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OS REINOS PERDIDOS DA AFRICA

Por:   •  2/12/2018  •  1.844 Palavras (8 Páginas)  •  388 Visualizações

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No século I D.C., surgiu o reino de Axum que conseguiu unificar a região. Herdando uma parte da cultura do sul da Arábia engrandeceu a sua capital com importantes monumentos. O seu prestígio e poderio foram atestados pela cunhagem de moedas, seguindo os modelos romanos.

A única região que conseguiu fazer frente ao avanço do Islão foi o reino de Axum, que, posteriormente, desembocou no aparecimento do reino da Etiópia, em parte devido ao seu isolamento, às características geográficas e climáticas da zona em que se encontrava inserido e, ainda, porque esta região se encontrava relativamente afastada do centro dos poderes decisórios islamitas.

A igreja da Etiópia tornou-se monofisita, por influência de Alexandria, e foi chefiada por monges coptas vindos daquela cidade egípcia até meados do século XX. A única via de contacto com o exterior por parte do Cristianismo etíope fazia-se através de Alexandria.

É de salientar que a cultura e as crenças humanas da região, apoiadas pela religião cristã, também contribuíram para a consolidação deste território como um reino soberano e diferente. A igreja etíope ficou sozinha em África, onde iria perdurar, de forma independente, até ao mundo contemporâneo.

1.3 Zimbábue

Comumente, quando estudamos História da África, ficamos "mal acostumados" em achar que grandes cidades e grandes impérios africanos formavam-se exclusivamente na África Saariana (O Norte da África), e as vezes relegamos para status de "cultura tribal" todos os outros povos africanos da África Subsaariana (A África abaixo do Saara). As ruínas da Civilização do Grande Zimbábue, datadas dos séculos XI e XII E.C. (Era Comum) nos mostram o quanto estávamos errados com essa visão.

a região era povoada por antepassados do San (povo) que estavam presentes na região quando chegaram os primeiros agricultores de língua bantu durante a expansão Bantu há cerca de 2000 anos.

Uma fase posterior da cultura Gokomere foi o Zhizo no sul do Zimbabwe. As comunidades de Zhizo se estabeleceram na área de Shashe-Limpopo no século X. Sua capital havia Schroda (atravessando o rio Limpopo do Zimbabwe). Muitos fragmentos de figurinhas cerâmicas foram recuperados a partir daí, figuras de animais e pássaros, e também bonecos de fertilidade. Os habitantes produziam braceletes de marfim e outros bens de marfim. As contas importadas encontradas lá e em outros locais de Zhizo são evidências de comércio, provavelmente de marfim e peles, com comerciantes na costa do Oceano Índico.

Acredita-se que as sociedades de falantes Kalanga surgiram pela primeira vez no vale médio do Limpopo no século 9 antes de se mudarem para o planalto do Zimbabwe. O planalto do Zimbabwe, eventualmente, tornou-se o centro de estados Kalanga subseqüentes. O Reino de Mapungubwe foi o primeiro de uma série de estados comerciais sofisticados desenvolvidos no Zimbabwe na época dos primeiros exploradores europeus de Portugal. Negociavam em ouro, marfim e cobre por pano e vidro. De cerca de 1250 até 1450, Mapungubwe foi eclipsado pela Reino do Zimbabwe.

Os portugueses destruíram o comércio e começaram uma série de guerras que deixaram o império em quase colapso no início do século XVII.[19] Como resposta direta à agressão portuguesa no interior, surgiu um novo estado Kalanga chamado Império Rozwi. Baseando-se em séculos de desenvolvimento militar, político e religioso, o Rozwi (que significa "destruidores") removeu os portugueses do platô do Zimbabwe pela força das armas. O Rozwi continuou as tradições de construção de pedra dos reinos do Zimbabwe e Mapungubwe ao adicionar armas ao seu arsenal e desenvolver um exército profissional para proteger suas rotas comerciais e conquistas. Por volta de 1821, o Zulu general Mzilikazi do clã Khumalo se rebelou com sucesso do rei Shaka e criou seu próprio clã, o Ndebele. O Ndebele abriram caminho para o norte para o Transvaal, deixando uma trilha de destruição em seu rastro e começando uma era de devastação generalizada conhecida como Mfecane. Quando o holandês trekboers convergiram para o Transvaal em 1836, eles dirigiram a tribo ainda mais para o norte. Em 1838, o Império Rozwi, juntamente com os outros pequenos estados Shona, foram conquistados pelo Ndebele e reduzidos a vassalagem.

1.4 Africa Ocidental, Benin

É conhecido como Império do Benim ou Império Edo um antigo estado da África Ocidental que existiu de 1440 a 1897, localizado a moderna República Federal da Nigéria. A capital do império era a cidade de Benim, fundada em 1180 (existente ainda hoje, contando com 1 milhão e 200 mil habitantes), sendo que a edificação de tal império é creditada ao povo Edo ou Bini. O governante deste estado africano pré-colonial recebia o título de Ogiso (rei do céu), sendo registrado pela história cerca de 36 desses príncipes existentes ao longo de sua história. Eram inicialmente senhores da guerra, e com o tempo foram convertendo-se também em líderes espirituais (obas). A principal língua falada no Império era a língua edo, que subsiste ainda, falada por cerca de 1 milhão de falantes entre a população nigeriana.

Benim encontrava-se em plena expansão. Lá, os europeus, além dos portugueses, através dos séculos, beneficiaram-se do comércio com este rico estado africano, obtendo em especial bronze, prata, cobre, óleo de palma, marfim, pimenta e produtos têxteis, além do comércio que o Império do Benim realizava no interior do continente, obtendo cobre do Níger, cobre e algodão da área do atual Sudão, bem como cola da região da Guiné.

Entre 1480 e 1504 o rei estabelece relações comerciais e diplomáticas com Portugal, em meio às explorações do país europeu, que vinha estabelecendo contato com os mais diversos povos do litoral africano, sendo que próximo a Benim os portugueses fundariam o entreposto comercial de Lagos, nome dado em homenagem à cidade ao sul de Portugal, que permaneceu em mãos lusas até quase o fim do século XIX e hoje constitui-se uma das grandes metrópoles mundiais, a cidade de Lagos, na Nigéria.

Como tantos outros estados

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