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RESENHA CRITICA CRIANDO UNICORNIOS

Por:   •  20/11/2018  •  2.334 Palavras (10 Páginas)  •  294 Visualizações

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Uma empresa em seu período inicial por vezes pode ser confundida com um startup, e nem todas podem ser consideradas. Um startup é uma empresa que foi criada para resolver um problema, mas que ainda não sabe como executar. É importante dizer que startup não precisa necessariamente ser uma empresa de tecnologia, é uma empresa que está buscando uma solução nova, a tecnologia é uma ferramenta importante que auxilia a escalar o negócio. Os famosos da tecnologia Google e Facebook, já foram startups no passado e hoje são grandes empresas.

Entre muitas das pessoas que serão essenciais para o desenvolvimento de um negócio, podemos inserir o mentor, o mentor não toma decisões pelo empreendedor, mas ele faz as perguntas certas para que o mesmo pense e tome as melhores decisões, auxilia a entender melhor os desafios que o mesmo irá enfrentar. Em geral, um mentor é alguém que já fracassou, e que pode propor ao empreendedor trilhar um caminho menos árduo, será a luz no fim do túnel, que muitas vezes será preciso, pois quem decide por empreender, carrega junto na bagagem desafios rotineiros.

Empreender não é algo tão simples, é por isso que além de pessoas como o mentor, existem também algumas ferramentas de auxílio para que a jornada inicial atinja maior êxito. A autora cita alguma delas como sendo: o modelo Canvas, que irá ajudar a responder algumas questões importantes no empreendimento, como por exemplo: Como o produto ou serviço vai melhorar a vida dos clientes? Quem são estes clientes? Como chegar até eles? Quais as principais atividades da empresa?

Após o Canvas, pode ser construído também uma espécie de rascunho da solução que foi encontrada para o problema, este rascunho pode ser chamado de protótipo e serve para ajudar a testar o produto com os futuros clientes, com esta ferramenta o empreendedor pode transformar teoria em prática. O protótipo não precisa ser feito em tamanho real, pode ser feito em escala bem menor, mesmo assim com esse primeiro modelo, consegue-se perceber se a solução criada, traz valor para os usuários ou não, pode-se observar também se as pessoas querem mesmo tal produto, ou se elas estarão dispostas a dar algo em troca para adquirir esta solução, seja dinheiro, atenção ou até mesmo tempo.

Assim que concluído os testes com estas ferramentas, o empreendedor terá a indicação se as pessoas desejam o seu produto ou serviço, feito isto, pode ser o momento de ir atrás de ajuda para transformar o empreendimento em um negócio maior. Segundo Velloso, não necessariamente este passo precisa ser aplicado, pois muitas empresas crescem e conquistam um sucesso enorme sem isso, mas em alguns casos o empreendedor vai precisar de dinheiro e apoio de quem já tem uma vivência empreendedora.

Existem alguns tipos de empresas que podem ajudar nesta fase inicial, sendo elas: Fundo de capital de risco: Este modelo de empresa irá oferecer todo dinheiro necessário, e em troca vai ser sócio da empresa, o maior medo no caso do investidor de capital de risco não é perder o valor investido, mas deixar passar o que chamam de unicórnio. Unicórnio são empresas que criaram algo extraordinário e que passou a valer mais de 1 bilhão de dólares, diante disto o investidor acredita no trabalho de quem está empreendendo, mas também deve-se ter muita dedicação e mostrar que está dando duro, que está trabalhando sério para alcançar os objetivos.

Outra empresa que pode ajudar a encaminhar um empreendimento inicial é a incubadora, ela pega o produto ou serviço “recém-nascido” e ajuda a cuidar até que ele esteja pronto para o mercado, o auxilio pode ser até mesmo na preparação de um protótipo, deixando-o mais próximo possível da realidade, ou até mesmo contribuir para registrar as patentes da sua invenção. E por fim, a aceleradora, esta é uma empresa diferente, pois auxilia a dar aquele empurrão final que está faltando para o negócio fluir, no mundo dos negócios as aceleradoras costumam oferecer dinheiro, mentores e espaço para que o negócio possa ser desenvolvido, ou seja como o próprio nome já diz, acelera o processo de colocação do produto no mercado.

Mesmo que de primeiro momento o empreendedor não precise de nada disso, ainda assim será necessário convencer as pessoas de que vale a pena adquirir seu produto, que sua ideia é boa e fará diferença na vida de quem assim obter, afinal qualquer negócio irá precisar de clientes, não é possível criar nada sozinho.

Seguindo a ideia da autora de dicas aos novos empreendedores, na obra são destacadas 3 palavras importantes que servem para avaliar se o negócio está indo bem ou não, se o empreendedor está indo na linha de seus objetivos, e são elas: escala, tração e engajamento. Escala é a medida de quantas pessoas serão atingidas com um único esforço, é um negócio que pode atingir um número grande de pessoas ao mesmo, como por exemplo o facebook, que atinge mais de 1 bilhão de pessoas por dia.

Nos negócios a tração mede a quantidade de pessoas que estão interessadas na solução proposta, por isso quanto mais tração, mais pessoas acreditarão que a proposta tem valor. E por último, mas não menos importante, fala-se em engajamento, que significa o quanto as pessoas estão de fato usando o produto, se ele tem melhorado a vida delas, e estão inclusive recomendando o mesmo para outras pessoas.

E se infelizmente, nem tudo está saindo como o esperado, o empreendimento não está tendo nenhum dos passos acima, pode ser que as pessoas não estão vendo valor no produto, é onde pode ser feito um pivot. O pivot significa dar a volta, é refazer o modelo de negócio, mas agora usando as coisas que já sabe que não deram certo para colocar o empreendimento no caminho certo, um exemplo de que esta ferramenta funciona de fato, é Walt Disney que a autora fez questão de mencionar no livro.

Walt Disney foi um dos empreendedores mais conhecidos de todos os tempos, ele montou duas empresas de animação, onde a primeira foi um fracasso total, a segunda teve um sucesso no início mas também acabou falindo, foi quando se mudou para Hollywood, e começou a recriar seus projetos, lançando então o famoso Mickey, que estourou, superando todas as expectativas, após isso ainda vieram muitos sucessos no cinema e 20 Oscars.

Mas não são para todas as coisas que existe segunda chance, Renata observa no livro que tudo que seja pessoal, como por exemplo a reputação da empresa, é bem mais complicado de haver reversão, basta não entregar dentro do prazo, o cliente não terá mais a mesma confiança e talvez não volte a adquirir os produtos ou frequentar o estabelecimento, então é necessário ter muita atenção

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