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Resumo Fraude Contábil na WolrdCom

Por:   •  23/12/2018  •  1.719 Palavras (7 Páginas)  •  332 Visualizações

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A WorldCom reportou $4.1 bilhões com custos de linha e gastos de capital que incluíam $544 milhões em custos de linhas capitalizados. Com os $9.8 bilhões em receitas reportadas, a relação D/R da WorldCom foi anunciado em 42%, ao invés de 50%, como seria sem a reclassificação e a reversão do provisionamento.

Departamento de Contabilidade Geral

Betty Vinson entrou na WorldCom em 1996 como gerente na divisão internacional da contabilidade. Logo desenvolveu uma reputação de funcionário trabalhadora e leal. Diante do seu bom trabalho, logo foi promovida à alta gerência na contabilidade geral. Em outubro de 2000, Vinson e seu colega Troy Normand foram chamados ao escritório da chefia para que pudessem reverter $828 milhões de provisionamentos de custos de linhas para o Demonstração do Resultado. Após algum debate, concordaram em fazer a transferência.

Em abril de 2001 as receitas eram piores do que as esperadas e mais uma vez foi solicitado que Vinson e Normand transferissem $771 milhões dos custos de linha para gastos de capital. Vinson se sentia refém da situação, mas acabou fazendo os lançamentos e os datou retroativamente em fevereiro de 2001.

Em abril de 2002 foi revisado o relatório do primeiro trimestre, que incluiu $818 milhões em capitalização dos custos de linha. Percebeu-se que para alcançar as projeções, eles teriam que fazer lançamentos similares para o resto do ano.

Auditória Interna

Uma auditoria operacional de rotina nos gastos de capital da WorldCom foi iniciada em agosto de 2001. A auditoria revelou que o Coorporativo tinha gastos de capital de $2.9 bilhões e assim pediu uma explicação para tais gastos.

Em março de 2002, o chefe da unidade de negócios wireless queixou-se de sobre um provisionamento de $400 milhões em seu negócio para pagamentos futuros previstos e para despesas com devedores duvidosos, que tinha sido transferido para aumentar os ganhos da companhia.

No mesmo período de 2002, os investigadores da SEC enviaram à WorldCom um pedido de informações supressa. A SEC queria examinar dados da companhia para entender como a WorldCom poderia ser rentável quando outras companhias de telecomunicações obtinham grandes perdas.

Auditor Externo: Arthur Andersen

Arthur Andersen foi o auditor externo independente da WorldCom de 1990 a 2002. Originalmente a Andersen fazia sua auditoria à moda antiga, testando milhares de detalhes das transações individuais, revisando e confirmando os saldos de contas no livro razão da WorldCom. Como as operações se expandiam graças as fusões e ao maior escopo dos serviços, a Andersen adotou procedimentos de auditoria mais eficientes e mais sofisticados, baseado em revisões analíticas e em avaliações de risco.

A Andersen também avaliava o risco de que as despesas com folha de pagamento, peças sobressalentes, peças moveis e com projetos de capital fossem registrados e classificados com propriedade como despesas ou como ativo mediante revisão do processo de aprovação relevante. A Andersen focou no risco de que as receitas da WorldCom fossem incorretamente apuradas por causa de erros ou de registros imprecisos, não por erro deliberado de informação.

O programa de gestão de risco da Andersen avaliou a WorldCom como um cliente de alto risco de cometer fraude. Mesmo assim a WorldCom continuou a ser auditada como um cliente de risco moderado. A Andersen poderia ter identificado grandes lançamentos fraudulentos mediante uam revisão do livro razão da companhia, mas a WorldCom recusou o acesso ao livro razão eletrônico.

A WorldCom reteve informações, adulterou documentos, omitiu informações sobre materiais requisitados e transferiu milhões de dólares em saldos de contas, para enganar a Andersen. Relatórios mensais especiais de receitas foram preparados para a Andersen.

Mesmo diante do cenário de dificuldades no acesso as informações, a Andersen avaliou a WorldCom como aceitável no quesito fornecimento de informações.

O Conselho de Administração

Mais de 50% Conselho de Administração da WorldCom era composto por membros não executivos, sendo a maioria ex-proprietários, oficiais ou ex-diretores das companhias adquiridas pela WorldCom.

As reuniões do conselho da WorldCom ocorriam aproximadamente de quatro a seis vezes ao ano. Nenhum dos diretores externos se comunicava com qualquer funcionário da WorldCom fora das reuniões do conselho ou de comitês.

As informações relativas aos gastos de capital e aos custos de linhas apresentadas ao conselho eram manipuladas.

De acordo com o comitê de investigação, o conselho da WorldCom estava distante e alheio ao funcionamento da companhia. Não estabeleceu processos para incentivar funcionários a contatar outros diretores sobre qualquer preocupação relativa a operações contábeis ou questões operacionais que pudessem ter.

O conselho tinha um papel pequeno na vida, direção e na cultura da companhia. O Comitê de Auditoria não se dedicou como deveria a compreender a realidade financeira da empresa e não estavam em posição de exercer julgamento crítico sobre questões contábeis e de demonstrações.

Fim de jogo

Em junho de 2002, a equipe de auditoria interna tinha descoberto $3 bilhões em despesas questionáveis, incluindo $500 milhões em despesas com computadores não documentadas.

A equipe de auditoria interna encontrou-se com o Comitê de Auditoria e divulgaram seus resultados sobre gastos de capital impróprios. Em 25 de junho de 2002, a WorldCom anunciou que seus lucros tinham sido inflados em $3,8 bilhões durante os últimos quatro trimestres.

A SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a WorldCom em 26 de junho e investigações criminais foram iniciadas pelos advogados do Departamento de Justiça dos EUA.

Análise

A empresa WorldCom cresceu de forma ágil no ramo de telecomunicações adquirindo empresas de menor porte e aproveitando a evolução acelerada da indústria de telecomunicações.

A fragmentação

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