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Mercados de Renda Fixa e Variável

Por:   •  22/2/2018  •  6.138 Palavras (25 Páginas)  •  414 Visualizações

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e empréstimos de recursos de longo prazo, para financiar investimentos, também devem ser considerados como negociações características do mercado de capitais, mesmo sendo negociações de renda fixa.

Esta divergência conceitual é reforçada pelo fato de que, no Brasil, jamais se estruturou um mercado de renda fixa de longo prazo. As empresas nunca tiveram oportunidade de conseguir empréstimos para financiar investimentos junto ao sistema bancário privado, ficando sempre na dependência da fontes governamentais, basicamente o sistema ligado ao BNDES. Outra raiz da divergência é a própria definição do que é capital. Se este é entendido apenas de forma contábil, como sendo o título “capital” da escrituração da empresa, então o mercado de ações constitui, de fato, o mercado de capitais, exclusivamente. Numa definição mais ampla, porém, também as grandes massas de dinheiro que financiam investimentos nas empresas exercem a função de capital enquanto lá permanecem.

Dentro da conceituação que nos parece mais correta, portanto, o mercado de capitais inclui, além dos títulos de renda variável, também os títulos e aplicações de renda fixa de prazo mais longo, e é todo ele parte integrante do mercado financeiro. Este inclui, por sua vez, também o que se chama de mercado monetário, o mercado de renda fixa de prazo curto. É chamado de monetário porque abrange as negociações que envolvem o dinheiro enquanto disponibilidade, enquanto giro rápido, diferente do mercado de capitais, em que o dinheiro vai se destinar a investimentos e imobilizações.

Fundos de Investimento

Esta forma de aplicação se caracteriza pela aquisição de cotas de aplicações abertas e solidárias, representativas do patrimônio do Fundo, que têm o beneficio da valorização diária.

O segredo dos fundos de renda fixa é a idéia do condomínio, ou seja, embora os aplicadores tenham o direito de resgatar suas cotas em prazo curto, nem todos o fazem ao mesmo tempo, isto é, sempre fica uma grande soma disponível, que pode ser aplicada em títulos mais rentáveis.

Tradicionalmente os Fundos podem ser classificados como de renda fixa ou de renda variável. A partir daí, existe uma diversidade de tipos que são criados para atender os diferentes interesses dos investidores, do mais conservador ao mais agressivo.

As instituições financeira estruturam seus Fundos de acordo com algumas variáveis exógenas determinadas pelo BC ou CVM como, por exemplo, os limites de composição da carteira de cada tipo de fundo, que por sua vez, vão determinar o perfil de liquidez do mesmo. Entretanto, vai ser a variável endógena da escolha da composição risco / rentabilidade (retorno) desejada pela instituição financeira que vai criar a “personalidade” de cada Fundo e atrair cada perfil de investidor.

Para estabelecer a disposição ao risco, podemos analisar a volatilidade do fundo, que vem a ser dispersão para baixo ou para cima da rentabilidade diária em relação à média da rentabilidade em determinado período. Dessa forma podemos classificar os fundos em:

Fundos de Curto Prazo – Baixíssima volatilidade c/ liquidez diária.

Fundos de Renda Fixa – Baixa volatilidade

Fundos de Renda Variável – Média volatilidade.

Fundos de Ações – Alta volatilidade.

Um outro índice para análise dos fundos é o índice de eficiência que indica ao investidor se os riscos assumidos pelo fundo foram bem renumerados. O cálculo deste índice leva em conta a volatilidade e a rentabilidade ajustadas, isto é, após a subtração de um deflator que pode ser o CDI.

Um dado importante é que deve existir dentro da instituição financeira, de forma bastante consolidada, o conceito do chamado chinese wall, que é a separação clara entre a administração dos recursos da tesouraria das instituições financeiras e a administração dos recursos terceiros. Para minimizar tais conflitos de interesses dos Fundos estão autorizados a aplicar, apenas, um percentual previamente definido do seu patrimônio em títulos de renda fixa de emissão de instituições financeiras coligadas.

2.Bradesco: Origem e Evolução

Desde a sua fundação em 10.3.1943, na então pequena Cidade de Marília – S.P., com um capital de Dez Contos de Réis e 6 agências nas cidades vizinhas, a história do Bradesco é marcada pelo pioneirismo.

Seus primeiros passos foram captar pequenas poupanças, transformando-as em pequenos empréstimos a modestos agricultores, industriais e comerciantes.

Essa filosofia procurava atender o maior número possível de clientes e, o que era mais importante, incentivar o hábito de poupar.

O pequeno Banco de Marília, ainda na década de 40, sentiu a necessidade de modificação no sistema bancário de então, projetando e realizando serviços e métodos novos, especialmente dedicados a facilitar e melhorar o atendimento ao público.

Como prestação de serviços, inicialmente, para garantir o abastecimento de cidades do interior, durante os difíceis anos da 2a. Guerra Mundial, comprava por conta de prefeituras municipais e de comerciantes, toda espécie de alimentos, especialmente óleos comestíveis e farinha, na época de difícil aquisição.

Este foi o embrião do desdobramento de futuras prestações de serviços de interesse público. A carteira cresceu rapidamente, com outras modalidades de assistência direta ao público, passando a fazer pagamentos e recebimentos de contas, aluguéis, reservas de hotéis, colégios, hospitais, compra de passagens etc..., suprindo também a falta quase total de meios de comunicação e de locomoção.

O crescimento dos serviços veio, como era esperado, justificar o acerto dessas decisões. E as pessoas atendidas se tornaram desde logo clientes do Banco, além do que, essa prestação de serviços trouxe evidentes vantagens para o país e para o público.

Ao lado da expansão direta, o desenvolvimento do Bradesco deu-se também em função de incorporações que totalizam 17 bancos.

A partir da década de 70, tal expansão foi direcionada para as regiões desassistidas, com a implantação de agências pioneiras em todo o território nacional, em localidades remotas, dando apoio à expansão de novas fronteiras agropecuárias e levando o desenvolvimento sócio-econômico às regiões onde estão instaladas.

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