Resposta a atividade I
Por: Juliana2017 • 31/1/2018 • 1.850 Palavras (8 Páginas) • 339 Visualizações
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e funcionários, bibliotecas fechadas e/ou em precário funcionamento, ausência de um projeto político-pedagógico, precarização do trabalho (rotatividade de trabalhadores, terceirização), políticas governamentais autoritárias com cerceamento da autonomia didático- pedagógica.
Ainda, retratando a escola neste contexto de possível “crise educacional” se faz necessário compreendermos duas teorias pedagógicas, que tem por finalidade nortear o trabalho pedagógico: a pedagogia crítica e a pedagogia positivista. Na pedagogia crítica o professor orienta os alunos para que estes ponham em causa as práticas que são consideradas repressivas, dando origem a respostas libertadoras a nível individual e coletivo. O primeiro passo da pedagogia crítica consiste em conseguir que o estudante se questione a si mesmo enquanto membro de um processo social (que inclui as normas culturais, a identidade nacional e a religião, por exemplo). Depois disso, o aluno percebe que a sociedade é imperfeita e é incentivado a transmitir e a partilhar esse conhecimento para modificar a realidade social.
Ao passo que a pedagogia positivista, admite apenas o que é real, verdadeiro, inquestionável, aquilo que se fundamenta na experiência, deste modo, a escola deve privilegiar a busca do que é prático, útil, objetivo, direto e claro. Os positivistas se empenharam em combater a escola humanista, religiosa, para favorecer a ascensão das ciências exatas. As ideias positivistas influenciaram a prática pedagógica na área das ciências exatas, influenciaram a prática pedagógica na área de ensino de ciências sustentadas pela aplicação do método científico: seleção, hierarquização, observação, controle, eficácia e previsão.
Fazendo uma alusão ao texto Função social da escola e organização do trabalho pedagógico, do autor José Geraldo Silveira Bueno, este se contrapõe a um modelo rígido de organização escolar, pois considera as condições gerais de vida que circunda a comunidade escolar, afirmando que traz consequências graves para a escola ao passo que esta nega condições pessoais, familiares, culturais e econômicas de seus alunos, que diverge de escola para escola, pois cada uma destas vai se configurando de acordo com a sua própria trajetória história. O autor nega que a escola possa se organizar de tal modo que elimine as influências externas que não estejam de acordo com a proposta pedagógica escolar, por isso, afirma que a escola além de promover o acesso a cultura tem que se constituir em espaço de convivência social favorecendo a formação cidadã, onde este aluno, possa utilizar do conhecimento como forma de crescimento pessoal para a democratização da sociedade brasileira. Portanto, a ideia defendida pelo autor esta em congruência com a concepção crítica da pedagogia.
Partindo das ideias trabalhadas pelo autor José Geraldo, corrobora para identificar a instituição escolar como de suma importância para o acesso ao ensino formal e desenvolvimento de uma consciência cidadão, promovendo a inclusão e democratização, visto que, a escola é um lugar de diversidade de ideias, onde a liberdade de expressão deve ser cada vez mais valorizada, cumprindo de fato o que está estabelecido pelo Estado.
Considerando o Brasil, um país multicultural é dever de toda ação pedagógica respeitar e valorizar as diversas culturais, reconhecendo sua contribuição no processo de constituição da identidade brasileira e como elemento de fortalecimento da democracia; repudiando veemente toda discriminação baseada em diferenças raciais, étnicas, de classes sociais, de crenças religiosas, sexo e outras características, afim de, garantir um convívio harmonioso e criativo dos diferentes componentes da diversidade cultural.
Em paralelo ao que já foi exposto até o momento, faz-se necessário considerar a realidade vivenciada no sistema educacional de nossa própria comunidade. Para fins de observação, será retratada as escolas/ sistema educacional da Região dos Lagos – RJ, que não diverge ao que vem sido demostrado a nível nacional.
Em Cabo Frio no dia 11/11/2015 os profissionais da educação decretaram greve, por estarem sem receber seus salários e gratificações, com isso, os alunos da rede municipal ficaram sem aulas.
Figura 01: Sindicato atualiza o movimento através de rede social
Fonte: http://g1.globo.com/
Para agravar ainda mais a situação, a comunidade se indignou com uma declaração bastante infeliz de um empresário e Presidente do Partido da República em Cabo Frio. Conforme imagem a seguir:
Figura 02: Publicação do Presidente do Partido da República em Cabo Frio.
Fonte: https://www.facebook.com/walmirleal.porto
Após algumas horas a publicação foi apagada das redes sociais e ficou a mensagem de que a publicação havia sido mal interpretada e não se referiam as manifestações dos professores. Vale destacar a comoção de todos que em suas redes sociais alteraram suas imagens de perfil para a imagem de uma vaca em solidariedade aos professores. Também é comum a manifestações de estudantes reivindicando melhoria em suas escolas e, em apoio atualmente as ocupações contra o fechamento das escolas, liderados na em sua maioria pela Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro – AERJ.
Todavia, é inegável a formação cidadã proporcionada pelas nossas escolas, ao passo que professores e alunos estão sempre engajados nas lutas sociais para reivindicar seus direitos e estes são sempre apoiados pela comunidade em geral.
Em contrapartidas no município de São Pedro da Aldeia (cidade vizinha) novas escolas e creches têm sido construídas e entregues para comunidade pelo programa municipal denominado “Escolas do Campo”, à exemplo, a Escola Municipal Barnabé Mariano de Souza, no bairro da Cruz, área rural desta cidade. O espaço físico da escola é totalmente adequado para promover a acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais, além de possuir, televisão, carteiras e computadores, como recursos educacionais.
Figura 03: Inauguração de escola em São Pedro da Aldeia.
Fonte: http://www.pmspa.rj.gov.br/
De acordo ao que ocorre em nível nacional, existem casos felizes e infelizes relacionados às nossas escolas. Escolas que se preocupam com a formação
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