O EXAME PREVENTIVO DO PAPANICOLAU – ÍNDICE POSITIVO EM MULHERES

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O câncer de colo de útero se dá pelo contagio com o vírus Papiloma vírus Humano conhecido como HPV, sendo a principal causa, porém nem todas as mulheres que tem contato com o vírus pode desenvolver o tumor (BADIGLIAN FILHO, 2001).

O câncer de colo de útero possui alta taxa de prevalência e mortalidade em mulheres de níveis socioeconômicos mais baixos, por se tratar de um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, existem barreiras de acesso ao serviço público para detecção e tratamento prévio da doença e lesões. Existem estudos que mostram que além dessa dificuldade ao acesso a rede de serviço público, muitas mulheres ainda sofrem por questões como o medo e preconceito por parte dos companheiros. Mesmo com todos esses problemas, muitas mulheres ainda procuram por exames de prevenção, estando vinculada ao aparecimento de sintomas, com a preocupação com a saúde, o prazer de se cuidar periodicamente, pois reconhecem o risco em potencial para desenvolver patologias (DUAVY, 2007).

Em 2016 foram esperados 16.340 casos novos de câncer no colo do útero no Brasil, estimado um risco a cada 100 mil mulheres 15,85 novos casos (INCA, 2015).

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FONTE: Instituto Nacional do Câncer Jose Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2016: incidência do câncer no Brasil / Instituto Nacional do Câncer Jose Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf

O câncer de colo de útero acomete mais mulheres entre 25 e 60 anos; porém estudos apontam que os adolescentes compõem uma população muito vulnerável para o desenvolvimento da patologia, pois quanto antes o início da vida sexual maiores as chances de problemas de saúde de teor sexual e reprodutiva, sendo que grande parte dos adolescentes não usam a proteção adequada contra DST e gravidez indesejada. Estudos mostram que o contagio por HPV ocorre no início da vida sexual (CIRINO; NICHIATA; BORGES, 2010).

Tendo início a partir de uma lesão pré-invasiva, o câncer do colo do útero é curável em 100% dos casos, de progressão lenta, pode levar anos antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura é quase impossível (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).

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FONTE: Instituto Nacional do Câncer Jose Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2016: incidência do câncer no Brasil / Instituto Nacional do Câncer Jose Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf

O diagnóstico da infecção latente do HPV, quando não ocorre manifestações clinicas ou subclínicas, só pode ser realizada por exames de biologia molecular, exame que mostra se tem a presença ou não do vírus (INCA, 2016).

No caso de infecções subclínicas o diagnóstico é feito através de exames preventivos como o citopatologico, ou com o uso de instrumentos que aumentam a visualização da lesão, através de aplicação de reagentes químicos para contraste (INCA, 2016).

O tratamento da infecção pelo HPV se dá pelo tratamento das lesões individualmente, dependendo de como a infecção se apresenta, não há tratamento especifico para eliminar o vírus. No tratamento de lesões maiores temos o uso de laser, eletrocauterização, medicamentos que melhoram a imunidade e o uso de ácido tricloroacético (INCA, 2016).

Já as lesões de baixo grau tentem a desaparecer sozinha, mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. Nesses casos é recomendado a repetição do exame preventivo dentro de seis mesmo, para acompanhar a lesão (INCA, 2016).

O diagnóstico e tratamentos apropriados das lesões são imprescindíveis para a redução de incidência e mortalidade pelo câncer do colo do útero. Pois o câncer do colo do útero quando diagnosticado com antecedência tem chances maiores de cura (INCA, 2016).

A transmissão do HPV ocorre por contato direto com a mucosa ou pele infectada. A forma predominante de transmissão é via sexual, podendo ocorrer o contagio na ausência da penetração, pois o contato oral-genital, genital-genital e manual-genital já pode transmitir o vírus (INCA, 2016).

Outro meio de transmissão pode ocorrer no parto, passando a infecção da mãe para o feto (INCA, 2016).

Acredita-se que a transmissão do HPV é facilitada quando as lesões clinicas são presentes (INCA, 2016).

As manifestações pelo contagio com o HPV podem aparecer após meses ou anos após o contato com o vírus, sendo assim não é possível determinar quando ocorreu o contagio (INCA, 2016).

Porém, mulheres gravidas que estejam infectadas pelo HPV não correm o risco em má formação do feto por causa do vírus (INCA, 2016).

A principal prevenção se dá com cuidados diários como o uso de preservativos durante a relação sexual, manter uma rotina com hábitos saudáveis e também fazer o uso da vacina contra o HPV, sendo a dose indicada antes do início da vida sexual e os exames preventivos (BADIGLIAN FILHO, 2001).

Vem sendo reconhecida no mundo todo a pratica do exame do Papanicolau, como uma estratégia eficiente e segura para a detecção previa do câncer do colo de útero. O efeito da detecção precoce de lesões e possível câncer do colo do útero pela realização do Papanicolau, e a realização do tratamento em estágios inicias, tem mostrado um resultado na redução das taxas de incidência e mortalidade por tal câncer (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).

Foi observado a diminuição da incidência do câncer do colo do útero, em países com processo de transição socioeconômica. Refletindo a implementação de programas de prevenção (INCA, 2015).

O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento do câncer do colo do útero através do exame citopatologico, recomendado a mulheres entre 25 e 64 anos. O exame Papanicolau é realizado a cada 3 anos (INCA, 2015).

O exame é realizado através da coleta do material, onde é levado para analise em laboratório especializado (BVS, 2011).

Também conhecido como esfregaço cervicovaginal ou colpocitologia oncótica cervical, o exame Papanicolau é um exame preventivo indolor, rápido e simples, serve para encontrar alterações ou lesões precocemente nas células do colo do útero, realizando um diagnóstico antecipado da doença. O