Paper Africanidades
Por: Sara • 7/3/2018 • 1.778 Palavras (8 Páginas) • 351 Visualizações
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O Quilombo é o lugar da diversidade, é o lugar de acolhida de todas as pessoas que não se encaixavam no modelo colonizador. Há diversidade no Quilombo, pois este reúne homens, mulheres, crianças, índios. Todos em busca da liberdade. Quilombo é um território muito diferente dos demais, é um território cultural, social, onde elementos não visíveis os mantém. É o centro da resistência durante a escravidão no Brasil.
Os valores civilizatórios africanos: são abstratos e formam as novas culturas na direção de longas extensões, por muito tempo. A religiosidade é um valor civilizatório. A familiaridade é um valor africano, onde a mulher é a força central da família. A figura masculina é o valor do guerreiro, onde não é machismo, mas tem uma força grande de formadores de civilizações.
O racismo: não é apenas gostar ou não gostar de uma pessoa. Gostar ou não gostar é um preconceito, e o preconceito não é necessariamente racial. O racismo é algo mais complexo, duradouro e difícil de lidar. Ele tem uma segmentação milenar e global, intrusiva, muito mais que uma ideologia. Preconceito é um julgamento sobre o outro, formalizadas ou não, acompanhada de afinidade. O racismo é sustentado por um sistema de discriminação baseado em uma doutrina que justifica a dominação de um povo sobre o outro. A dominação outrora fora realizada sob sustentação de uma ciência, de uma religião, de uma crença.
A imagem negativa da população negra começa a ser considerada racismo, quando na verdade o racismo institucional continua muito presente. É aquele racismo que impede que população negra não tenha acesso a bens e serviços de direitos a toda população. Esse racismo é muito mais difícil de ser combatido, porque há a naturalização de cada cidadão na sociedade.
Há 40 anos todo mundo dizia que não existia racismo no Brasil, e diziam que no Brasil havia apenas uma questão de democracia racial. Do ponto de avanço, o máximo que ocorreu de lá para cá foi a desmistificação de derrubar o mito da democracia racial. Os avanços não foram tão significativos quanto muitos pensam. O racismo é um fato cultural, e como todo fato cultural é uma luta de gerações. E a cada geração as coisas tendem a melhorar. Possivelmente daqui a 50 anos o racismo será muito mais insignificativo do que hoje.
A presença africana está no cotidiano brasileiro. Na dança, na culinária, na religião, no gestual, nas expressões linguísticas. Porém, o brasileiro não considera isso porque gostaria de ser colocado como europeu, e não como africano. Se fala, por exemplo, muito mais dos 100 anos de cultura japonesa e muito menos de 120 ano de abolição da escravidão. Estudamos, sabemos muito menos da cultura africana e de sua história do que da cultura e história europeia, por exemplo. Acreditamos sermos mestiços, e não buscamos essas origens.
Sem dúvida que a cultura africana tem muitos mais avanços do que recuos. Como avanço por exemplo, dá-se as cotas. Vê-se como a reparação de anos de discriminação e racismo. Há em vários lugares no mundo cotas para deficientes, mulheres, alunos de escolas públicas - inclusive no brasil. As cotas são respostas a uma ação social de exclusão, um acerto em relação a um processo perverso que atravessa vários povos.
As cotas para negros: são ações afirmativas, medidas de políticas de estado para um determinado grupo social ou étnico para promover a sua ascensão dentro da sociedade. É uma medida temporária, uma discriminação positiva. A reparação tem origem totalmente difere, ela tem origem na reparação de guerra (o vencedor exigir do vencido ser reparado). A partir da guerra civil americana passou a ser diferente, de maneira positiva.
A África: o continente africano nunca perdeu seu dinamismo e está em constante modificações. A cultura africana no Brasil participa de um processo histórico peculiar. De alguma forma, quando se chega na África, o brasileiro costuma procurar algo de sua origem. Essa origem não é encontrada dessa maneira. A África não é um repositor da história do Brasil, é um continente flexível e em constante mudanças.
Na educação: a cultura africana espalhou pelo mundo conhecimento nas mais diferentes áreas. Os educadores têm o desafio de aprender o que a África produziu e posterior fora subtraído desta sociedade. E depois do educador aprender, deve incorporar isso no cotidiano da população, com intuito de transmitir conhecimento e tornar o cidadão conhecedor da cultura africana, seus valores civilizatórios.
A escola brasileira é engessada em um modelo eurocêntrico. Esta deve ser feita uma escola plural com outros sentidos e concepções sejam colocadas em suas verdades, somando várias perspectivas sobre a formação do sujeito que produz diversos elementos pedagógicos. Compartilhar esse conhecimento para formar cidadãos completos e com um poder maior de julgamento sobre as culturas.
Todos os seres humanos têm direito ao conhecimento produzido pela humanidade, inclusive o conhecimento produzido pelos africanos deve ser repassado. Para que não haja a errônea percepção de que os africanos não produziram conhecimento. A escola precisa urgentemente abrir-se para isso e acolher essa diversidade. A escola perde a função social se exclui, não socializa e não apresenta uma cultura, suprimindo um campo de saber.
A baixa estima negro: na escola se dá pela exclusão do negro, também pela exclusão da sua cultura. O que existe é uma escola onde o negro não se vê, ou gostaria de se ver como branco. Impacto psicológico com a negação da própria naturalidade, e o resultado é a baixa estima e a desistência. O negro na sociedade, a partir de sua formação escolar, passa acreditar que é inferior. Tudo isso através da discriminação.
3 CONCLUSÕES
Graças ao povo africano temos o desenvolvimento
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