“THE CORPORATION” COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES
Por: Evandro.2016 • 4/7/2018 • 1.558 Palavras (7 Páginas) • 434 Visualizações
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Grande parte dos lucros obtidos com o modelo capitalista é revertido à sociedade (ou deveria ser), quando da construção de escolas, hospitais, trens e afins que acabam por beneficiar a todos. Assim sendo, apesar do descaso, há também a preocupação em criar uma sociedade evoluída, bem sucedida e competitiva.
- DESVANTAGENS PERCEBIDAS ATRAVÉS DO FILME
Nota-se no filme que as corporações objetivam praticamente apenas o crescimento e o lucro, conforme anteriormente mencionado. E, nessa busca incansável, acabam por não se preocupar com os danos que trazem a sociedade e aos indivíduos que a compõem.
O descaso percebido no documentário com os funcionários e os consumidores ocorre ao demonstrarem a falta de comprometimento e qualidade com o seu tipo de produto/serviço. Na maioria das vezes preferem pagar altas multas ao invés de serem politicamente corretos e não terem de criar novas metas e técnicas de produções.
Sendo assim, esse modelo se mostra desvantajoso, quando não há enfoque no bem estar e satisfação de seus clientes (internos e externos). Por não possuírem empatia ou noção de ética, tal qual o ser humano, demonstram uma série de atitudes erradas que afetam diretamente a sociedade como um todo.
- ANÁLISE CRÍTICA DA SITUAÇÃO ATUAL
O filme traz uma reflexão sobre o formato econômico em que nossa sociedade está inserida: o capitalismo. Ele destaca que o capitalismo nasceu com um alto grau de exploração da classe trabalhadora, através de uma série de comparações entre características psicológicas de pessoas humanas e características de corporações. Conclui-se que empresas têm como única finalidade a obtenção do lucro, obrigação esta dita em lei.
Empresas deste modelo buscam instalar suas unidades em países pobres, em que se pode pagar pouco para a população, e, sem uma política social e ambiental naqueles locais, trazer seu custo para o mínimo possível. Tudo em busca do lucro.
Apesar de essa situação ainda ser uma realidade em muitas empresas de sucesso, podemos observar que essa situação vem tentando mudar. Cada vez mais o mercado está preocupado com a origem dos produtos que compra. Quando a imprensa tem conhecimento de que uma marca super explora sua mão de obra, a notícia sai na mídia com intensidade. A sociedade, em busca de seus direitos, cobra uma satisfação dos empresários, que se veem obrigados a adotar medidas mais humanizadas. Somente através da educação é que um povo tem condição de ser uma massa crítica capaz de julgar a atitude dessas empresas e se mobilizar em prol de uma sociedade mais humana e justa.
É somente através da educação que se pode ter esperança de um futuro menos explorador para as populações dos países em que as multinacionais fincam suas unidades. É a qualificação da mão de obra que garante um futuro melhor para as populações do mundo.
- POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Dentre as pessoas afetadas temos os trabalhadores, que se desempenham, muitas vezes, de forma desumana ganhando salários miseráveis e os consumidores, que podem ter seus produtos contaminados sem quem saibam, uma vez que as grandes corporações são capazes de manipular a mídia. Também entra nesta lista o meio ambiente, que se vê prejudicado pela contaminação, modificações genéticas e uso indiscriminado de recursos naturais.
Algumas das possíveis soluções seriam:
- A criação de leis mais rígidas que favoreçam aos trabalhadores e protejam também os consumidores, considerando não só os Países onde os produtos são comercializados, mas também os países onde são fabricados, fornecendo condições e salários dignos aos trabalhadores;
- Os consumidores devem ter informações claras e reais dos produtos e seus efeitos. Não como ocorreu com os alimentos transgênicos fabricados pela Monsanto, onde pesquisas posteriores relevaram que os mesmos poderiam produzir câncer, mas as informações foram manipuladas pela empresa (através da imprensa);
- Através da fabricação de produtos de maneira sustentável, visando a preservação do meio ambiente e àquilo que o compõe.
É preciso conscientizar e informar às pessoas, físicas e jurídicas, que o lucro não pode ser obtido a qualquer custo, causando danos de forma irreparável às pessoas e ao meio ambiente. É necessário que todos tenham consciência e visem que a humanidade é mais importante que o lucro.
6. CONCLUSÃO
O filme tem como objetivo expor, com maior transparência e clareza, questões ligadas a grandes corporações (empresas). Nele é possível verificar o quanto o crescimento global, o desejo de crescer / lucrar, levou a uma série de fatores e ocorrências catastróficas para todos os envolvidos e, até mesmo, os não envolvidos (gerações futuras).
A partir dele é possível verificar e concluir que o capitalismo criou grandes “monstros”, como menciona o próprio filme. A necessidade de constante movimentação financeira, lucros, desejo em se sobressair no meio de tantas marcas e opções, fez com que grandes empresários tapassem os olhos para fatores de extrema importância para a vida humana, como por exemplo, deixar que sua fábrica jogasse desejos, restos químicos para a confecção do produto que vende, em rios de pequenas cidades, prejudicando, assim, o meio ambiente e saúde das pessoas daquele local.
O filme é um pouco antigo (2003), mas nota-se que desde então, a humanidade de uma forma geral têm cobrado essa melhoria contínua das empresas, que estão tentando agora se sobressair nessa questão também. A população, em sua maioria, quer sim que as grandes marcas permaneçam (afinal, para muitos, trata-se de uma questão de status perante a sociedade), no entanto, querem também que a vida permaneça, que não haja mais extinção de espécies ou mesmo alterações climáticas que afetam toda uma nação.
O filme, portanto, foi realizado com o intuito de chamar atenção para algo que esta ocorrendo há muito tempo e foi bem sucedido, pois atualmente existe uma série de fatores que empresas devem seguir para preservar o meio ambiente e a vida das pessoas. É certo que essa será uma luta constante, visto que muitas pessoas / empresários ainda possuem o comportamento “psicopata”, termo usado no próprio filme, a respeito da vida humana ou da natureza, sobre não sentir-se
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