Resenha critica nise da silveira o coração da loucura

...

Nise teve contato com Jung através de cartas, onde discutia as mandalas pintadas pelos seus pacientes. Jung se impressionou com todo aquele material, e explicou a Nise que, com ela já havia percebido lendo suas obras, aquelas eram manifestações do inconsciente coletivo. Jung confirmou à Nise que a linguagem das pintura, modelagens e desenhos de seus artísticas psicóticos seria a dos arquétipos, e que isso poderá ser a ponte para ela entender a psicose.

Depois de assistir ao filme, fica evidente por meio de uma ficção que comove e mobiliza, o fato de que Nise terá sempre o respeito e admiração de todos que conheceu um pouco da sua história, pois ela tratou a loucura com carinho e fez dela um motor de vida. Descobrir a história de Nise é encontrar um pouco de nos mesmos nos momentos que não aprece mais “caber” em nossa própria existência.

O filme deixa vago alguns pontos e duvidas em quem não conhece a história de Nise, como: de onde Nise é? O porquê Nise ficou afastada durante sete anos? Como Nise chegou ali? Como Nise tem uma mentalidade tão a frente? Esses e outros pontos ficam como interrogação para quem nunca ouviu falar de Nise da Silveira. O filme não consegue passar para o telespectador a grandeza da importância do trabalho que a Nise desenvolveu. O longa consegue nos emocionar, sorrir e mostrar que o afeto pode mudar muita coisa.

A caracterização dos personagens é bem interessante, mas o filme em sim fica muito aquém da imensa história da Dra. Nise. É uma ponte para conhecer o trabalho dela.