veneza.

Foi no século XI, a partir da aparição dos trabalhos escritos no Oriente Médio, dos quais temos notícias pelo trabalho de Ismail

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