PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA (PROINTER IV) RELATÓRIO PARCIAL
Por: Lidieisa • 5/12/2018 • 3.697 Palavras (15 Páginas) • 493 Visualizações
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Pode-se dizer ainda que “o planejamento é uma medição entre o conhecimento e a ação, com o suporte de recursos. Refere-se a uma estimativa de impacto no futuro das ações adotadas no presente” (TAVARES, 2000, p. 146).
O planejamento tem alguns tipos, sendo que “Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, pode-se distinguir três tipos de planejamento: planejamento estratégico; planejamento tático e planejamento operacional.” (Oliveira, 2006, pg. 45).
Na visão de Lacombe e Heilborn (2003), o planejamento estratégico tem início ao topo da hierarquia e corresponde ao planejamento sistêmico das metas em longo prazo e dos mecanismos disponíveis para conseguir alcança-las. O seu objetivo não é focalizar os mínimos detalhes, mas sim executar aquilo que é necessário para a empresa, fazendo a coisa certa para alcançar os resultados esperados.
Segundo Oliveira (1999) o planejamento tático possui um período de tempo mais curto do que o planejamento estratégico e tem como objetivo aperfeiçoar determinada área de resultado e não a empresa como um todo.
O planejamento tático tem como finalidade utilizar os recursos disponíveis da organização para a elaboração dos objetivos e metas fixados, segundo uma estratégia predeterminada bem como as políticas orientava para o processo decisório da empresa.
O planejamento operacional é realizado através de documentos escritos de maneira formal e homogênea, apresentando um período de tempo ainda mais curto do que o planejamento tático (OLIVEIRA, 1999).
Para Lacombe e Heilborn (2003), o planejamento operacional é uma ferramenta gerencial para identificar os recursos que precisam estar disponíveis para determinado produto e serviço, podendo ser um planejamento anual, bienal e com detalhamento semanal, mensal e até trimestral.
Com isso o Oliveira, resume muito bem a importância do planejamento estratégico. O processo do planejamento estratégico tem por finalidade definir ou estabelecer onde a empresa está, o que pretende fazer e onde deseja chegar, tendo em vista as condições e as realidades internas e ambientais da empresa (OLIVERIRA, 1999).
O Planejamento financeiro é o processo por meio do qual se calcula quanto de financiamento é necessário para se dar continuidade às operações de uma companhia e se decide quando e como a necessidade de fundos será financiada.
O aumento no fluxo de caixa admite uma melhor análise sobre quais os investimentos podem aperfeiçoar seu bem-estar financeiro global. O gestor vai entender melhor seus resultados, trazer objetivos financeiros mensuráveis, controlar suas entradas e saídas de recursos e abordar seu orçamento de maneira muito mais dinâmica e eficaz. Ou seja, ter um planejamento financeiro é um expediente de alta relevância não só para a manutenção do negócio, mas para seu desenvolvimento.
- TÉCNICAS DE ORÇAMENTO DE CAPITAL: VPL E TIR
Um investimento pode ser designado como uma proposta de aplicação de recursos escassos que possuem aplicações alternativas a um negócio, como também um sacrifício feito no momento para obtenção de um benefício futuro (REMER; NIETO, 1995). De acordo com Queiroz (2001), a análise de investimento é fundamental na alocação eficaz de recursos escassos no ambiente organizacional. Segundo Securato (2007), as decisões financeiras em condições de risco mostram se a gestão financeira da empresa foi um sucesso ou um insucesso.
A avaliação básica de um projeto de investimento envolve um conjunto de técnicas, sendo necessária a análise criteriosa dos métodos para que se possam compreender os reflexos nos resultados financeiros. Braga (1995), Motta e Calôba (2002), Souza e Clemente, (2004), Casarotto e Kopittke (2008) e Hoji (2010) citam como métodos de análise o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Prazo de Retorno do Investimento Inicial (Payback), o Índice de Lucratividade (IL) e a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Constituindo possíveis formas de analisar os novos investimentos.
O Valor Presente Líquido (VPL) é uma fórmula matemática-financeira utilizada para calcular o valor presente de uma série de pagamentos futuros descontando um taxa de custo de capital estipulada. Ele existe, pois, naturalmente, o dinheiro que vamos receber no futuro não vale a mesma coisa que o dinheiro no tempo presente. Isso pode parecer um pouco abstrato, mas não é. Isso acontece pela mesma maneira que existem o próprio juros, a incerteza do amanhã. O dinheiro no futuro, vale menos, justamente por não termos certeza de que vamos recebê-lo. Portanto, esse cálculo justamente faz esse ajuste, descontando as devidas taxas do fluxo de caixa futuro. Para Casarotto e Kopittke (2008, p. 116) VPL é composto de um cálculo simples onde, “Em vez de se distribuir o investimento inicial durante sua vida (custo de recuperação do capital), deve-se somar os demais termos do fluxo de caixa para somá-los ao investimento inicial de cada alternativa. Escolhe-se aquela que apresentar melhor Valor Presente Líquido”
Uma das maiores vantagens do VPL é que considera o custo do capital e permite verificar o montante dos fluxos de caixas projetados corrigidos pela TMA. Ressaltam Brigham e Ehrhardt (2012) que o VPL positivo indica que o capital investido será recuperado, remunerado na taxa de juros que mede o custo de capital do projeto, gerará um ganho extra, na data zero, igual ao VPL.
Para identificar se o projeto de investimento vai atender as metas estabelecidas pelos administradores e acionistas, é fundamental conhecer os índices retratados pela Taxa Interna de Retorno (TIR) na viabilidade do resultado financeiro apresentado em forma de taxa. A interpretação desta é por meio de comparação com a TMA, se o resultado da TIR for maior ou igual à TMA, significa que o investimento é viável, dentro dos parâmetros estabelecidos pelos gestores.
A TIR, a Taxa Interna de Retorno de um empreendimento, é uma medida relativa – expressa em percentual – que demonstra o quanto rende um projeto de investimento, considerando a mesma periodicidade dos fluxos de caixa do projeto.
A TIR é um método que reflete a taxa dos fluxos de caixa líquidos periódicos, ou seja, as entradas de caixa menos as saídas, dentro de um determinado período, normalmente um ano, calculado para todo o investimento. Segundo Hoji (2010), a TIR é conhecida também como taxa de desconto do fluxo de caixa, é uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas). Quando utilizada como taxa de desconto resulta em Valor Presente Líquido
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