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PROINTER I - FINAL

Por:   •  6/9/2018  •  5.253 Palavras (22 Páginas)  •  216 Visualizações

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de empregado que nem o pai, então eu pensei e disse que nós podíamos tentar trabalhar com acrílico, porque o único fornecedor que eu tinha na Raumak não cumpria os prazos de entrega e, eu não conseguia outro fornecedor e isso me frustrava porque as máquinas ficavam prontas e o acrílico não vinha. Então fomos ligando pra um para outro e pegamos um fornecedor de acrílico em São Paulo/SP, e então começamos a fornecer as peças de acrílico para a empresa Raumak, e o patrão disse que nós tínhamos que registrar empresa então precisava de mais cliente fomos na WEG (empresa local) e então foi ali que a Acrílicos Santa Clara (empresa do entrevistado) começou a caminhar”.

(2) Existem outros empreendedores em sua família?

R= “Tem o Ralf (filho) ele é aguerrido, ele não é de desistir. O Remar (filho) que foi criado numa situação melhor, eu paguei curso de inglês e hoje ele estuda outros idiomas, ele é persistente e muito aguerrido também”.

(3) Sua ideia empreendedora nasceu durante seu período de estudos no colégio ou faculdade?

R= “Nenhum dos dois. A minha ideia empreendedora vamos dizer assim, foi forçado por situação por querer algo melhor, porque eu trabalhava no banco e para ser promovido a um cargo melhor eu teria de sair de Jaraguá do Sul/SC e, eu já morei em diversas cidades e acho Jaraguá um lugar muito bom. Eu fico triste quando alguém diz que vai sair da cidade para ganhar a vida em outro lugar, porque não existe lugar melhor no mundo!”.

(4) Qual foi a sua educação formal? Foi relevante para o negócio?

R= “Foi relevante, eu fiz o segundo grau muito bom no Colégio São Luís e eu ganhei uma bolsa de estudos patrocinado pela WEG (empresa local). A gente deve mais pra WEG do que a gente imagina; eu tenho gratidão pelo grupo WEG. Eles patrocinavam o curso de assistente administrativo pelo Colégio São Luís, tive muito bons professores”.

(5) Porque muitos profissionais tem medo de se arriscar em um empreendimento?

R= “Eu não acho que os profissionais têm medo, o que eu vejo é muitas vezes eles se arriscam num empreendimento, mas não se submetem a sacrifícios, por exemplo, na criação da nossa empresa (Acrílicos Santa Clara), nos primeiros 24 meses nos não tivemos um centavo para os gastos pessoais. Então, pra começar alguma coisa, trabalhar 24 meses sem tirar nada requer sacrifícios”.

(6) Como este futuro projeto poderá trazer independência ao profissional, impulsionando sua carreira e possibilitando o alcance de seus objetivos profissionais e pessoais?

R= “Assim as empresas sempre precisam de gente qualificada e com pegada o trabalhador em qualquer situação no trabalho tem que agir como se o dono agisse naquele posto de trabalho, a pessoa muitas vezes diz que não é promovido naquela empresa, e às vezes pode ser que a pessoa não é vista, mas aí ela tem que sair e ir pra outro onde pode ser vista, mas primeiro ela tem que fazer algo a mais, porque tem um ditado que diz que quando se quer algo diferente você tem que fazer algo diferente. Quando você faz só o que o comum faz, você vai ser só uma pessoa comum se você deixar de assistir novela e for estudar e fizer curso, você já vai se preparar porque a empresa precisa de líderes, precisa de pessoas, aí a empresa cresce. Por exemplo, pra abrir uma credencial nós precisamos de um gerente pra por lá, ele sempre tem que fazer da forma que o patrão faria se ali estivesse, e se ele errar dessa forma ele errou pro bem porque tem outro slogan que eu gosto muito que diz que quem faz pode até errar, mas quem não faz já errou, e isso é o que toda empresa precisa, que é gente para ajudar a administrar”.

(7) De que forma na teoria e na prática a ética e as relações humanas no trabalho irão contribuir para o sucesso de um empreendimento?

R= “Sempre mantenham a ética, em hipótese nenhuma se afaste dela. Agora tem todo esse pessoal de grupo de empreiteira, que agiram fora da ética baseado em ceder a chantagem para os poderes dos políticos e, olha no que deu: estão na cadeia. A verdade sempre vai prevalecer, você pode até perder clientes, nós já tivemos casos e são com certa frequência. Tem empresa onde compradores pedem pra botar valor maior na nota e da comissão pra eles nós deixamos de atender, sempre se deve manter a ética porque isso é primordial”.

(8) Como você encontrou a oportunidade de empreender?

R= “Foi o que eu respondi na primeira pergunta, foi o fato que o fornecedor de acrílico não conseguia entregar no prazo”.

(9) Como você avaliou esta oportunidade?

R= “Eu avaliei assim, nós pegamos o preço da matéria prima e o investimento que teríamos que se fazer, e como na época precisaria de pouco investimento porque a peça que nos fazíamos para a Raumak (empresa local) era uma peça que não exigia precisão de medida e nada computadorizado, aí nós começamos, só que logo em seguida outras empresas pediram precisões de medida e ai nos precisou buscar financiamento em banco e vendemos um terreno que tinha na praia. Eu lembro bem esse terreno deu 20 mil e a máquina era 70, então, fomos ao banco pedir financiamento de 50 mil que ajudou também na minha vida. Eu nunca tive um cheque devolvido, nunca fui para o SPC, nem nada. Então, isso me ajudou a ter crédito liberado”.

(10) Você já tinha um plano de negócios? Se não, fez algum tipo de planejamento? Explique.

R= “O planejamento que nós fazíamos era assim: tudo o que dava de dinheiro comprava em matéria prima e, cada vez mais a gente aumentava as opções para ter a pronta entrega”.

(11) Que experiência de trabalho anterior você teve antes de abrir um negócio?

R= “Eu comecei na agricultura quando era criança, trabalhei na roça, pegava borboleta pra vender... Sempre tive vontade de ter meu dinheirinho. Depois fui trabalhar numa fábrica de bala, embrulhando bala na mão, mas assim tudo sem carteira, tudo informal. Aí eu arrumei um serviço no posto de gasolina, limpava os carros, aí passei a ser frentista no posto de gasolina e, como eu tinha facilidade em matemática comecei a administrar o posto. Fechava o caixa, fazia as contas das bombas de combustível, fazia as notas do posto de gasolina, que era tudo manual para o estado pra prefeitura. Depois disso ali, eu trabalhei em uma auto elétrica, depois em uma selaria, trabalhei em oficina de chapeamento

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