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PPI - treinamento e desenvolvimento de pessoas

Por:   •  15/12/2018  •  5.827 Palavras (24 Páginas)  •  311 Visualizações

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O UFC foi o primeiro evento renomado de Vale-Tudo, realizado nos Estados Unidos no ano de 1993 e inspirado no Vale-tudo brasileiro.

As primeira edições do UFC não tinham muitas regras: os lutadores sequer eram categorizados de acordo com o peso, não havia limite de tempo ou equipamentos de segurança. Era entrar no famoso ringue octogonal (The Octagon) e lutar até que seu oponente fosse nocauteado ou desistisse da luta.

Hoje, com a evolução natural das regras, o MMA tornou-se um esporte praticado em altíssimo nível, com regras rígidas que tem como principal objetivo manter a integridade física dos atletas e garantir para o público um excelente entretenimento.

O objetivo inicial do UFC era descobrir o melhor lutador do mundo, independente do estilo de artes marciais que ele praticava.

Podemos dizer que a origem do MMA parti do momento em que Carlos Gracie, aluno de Judô do japonês Mitsuyo Maeda popularmente conhecido como "Conde Koma", aprendeu na adolescência a arte macial e desenvolveu junto com seu irmão onze anos mais novo, Hélio Gracie o Jiu Jitsu moderno, o que representou um verdadeiro sinônimo para família Gracie, além de ter a disseminação da modalidade como principal meta de vida.

O sucesso do jiu-jitsu nos principais centros do país, por conta de sua eficiência, passou a chamar a atenção de outros estilos de lutas, começando uma verdadeira tradição familiar de desafios entre lutadores.

Hélio Gracie chegou a participar entre as décadas de 1930 e 1960 de 17 combates de vale-tudo perdendo apenas 2 vezes. Ainda em desafios que tinham ares de briga, a família Gracie foi sucedida à altura por Carlson, filho mais velho de Carlos Gracie. Com ele, foram 19 lutas e apenas uma derrota, mantendo o nome da dinastia em alta e abrindo as portas para a geração seguinte solidificar a base do que viria se tornar MMA.

Rorion, Filho de Hélio Gracie, aproveitou o sucesso que vinha tendo como professor de Jiu-Jitsu nos Estados Unidos para profissionalizar os desafios protagonizados por sua família no Brasil. Com essa idéia na cabeça, criou o Ultimate Fight Championship, colocando lutadores das mais diversas artes marciais, e dos mais variados pesos, frente a frente dentro de um ringue no formato de um octógono e cercado por grades.

Como não poderia ser diferente, o primeiro grande nome do UFC foi um Gracie. Mostrando toda a eficiência jiu-jitsu, Royce – também filho de Hélio – venceu três das quatro primeiras edições do evento, somando 11 vitórias por finalização, assombrando o mundo das lutas e se tornando a primeira grande estrela do vale-tudo moderno.

Se nos Estados Unidos Royce tratava difundir o nome da família Gracie no UFC, seu irmão Rickson, fazia o mesmo no Japão. O país berço do antigo Jiu-Jitsu deu o apelido de ‘samurai’ ao brasileiro que cruzou o mundo para vencer nove lutas em seis anos e se aposentar sem uma única derrota.

Apesar do sucesso do esporte, o UFC não conseguia se manter rentável no início dos anos 2000 e beirou a falência. Mas a ressurreição do evento começou em janeiro de 2001, quando foi comprado por apenas US$ 2 milhões pela Zuffa, empresa recém-criada na época pelos irmãos Frank e Lorenzo Fertita e presidida por Dana White, donos de cassinos em Las Vegas e empresário de boxe, respectivamente. Com a marca nas mãos, organizaram as regras que foram desenvolvidas na última década, principalmente as que visavam a integridade física do lutador.

2.2 ORIGEM

Os primeiros eventos foram inspirados no vídeo Gracie in Action, produzidos em série pela família Gracie do Brasil. Nos primeiros eventos, ocorreram torneios com oito ou dezesseis lutadores, promovidos pela organização de entretenimento Grupo Semaphore em associação com a Wow Promotions (liderada por Art Davie e Rorion Gracie), e tinha como intuito descobrir o melhor lutador do mundo, não importando o estilo de artes marciais praticado.

Os competidores deveriam ganhar três lutas para se sagrarem campeões do Ultimate Fighting Championship. O primeiro evento, realizado em 1993, foi ganho pelo brasileiro Royce Gracie.

Por possuir poucas regras (no primeiro Ultimate só não era permitido morder ou colocar os dedos nos olhos do oponente), o Ultimate era conhecido como “luta de ringue sem restrições” (no holds barred fighting), sendo, ocasionalmente, brutal e violento, despertando muitas críticas.

Desde sua primeira edição, os eventos ocorrem em ringues com forma de octógono, fechado por uma grade. Nunca se registrou morte.

2.3 REGRAS

A diferença nos locais de competição, precedida por uma perseguição de políticos americanos, provocaram mudanças nas regras, de modo a não deixar o MMA se tornar um perigo para o praticante. Nas regras dos eventos japoneses, disputados em ringues, algumas manobras consideradas válidas são vistas com pavor por alguém que convive com as Regras Unificadas de Conduta do MMA, trabalho desenvolvido por algumas comissões atléticas nos EUA para regulamentar a prática do MMA em solo americano, regras estas que são utilizadas em diversos outros países. Em contrapartida os japoneses impediam golpes considerados normais pelos americanos. Esta confusão de proibições ajudou a tumultuar a migração de lutadores entre os eventos.

Como não era regulamentado por comissões atléticas, o PRIDE não tinha preocupações com alguns pontos de segurança dos lutadores. Por exemplo, não permitia o uso de vaselina ou de qualquer outro produto lubrificante ou apaziguador de dores no rosto, como acontece no UFC. A vaselina deixa o rosto mais escorregadio, dificultando o impacto de um soco, chute ou cotovelada, o que ajuda muito a minimizar os danos na trocação e principalmente àqueles que lutam na guarda a ser alvo de golpes menos contundentes no ground and pound.

O público japonês vibrava com golpes traumáticos como pisões na cabeça (foto no alto), tiros de meta contra o rosto (última foto do artigo) e joelhadas no rosto de atleta caido (foto ao lado). Por motivos óbvios, estas técnicas são proibidas pelas Regras Unificadas. Imagine o que aconteceria a um lutador com a cabeça pressionada contra a grade do octógono levar um pisão voador ou um tiro de meta. Alguém pensou em risco de morte? Pois é. Num ringue este risco é minimizado, pois não há um anteparo que pressione a cabeça do atleta contra o pé do adversário. O brasileiro Maurício Shogun era usuário comum dos pisões em suas lutas no PRIDE

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