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RELAÇÕES DE TRABALHO: UM CONSTRUCTO SOCIAL

Por:   •  26/3/2018  •  4.985 Palavras (20 Páginas)  •  192 Visualizações

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Neste mesmo pensar surgiu este artigo científico teórico, “Relações de Trabalho no século XXI. Cujo o tema é: “Relações de Trabalho uma construção social”.

Foi-se apresentada a conjectura: “ Se as organizações promoverem um ambiente a seus colaboradores, alicerçado com relações horizontais, abertas e transparentes, respeitando as diferenças de capacidade produtiva e intelectual dos mesmos, então naturalmente acontecerá uma construção social”.

Esta conjectura surgiu como resposta ao referente problema de pesquisa: “Como as organizações contribuem para que as relações de trabalho tornem-se uma construção social?

Sendo assim o objetivo deste artigo científico teórico é “analisar quais os reflexos da percepção do trabalho no desenvolvimento das atividades dos servidores públicos da Universidade Federal do Pampa- UNIPAMPA , do campus de Santana do Livramento”.

O mesmo justifica-se que diante de muitas dificuldades que os acadêmicos enfrentam para montar um arcabouço teórico coeso em seus primeiros trabalhos, devido a falta de maturidade intelectual em compreender a linguagem dos cientistas, com isso este artigo visa contribuir como fonte de pesquisa para a elaboração de trabalhos acadêmicos.

A metodologia utilizada foi uma abordagem hipotético-detutiva, o procedimento de pesquisa f oi o comparativo. As técnicas de pesquisas foram a bibliográfica e a pesquisa de campo. A coleta de dados deu-se a partir de fontes secundárias, e a sua análise foi de conteúdo, atingindo um resultado positivo corroborando a conjectura apresentada, como solução ao problema de pesquisa levantado neste artigo.

O trabalho segue a seguinte estrutura:

Na segunda seção “Um mergulho na história”, conceitua-se “trabalho, ocupação e emprego”, após esta introdução.

Na seção três, faz-se uma análise sobre os reflexos da percepção do trabalho nas atividades dos servidores públicos, através de um estudo de caso realizado na Universidade Federal do Pampa de Santana do Livramento.

Na quarta seção apresenta-se a metodologia utilizada no desenvolvimento do artigo.

Na quinta seção apresenta-se as considerações finais, onde conclui-se que as relações de trabalho tornaram-se o elemento principal para a construção de uma sociedade.

Na sexta seção apresenta-se o referencial bibliográfico.

2. UM MERGULHO NA HISTÓRIA

Desde a queda do homem lá no jardim do Éden, o mesmo travou uma luta constante num processo contínuo de adaptação social, na luta pela sobrevivência de sua espécie, na busca constante de promover meios eficientes e práticos para manter a sua subsistência e a de sua prole.

As famílias que foram formando-se, constituíram as primeiras células sociais, cujas as quais organizaram-se em pequenas aldeias, surgindo então os primeiros vestígios de “polis”, que alguns séculos depois constituíram-se em ‘Cidades Estados”.

As sociedades das primeiras “polis”, caracterizavam-se pelo seu modo rude e primitivo de viver, mas são as primeiras sociedades naturais da terra.

Marcada por um sistema patriarcal, o homem destas sociedades era como um monarca, um rei em sua família, o mesmo era o próprio legislador e juiz de sua família.

Como afirma Homero, no livro “A política de Aristóteles” (pág. 11) : “Cada um, senhor absoluto de seus filhos e de suas mulheres, Distribui a lei a todos...”

Estas cidades tinham que lutar não só pela conservação de sua existência, mas também na busca contínua de promover e desenvolver o bem-estar social, procurando promover meios que levassem a um desenvolvimento coeso social, econômico e político, levando o homem primitivo a evoluir como cidadão, deixando sua condição de “animal racional”, a fim de tornar-se um “homem cívico”.

2.1. TRABALHO

Segundo o dicionário Lufft o vocábulo trabalho significa: “SM. 1. Aplicação das forças mentais ou físicas na execução de um obra. 2. Lida; fadiga; esforço. 3. Ocupação, emprego. 4. Obra realizada. 5. Ação dos agentes naturais. 6. Feitiço; despacho. Pl. 7. Aflições; cuidados. 8. Empreendimentos. – trabalhoso [ ô] adj”.

Segundo Maurício Machado Marca em sua Dissertação, “Relação de Trabalho”, apresentada perante a Universidade de Caxias do Sul, como requisito à obtenção do título de Mestre em Direito.

O mesmo definiu etmológicamente a origem da palavra “trabalho” , segundo a definição de Guillermo Cabanellas (pág. 47), “trabajo, etmologicamente , viene del latin trabis, trabis: traba, porque el trabajo es La traba Del hombre”. Trabalhar significa travar, impedir, obstruir, atravancar. O autor ainda citou que Evaristo de Moraes Filho e Pontes de Miranda afirmaram que a palavra “trabalho” é derivada de tripalium, que seria uma máquina de três pontas utilizada como instrumento de tortura”(pág. 47).

Na antiguidade, o trabalho era compreendido como uma punição, um castigo divino oriundo de uma desobediência, uma atividade dos escravos, algo doloroso, exaustivo e penoso.

A primeira expressão da caráter exaustivo da palavra trabalho, encontra-se na Bíblia, no Antigo Testamento, no período criacionista, onde mostra que Deus após a sua criação, ao sentir-se cansado descansou no sétimo dia: “Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou, porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera”. ( Gn. 2: 2,3)

Mesmo possuindo um caráter exaustivo o trabalho em si mesmo produz um efeito de satisfação e felicidade pessoal, como prova original, foi que após a criação do mundo e do homem e da mulher, Deus regozijou-se com as obras de suas mãos: “E viu Deus, tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto”. (Gn. 1: 31).

Sendo assim, se o trabalho for uma livre expressão natural de um desejo ou de uma necessidade ele produzirá um sentimento de satisfação pessoal, uma felicidade e um bem-estar

Mas quando o trabalho é fruto de uma imposição, numa relação de um sujeito sobre o outro, onde o sujeito submisso esta passando por privações, onde não consegue suprir suas necessidades primárias e básicas, como água, luz, alimentação, moradia, saúde e vestuário, e não lhe

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