A Auditoria Externa em empresa de Construção Civil para obtenção de Certificação em Meio Ambiente
Por: Kleber.Oliveira • 17/12/2018 • 1.733 Palavras (7 Páginas) • 475 Visualizações
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2 - Custos de Implementação da Norma ISO 14001
A necessidade de conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental leva a formação do conceito de Desenvolvimento Sustentável. Com a preocupação da consciência ambiental os Governos adotaram normas mais rígidas e mais abrangentes. Para as empresas essas preocupações vieram com o Custo de implantação e adequação de um sistema de Gestão Ambiental – SGA.
Para compatibilizar seus objetivos financeiros e estratégicos as empresas começaram a adotar os sistemas para não perder sua competitividade no mercado.
A ISO 14001 veio para facilitar o comércio entre empresas de diversos mercados que buscam a certificação do seu sistema de gestão ambiental.
O número de indústrias certificadas pela ISO 14001 ainda é pequeno no Brasil. Tal fato pode ser atribuído à crença no meio empresarial de que a implantação de um SGA seja um processo extremamente dispendioso e de difícil obtenção.
No caso estudado do Consórcio Rio Negro pode-se observar que os maiores custos de devem as subcontratações, ou seja, como se trata de um Consócio quase todos os serviços são terceirizados, como contratações de empresas para retirada, coleta e destinação final de resíduos, para perfuração de poço artesiano, para serviços de Consultoria em Meio Ambiente, para análise de resíduos das perfurações das Estacas no leio do Rio Negro, também não se pode deixar de mencionar a implantação de ETE – Estação de Tratamento e Esgoto com sistema aeróbio biológico, e que onera com um custo mensal de acompanhamento e de relatório técnico ao bom funcionamento.
Para Yazigi (2007) p. 61, antes do início da Construção, deve realizar um levantamento dos principais resíduos que a empresa irá gerar para depois definir as destinações e ações a serem tomadas.
No Consócio rio Negro foram levantados pelo setor de Planejamento e Engenharia os serviços que deveriam ser implementado para atendimento das normas vigentes, que coube ao setor Comercial tais contratações.
3 - Gestão Ambiental
A Gestão Ambiental passou a ocupar uma posição de destaque não somente pela imagem positiva da empresa, mas também pelos efeitos danosos que um mau desempenho ambiental pode causar nas relações comerciais da empresa.
Para Valle (2002) a Política Ambiental ou Gestão não deve ser vista como mera formalidade para atender as normas pertinentes, mas sim como uma ferramenta relevante para o sucesso da empresa.
O SGA é operacionalizado por meio de Programas de Gestão Ambiental (PGA’s), que são ferramentas gerenciais dinâmicas e sistemáticas, com metas e objetivos ambientais a serem alcançados, no caso de estudo do Consórcio Rio Negro pode-se observar quais os gestores ou setores responsáveis e datas de execução para as melhorias do ambiente de trabalho a fim de se enquadrar nas exigências e determinações da ISSO serie 14000.
Pelo PGA se estabelecem as ações preventivas e corretivas identificadas pelas Auditorias Ambientais, e assim se elabora o replanejamento de ações que assegurem padrões de qualidade ambiental compatíveis com a política da empresa.
Seguindo o raciocínio de Valle segue abaixo de forma esquemática, o ciclo de aplicação da Gestão Ambiental na busca da melhoria através da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental – SGA:
Figura 1: Ciclo de aplicação de Gestão Ambiental
Fonte: Valle (2002) p. 70[pic 1]
Conclusão
O Sistema de Gerenciamento Ambiental – SGA é operacionalizado por meio de Programas de Gestão Ambiental que devem ser dinámicos e sistemáticos, com metas e objetivos a serem alcançados, porém no caso de um Consórcio há uma delimitação do tempo que ações a serem tomadas devem ser dinâmicas devido a grande rotatividade de pessoas, para que a empresa se enquadre aos órgãos municipais, estaduais e em ámbito federal, para que pudesse dar continuidade na Obra. Assim como o custo e dificuldades de encontrar empresas especializadas capazes de atender as necesidades da empresa.
Os custos mais onerosos foram na área da construção do Canteiro que atendessem os pontos impactantes para obtenção da Certificação Ambiental como: Sistema de Tratamento de Esgoto, contratação de empresa especializada em destinação e coleta de residuos orgânicos, recicláveis, contaminados tipo Classe A, platação de hidrossemeaduras devido as grandes erosões no terreno. A pesar dos custos mencionados serem elevados fica insignificante diante das posibilidades de que uma imagen positiva traz para uma empresa.
Através da pesquisa realizada foi possível constatar que embora a Certificação não seja compulsória, sua obtenção destaca a organização e a eleva em uma posição favorável diante de seus competidores, e que seus gastos financeiros são menos onerosos através de um Sistema Integrado de Gestão que vão dá redução de Insumos, de documentação e com Auditorias Ambientais.
Referências
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14010: Diretrizes para a auditoria ambiental - princípios gerais. Rio de Janeiro, 1996.
_____ NBR ISO 14011: Diretrizes para a auditoria ambiental - norma de sistemas de gestão ambiental. Rio de Janeiro, 1996.
_____ NBR ISO 14012: Diretrizes para a auditoria ambiental - critérios de qualificação para auditores ambientais. Rio de Janeiro, 1996.
_____ NBR ISO 19011: Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro, 2002.
NETO, Alexandre A. da Conceição. Auditoria ambiental interna: uma ferramenta para a gestão empresarial. 2001. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis) - Universidade Federal de Santa Catarina - Florianópolis: UFSC.
VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade Ambiental: ISO 14000. 4ª ed. rev. e ampl. – São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.
YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 8. ed. São Paulo: Pini, 2007.
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