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PIM III UNIP GESTÃO PÚBLICA

Por:   •  30/11/2017  •  3.651 Palavras (15 Páginas)  •  1.627 Visualizações

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2. RECURSOS HUMANOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A chegada da globalização e também o avanço tecnológico que cresceram circunstancialmente nos últimos anos fizeram com que uma nova mentalidade fosse idealizada e começou-se uma série de inovações não só no setor privado como também no setor público. De acordo com Coutinho (2000), torna-se cada vez mais necessário que as organizações públicas brasileiras incorporem valores, atitudes e crenças semelhantes às novas práticas empresariais, pautadas em transparência, confiança e apoio entre o Estado e a sociedade.

Para Rezende (2006) a governança pública está associada à implementação de políticas públicas que facilitem a condução do país, dos estados e das cidades, abrangendo a participação da população nesse processo.

A gestão de recursos humanos no setor público busca adequar a realidade de seus servidores conforme os ideais da administração pública gerencial para que o resultado final seja uma máquina positivamente operante, a sociedade vem se tornando cada vez mais consciente sobre o papel do gestor público e sua equipe tanto na esfera municipal, estadual e federal, desta maneira tem se cobrado cada vez mais eficiência nos serviços públicos prestados, para isto, é necessário uma busca por melhor qualidade e resultado, o que acaba obrigando o setor público a enfrentar uma série de desafios, dentre eles, a gestão dos seus recursos humanos que procura sempre manter um quadro de servidores capacitados, motivados e engajados na máquina pública para atender cada vez mais a necessidade da sociedade.

A administração de recursos humanos no setor público apresenta determinadas diferenças em relação a administração de recursos humanos privados, dentre elas, está a maneira de composição do seu quadro de funcionários, enquanto, na organização privada ocorre todo o processo de recrutamento e seleção, entrevistas, contratação etc. nos órgãos públicos a contratação em grande maioria é feita a partir de concurso público, dando origem aos servidores que ocupam cargos efetivos, também existem os cargos em comissão e funções de confiança que geralmente ingressam ao serviço público a partir de recrutamento simplificado e também de indicação de seus gestores, pode-se ainda citar o processo seletivo simplificado onde os servidores são aceitos conforme a soma de pontos a serem avaliados por suas competências.

Pode-se dizer que a quantidade de cargos públicos vem aumentando bastante, o que acaba sendo um ponto positivo por proporcionar uma melhor estrutura para a máquina pública, porém, não basta apenas ter uma grande quantidade de cargos e servidores públicos, é necessário que o serviço prestado seja de total qualidade. Um dos grandes desafios da gestão pública de recursos humanos é fazer com que o quadro de servidores seja adequado ao tamanho da máquina pública, conciliar os gastos com pessoal com o valor orçamentário estipulado previamente no planejamento anual, administrar o crescimento dos cargos públicos, a desburocratização das rotinas trabalhistas etc. Dentre as maneiras para amenizar tais desafios pode-se fazer o plano ce carreira dos servidores para que tanto as necessidades da máquina pública quanto as necessidades dos servidores sejam equiparadas atendendo igualmente quem está executando o trabalho, e quem está oferecendo o trabalho; políticas internas utilizadas para fins de desenvolvimento, treinamento e capacitação de pessoal; plano de cargos e salários compatível com o orçamento e, que seja capaz de motivar e estimular o servidor público no desempenho de suas atividades.

De acordo com (BRESSER-PEREIRA, 1998) o enfrentamento dos desafios impostos à gestão pública de pessoal criará um sistema que seja dinâmico para acolher as frequentes mudanças sociais e, ao mesmo tempo, que seja capaz de introduzir novas perspectivas nos valores e sentimentos que envolvem o interesse público. Também, será necessária a implantação, na administração pública, de ações gerenciais capazes de ensejar uma gestão de recursos humanos diferente daquela observada na antiga administração burocrática.

2.1 Planejamento Estratégico

Toda organização deve manter um padrão de comportamento que visualiza de maneira geral o ambiente de negócios onde está inserida. A estratégia organizacional segundo Chiavenato (2009) é um conjunto de manobras que se desenvolve em um ambiente competitivo. A estratégia corresponde ao caminho selecionado pela organização para se manter diante de turbulências externas utilizando seus recursos e competências da melhor maneira possível. Para que a estratégia organizacional não fique apenas em um plano escrito, ela deve ser divulgada e comunicada a todos e ser utilizada como carro chefe da ação organizacional. O planejamento estratégico se define como a tomada antecipada de decisões, o planejamento não é uma previsão de decisões que serão tomadas futuramente, é a tomada de decisões que irão impactar futuramente e causarão efeitos e consequências. Pode-se dizer que o planejamento estratégico possibilita a análise da organização por diversos ângulos, por meio de um direcionamento que define seus rumos e que possa ter suas ações concretas monitoradas. Ainda de acordo com Chiavenato (2010), o planejamento estratégico se desdobra em três níveis de planejamento: estratégico, tático e operacional.

2.1.1 Planejamento estratégico

É definido como um conjunto de tomada de decisões sobre atitudes que afetam ou deveriam afetar a organização por um longo período de tempo, é um planejamento efetuado a longo prazo e é elaborado pelos níveis hierárquicos mais elevados da instituição, a estratégia está voltada para o que a organização deverá fazer para alcançar seu objetivo, e o planejamento estratégico tem a função de especificar o que se deve fazer para alcançar tais objetivos. O planejamento estratégico é genérico e abrangente, se desdobra em planos táticos que se desdobram em planos operacionais desenvolvidos no nível operacional da organização, onde se detalha cada tarefa ou atividade a ser executada.

2.1.2 Planejamento tático

É a função administrativa que define com antecedência o que é necessário fazer e quais os objetivos que devem ser alcançados, é a etapa do planejamento que procura viabilizar condições racionais para que se organize e conduza a organização a partir de determinadas hipóteses sobre a realidade atual e futura.

“O planejamento tático é o conjunto de tomada deliberada

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