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Resenha O Monge e o Executivo

Por:   •  10/4/2018  •  2.297 Palavras (10 Páginas)  •  663 Visualizações

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Interessante sua explanação sobre paradigma, diz ser primordial desafiarmos nossos paradigmas sobre a compreensão do mundo exterior, o contexto em que estamos inseridos desafia constantemente os velhos paradigmas e impõem novos.

O estilo piramidal de administração, que está de acordo um velho paradigma, precisa ser modificado para melhorar os processos de liderança. Simeão, que detém entendimento sobre organizações, e aperfeiçoou seu conhecimento no mosteiro, defende a ideia de que “Para liderar você precisa servir”. Durante um dos estudos, desenhou uma pirâmide e distribuiu os cargos de uma empresa na forma de hierarquia. No topo, o Presidente, e na parte inferior, os Clientes, vistos “como inimigos”. Disse que a pirâmide deveria ser inversa, no topo, os Clientes, como foco principal a ser servido por todos na pirâmide, e na base, o Presidente. Os funcionários não devem agradar somente quem está no topo da pirâmide, pelo seu poder; mas sim os clientes, pois sem eles sequer existiria os demais.

Greg, o sargento, que durante todo o retiro discorda de certas coisas que Simeão fala, questiona sobre o fato, que servir é ficar fazendo as vontades dos liderados, e que isso não se aplica no mundo real. A opinião contraria possui grande valor, ouvir as divergências é uma característica essencial de um bom líder. Tratar as pessoas como gostaria de ser tratado. Então, Simeão explica, servir não é dar tudo àquilo que se deseja, é dar apenas o que necessita. Segundo Hunter (2004), “o papel do líder é identificar e satisfazer as legítimas necessidades das pessoas” que lidera.

Kim, a enfermeira, cita a Hierarquia das Necessidades Humanas de Maslow que apresenta os cinco níveis de necessidades. Comida, Água, moradia; Segurança e Proteção; Pertencimento e Amor; Auto-estima e Auto-realização. Assentido como um bom exemplo para definir as necessidades legítimas do ser humano.

No terceiro capítulo, Simeão aponta Jesus como o maior líder de todos os tempos, pois ser líder é servir, é colocar a liderança a serviço e, com isso, influenciar pessoas. Apresenta um modelo de liderança, em forma de pirâmide, ao contrário, para simbolizar a servidão. Coloca no topo, a palavra liderança, e logo em baixo, autoridade. “A autoridade é construída a partir do serviço e talvez do sacrifício pelos outros” (HUNTER, 2004, p. 47).

Então, a liderança que é permanente, se baseia na influência e na autoridade, e a autoridade se constrói a partir do serviço e do sacrifício que prestamos para a satisfação das necessidades legítimas. E na pirâmide, está o “amor”, como um comportamento, não um sentimento, ou seja, você pode odiar uma pessoa mais pode agir com amor com ela. E na base da pirâmide se localiza a “vontade”, que é sobre o que se constrói o amor. Vontade é o resultado da junção de intenções e ações.

O autor utiliza a fórmula: (intenções - ações = nada), chamando nossa atenção ao fato de que sem as devidas ações, nossos objetivos não poderão ser alcançados. A intenção de liderar deve ser pautada nas ações, pois a liderança se exerce ao longo do tempo e deve ser construída sobre a autoridade. Para que isso aconteça, os relacionamentos devem ser percebidos como exercício e aceitação da influência, que é a capacidade de levar as pessoas a realizarem suas vontades por conta de sua influência pessoal, resultado do serviço e do sacrifício. Ter intenção apenas não basta, deve promover a ação. Sendo assim, (intenções + ações = vontade).

Promover e extrair os pensamentos interessantes de cada um é uma abordagem considerável de liderança. Simeão fala sobre a importância de sermos bons ouvintes, mostrando-nos que interromper as pessoas no meio de uma frase, envia algumas mensagens negativas, o que demonstra que estamos com a cabeça ocupada com a resposta, mesmo sem prestar muita atenção no que o outro diz. Dessa forma não há a devida valorização da opinião alheia.

O amor é traduzido pelo comportamento e pela escolha. “Nem sempre posso controlar o que sinto a respeito de outra pessoa, mas posso controlar como me comporto em relação a outra pessoa. (HUNTER, 2004, p. 53). Um trecho do livro de Coríntios é citado, e um dos termos, Amor Agapé, pode ser considerado sinônimo de liderança e foi deliberado a partir de palavras discutidas nos encontros do grupo, que com o auxílio de um dicionário, chegaram às seguintes definições para cada uma delas. Paciência: mostrar autocontrole. Bondade: dar atenção, apreciação, incentivo. Humildade: ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância. Respeito: tratar os outros como pessoas importantes. Generosidade, abnegação: satisfazer as necessidades dos outros. Perdão: desistir de ressentimento quando enganado, prejudicado. Honestidade: ser livre de engano. Compromisso: ater-se às suas escolhas. Religião: é crença e respeito, um paradigma que nos auxilia nas questões existenciais. Todos devem ter uma religião, todos devem acreditar em algo.

No quinto capítulo, John, em seus encontros matinais com o monge, fala sobre suas dificuldades de amar a si mesmo e aos outros. Simeão, com sua sabedoria e experiência, discorre sobre o amor, sobre Deus e a fé para iluminar o impaciente empresário.

Simeão relembra ao grupo, sobre a importância da criação de um ambiente saudável, para as pessoas crescerem enquanto seres humanos e terem sucesso. O cuidado é essencial, afinal o líder é responsável pelo ambiente que existe em sua área de influência. Para isso é necessário estabelecer normas de comportamento, e o ambiente de trabalho deve ser saudável para estimular os funcionários.

A motivação é imprescindível para a mudança e deve ser vista como qualquer comunicação que interfere nas escolhas. Os líderes podem oferecer todas as ferramentas para motivação, mas os que as recebem que terão a tarefa de fazer suas escolhas. Não é novidade que melhorar o clima organizacional motiva e favorece a produtividade. Todavia, a abordagem no livro é de fato muito pertinente e instigante.

A metáfora da conta relacional, citada por Hunter, presente no Best-seller “Os 7 Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes”. Salienta a importância de manter saudável o equilíbrio nos relacionamentos com as pessoas importantes da nossa vida, inclusive aquelas que nós lideramos. Para punir faça em particular, para elogiar, em público, depende da forma que o líder irá agir de acordo com as situações, pode gerar um feedback positivo ou negativo.

Outro ponto importante a ser destacado é o comportamento, quem lidera exerce influência sobre os liderados. Greg comenta, “Não há

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