Possibilidades para integração qualidade de vida e aprendizagem do jovem trabalhador.

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Na perspectiva do mundo do trabalho, diante da competitividade global, são exigidas dos profissionais competências que podem ser melhoradas por meio da educação profissional, através de cursos e treinamentos, que visam preparar a pessoa para o trabalho, despertando a curiosidade e o interesse, promovendo possibilidades, descobertas e autonomia para a construção do aprendizado através das competências técnicas ou operacionais, mas principalmente as competências comportamentais. Este perfil contempla “Conhecimento, Habilidades e Atitudes”, denominado de CHA (RABAGLIO, 2001).

Para Rabaglio (2001), o CHA é a soma dos comportamentos que vão definir a trajetória profissional, não só em uma empresa, mas em toda sua vida. É o elo de fatores determinantes para a vida profissional e pessoal de qualquer pessoa, tornando-se diferencial competitivo.

Ao conhecer o discente, como jovem trabalhador, torná-lo um sujeito crítico, curioso e interpretativo, assim como o docente deve ser, a educação passa a ser uma dinâmica prazerosa com a construção de novos conceitos, novas vivências e sendo assim uma educação que contribui para uma integração qualitativa ao meio social.

Verderi (1998) propõe uma educação que possibilite o autoconhecimento, compreensão de si mesmo e de seu mundo. Segundo a autora, o prazer, contato com o lúdico e desenvolvimento de uma consciência crítica favorece e incentiva o discente a manifestar suas ideias através de um agir pedagógico coerente. Assim, o discente passa a expressar sua corporeidade e sua capacidade de adaptação, favorecendo aos mesmos acoplamentos estruturais nessa relação bio-psico-energética.

Segundo Freire (2002) não só o discente está em fase de aprendizado, para ele o docente que no caso representa a escola, deve presentar uma postura crítica em relação ao saber. Deve ser curioso, pesquisar e questionar as próprias verdades, além de relacionar os seus conhecimentos e de seus educandos com a realidade do seu meio social. Freire (2002) afirma que não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino. O educador seguindo essa postura desenvolve o mesmo espírito em seus educandos. Ensinar deve ser uma junção entre aprender um conhecimento já existente e produzir novos conhecimentos.

Entende-se que essas propostas facilitam a contextualização do processo ensino x aprendizagem, assim, surge à ideia do usar a dança do forró para elencar variadas possibilidades de integração, qualidade de vida e aprendizagem no grupo de jovens trabalhadores.

Desde o surgimento da humanidade, a dança tem sido utilizada para vários fins, por diversas culturas do mundo. (DUARTE, 1995). E além do seu caráter funcional, a dança, como manifestação artística, oportuniza a comunicação e a expressão do praticante, traçando diálogos com outras áreas de conhecimento.

Sendo assim, vislumbra-se o registro do projeto que propões possibilitar ao indivíduo a conscientização que a Dança do Forró, é uma manifestação expressiva e artística, favorecendo benefícios que proporciona a melhora da saúde e eleva a qualidade de vida de quem a pratica, bem como, diante do perfil do profissional de vendas, em um olhar reflexivo e comparativo, encontra-se variadas semelhanças com a dança junina que demonstra diante da expectativa do cliente, aprendizado, confiança, criatividade, determinação, persistência, liderança, trabalho em equipe, autonomia, disciplina, motivação, harmonia, superação, maturidade alcançado através do planejamento, organização, direção e controle, passos relevantes no processo da venda, função que requer bom humor e bom senso constante, por isso a escolha da dança que é uma atividade que oferece prazer e servindo de estímulo para a felicidade do ser humano.

O termo Qualidade de Vida, este vem sendo utilizado, em pesquisas na área da Educação, da Psicologia, Artes, entre outros. Para tanto, trouxemos algumas definições: Ruffino (1992) cita que Qualidade de Vida boa ou excelente é aquela que oferece o mínimo de condições para que os indivíduos desenvolvam suas potencialidades.

Para tanto, a Festa Junina passa a ser uma excelente oportunidade de engajar diversas atividades interdisciplinares e ampliar o universo da aprendizagem na área de atendimento e vendas, pois se constitui uma temática rica para exploração de variados conteúdos, como: planejamento, organização, controle, direção, distribuição de tarefas, recepção de convidados, vendas com produtos de culinária típica, entre outros.

Csikszentmihalyi (1992) cita que se é feliz quando se está de bem com a vida, no controle das ações. Com isso confirmamos a constante busca do homem pela felicidade, por qualidade de vida. Portanto o Arraial do Aprendiz responde bem a esse desafio, podendo proporcionar uma avalanche de atividades que o jovem aprendiz trabalhador poderá desenvolver na prática a proposta das unidades curriculares previstas em sua profissionalização.

O Forro do aprendiz propõe uma atividade divertida e motivadora, centrada no aprendizado e no uso das habilidades voltadas para o atendimento e Vendas. Esta experiência proporcionou aos discentes o fortalecimento da confiança, a flexibilidade, o bom-humor, a ativação do entusiasmo, a administração da timidez, o estímulo da criatividade, a sensatez, a resiliencia e o sentido coletivo na relação profissional. Possibilitando a prática de um eficaz trabalho em equipe.

Na vivência objetivamos conhecer na prática o sentido do trabalho em equipe, planejamento, organização, controle, direção, liderança, distribuição de tarefas, atendimento ao cliente, pre venda, vendas, pós venda, abordagem, argumentação, superação de objeções, pesquisa, divulgação, oferecendo oportunidade de descontração, integração, qualidade de vida e ampliação de seu conhecimento com atividades diversificadas e inovadoras através destes festejos que fazem parte do folclore brasileiro, ressaltando seus aspectos, popular, social e cultural;

Especificadamente, foi necessário e imprescindível:

- Fazer uso do planejamento, estabelecer metas e manter a organização;

- Admirar e respeitar a voz de comando;

- Manter o controle das variadas situações ocorridas;

- Exercer liderança, quando necessário e treinar o trabalho em equipe

- Saber distribuir tarefas;

- Realizar um bom atendimento e encantar o cliente;

- Promover

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