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Projeto Integrado - Russia

Por:   •  25/4/2018  •  3.496 Palavras (14 Páginas)  •  202 Visualizações

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a esfera da competitividade global.

Assim, globalização apresenta dois movimentos tanto o de desregionalização quanto o de regionalização. Em linhas gerais, o primeiro estabelece-se como uma tendência crescente de quebra de barreiras comerciais entre nações, enquanto o segundo, pelo esforço na tentativa de formação de blocos econômicos regionais. (VALENTE, 2013)

Alguns dos principais conceitos sobre globalização econômica e suas características, segundo Paiva (2010, p.53) e Valente (2013) envolvem questões relacionadas aos aspectos produtivos, comerciais e financeiros.

A globalização financeira, também chamada de internacionalização dos mercados de capitais, pode ser entendida como resultado da interação de três processos distintos: o aumento nos fluxos financeiros internacionais, o aumento da concorrência nos mercados de capitais internacionais e a maior integração dos sistemas financeiros nacionais.

Ademais, vale ressaltar que a interação desses processos está diretamente atrelada ao avanço tecnológico no que se refere às tecnologias de informação, o que possibilitou a diminuição dos custos operacionais de comunicação; à redução dos mecanismos de controles de capitais no sentido da liberalização dos mercados de capitais nos países industriais a partir da década de 70 e países emergentes a partir da década de 90; à concorrência nos mercados de capitais internacionais, e ao aumento da integração dos sistemas financeiros nacionais, ou seja, aumento da participação de títulos estrangeiros na composição das carteiras nacionais. (PAIVA, 2010, p.52)

A Globalização produtiva segundo Paiva (2010, p.53) e Valente (2013) é a fase da globalização associada ao avanço da internacionalização da produção, ou seja, ao aumento da interligação das estruturas produtivas nacionais e ao estabelecimento de uma nova divisão internacional do trabalho. O principal motivo encontrado apontado pelas empresas tem sido o aumento da concorrência no mercado internacional, que se deu por conta do acirramento da competição entre as empresas multinacionais e pelo aumento no número de empresas que passaram a operar fora de seus mercados nacionais.

A Globalização comercial, ainda tendo como norte a perspectiva de Paiva (2010, p.54) e de Valente (2013), é a percepção de que as economias nacionais estão cada vez mais abertas, indicando que o mundo tende a caminhar para a formação de um mercado global sem fronteiras comerciais, sobretudo por conta do aumento da concorrência em escala mundial e das medidas liberalizantes promovidas por diversos países.

Como ressalva, vale comentar que embora tenha ocorrido maior abertura comercial no que diz respeito à eliminação de barreiras tradicionais (taxas e cotas), o surgimento de novas barreiras ao comércio internacional ainda impede o estabelecimento do livre comércio em nível mundial, sobretudo devido à ideia de desaparecimento de fronteiras nacionais não se estabelecer como algo tão imediato, pois os Estados cada vez mais se preocupam com os interesses de suas empresas nacio¬¬¬nais.

Aspectos Políticos

Partindo da perspectiva de interdependência entre a economia e a política, a queda do Muro de Berlim em 1989 representou a afirmação da supremacia do modo capitalista frente ao socialista e, consequentemente, a efetivação de seus valores políticos, democráticos e liberais.

No mundo globalizado, as políticas estabelecidas pelos Estados-Nações são diretamente atreladas às questões de mercado, sobretudo devido à complexa relação simbiótica entre as ações do Estado e as interferências de atores externos representantes do mercado, como corporações transnacionais e multinacionais. (IANNI, 1997, p.18)

Em suma, das características do capitalismo, sobretudo pós Primeira e Segunda Guerra, as políticas liberais e, posteriormente, as neoliberais em países em desenvolvimento, são as mais marcantes. Segundo elencado por Ianni (1996, p.280) as políticas neoliberais podem ser sintetizadas em: abertura de mercados, privatizações de empresas estatais, reforma do Estado, descentralização da economia, intensificação da produtividade e da lucratividade das corporações, ou seja, a reorientação e a redução da capacidade decisória dos Estados nacionais.

Ainda, pode-se citar a forte tendência político-econômica à integração regional e continental mediante a celebração de tratados de livre comércio entre Estados os quais passam a constituir blocos econômicos, como o Mercosul e a União Europeia, nos quais questões unilaterais passaram a ter tratamento multilateral. Ou a criação do FMI, da OMC e do Banco Mundial com a finalidade de manter a ordem econômica mundial, estimulando o desenvolvimento capitalista. (IANNI, 1996, p.281)

Aspectos Jurídicos

Cientes de que o fator econômico é um importante pilar determinante da sociedade, com a globalização da economia é possível observar que o ordenamento jurídico dos Estados-Nações recebe influência direta de questões sensíveis a grandes corporações internacionais, criando uma nova versão para o pluralismo jurídico e sua demanda social. Ou seja, pode ser facilmente percebido o surgimento de uma prática legal totalmente voltado à internacionalização dos mercados e à organização dos serviços legais em função das atividades comerciais. (IANNI, 1997)

Por outro lado, existem também inúmeros esforços internacionais no sentido de promover a proteção dos direitos humanos, especialmente no que se referem aos direitos sociais, ambientais, democráticos e o controle da arbitrariedade dos governos nacionais.

Ou seja, a globalização trouxe a necessidade de estabelecer uma governança mundial baseada no fortalecimento da cooperação entre os países com a perspectiva de implantar políticas globais para que as questões relativas aos desafios do mundo moderno e de ordens transnacionais, não resolvidas por Estados nacionais, sejam analisadas e discutidas. (HURRELL, 1999) Ou seja, a necessidade de criação de organismos e acordos internacionais e intergovernamentais como a ONU, OMC, GATT, UNICEF, UNESCO, OMS, OIT dentre outras. (DALLARI, 199, p.254)

Aspectos Culturais

O fenômeno da globalização coloca em xeque as relações de espaço, o que torna difícil o estabelecimento de limites entre povos e culturas. Com os avanços da internet, a globalização desenraíza as pessoas, as ideias e as coisas. Ao mesmo tempo em que são nacionais, tornam-se são também globais. (ORTIZ, 1997)

Nesse sentido, ocorre a desterritorialização, que se

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