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Instrumentos utilizados na industrias farmaceuta

Por:   •  29/8/2018  •  3.636 Palavras (15 Páginas)  •  204 Visualizações

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Durante o processo de diferenciação celular é fundamental que ocorra uma expressão coordenada de vários genes, ativando uns e inibindo outros de modo a garantir as diferenças e a especificidade das células. Esse processo ocorre por que há um conjunto de mecanismos que ligam e desligam genes específicos, de modo a determinar quais serão expressos.

Segundo Bruce Alberts (2010), as células apresentam ainda um valor posicional que determina sua posição em um local antes mesmo de sua diferenciação, ativando e mantendo a expressão de genes marcadores de posição ou região. Ele ainda cita que esse sistema de sinalização pode ser um reflexo da expressão diferencial de um conjunto de genes, capazes de codificarem proteínas de regulação genética responsáveis por fazer com que as células se comportem de maneiras distintas.

- FATORES QUE CONTROLAM A DIFERENCIAÇÃO CELULAR

- Fatores Extrínsecos Locais

Expondo duas células com o mesmo genoma a diferentes condições ambientais podemos torná-las diferentes, uma vez que os sinalizadores ambientais que atuam sobre a célula são advindos de células adjacentes. Dessa forma, no modo de formação de padrões provavelmente mais comuns, um grupo de células inicialmente apresenta o mesmo potencial de desenvolvimento e um sinal originado fora deste grupo de células faz com que um ou mais membros tome uma via de desenvolvimento distinta causando uma alteração nas suas características.

Geralmente o sinal é limitado de forma que apenas um conjunto de células mais próximas da fonte do sinal adquira o caráter induzido. Alguns sinais são de curto alcance normalmente transmitido por contato célula-célula e outros são de longo alcance, mediados por moléculas que podem se difundir pelo meio extracelular.

- Fatores Extrínsecos Ambientais

Esses fatores podem ser:

- Físicos: raios-X, radioatividade, temperatura;

- Químico: drogas, poluentes, medicamentos;

- Biológicos: infecção viral.

- Fatores Intrínsecos Locais

A diversificação celular nem sempre precisa depender de sinais extracelulares, em alguns casos, células-irmãs nascem diferentes, como resultado de uma divisão celular assimétrica. Esta segregação assimétrica de moléculas atua como determinante para um dos destinos celulares pela alteração direta ou indireta do padrão da expressão genética na célula-filha que a contém. Essas divisões são comuns no inicio do desenvolvimento, quando o ovo fertilizado divide-se para originar células-filha com destinos diferentes, mas também podem ocorrer em estágios mais tardios.

- CÉLULAS-TRONCO

Células-tronco podem ser definidas como células com grande capacidade de proliferação e auto-renovação, capacidade de responder a estímulos e dar origem a diferentes linhagens de células mais especializadas.

Todas as células-tronco, independente de sua origem possuem três características que as distinguem de outros tipos de células: são células indiferenciadas e não especializadas, são capazes de se dividir e se auto-renovar indefinidamente e são capazes de se diferenciar em células especializadas quando submetidas a certas condições fisiológicas ou experimentais.

As células-tronco podem ser classificadas em função da sua origem ou de sua capacidade de diferenciação, em embrionárias e não-embrionária e totipotentes, pluripotentes e multipotentes.

As células totipotentes resultam da divisão celular do óvulo fertilizado e podem dar origem a qualquer tipo de célula ou de tecido que compõe o embrião e que o sustenta durante seu desenvolvimento uterino. A divisão celular totipotentes resulta na formação de células pluripotentes, que são pouco limitadas na sua diferenciação quando comparadas às suas antecessoras. A medida que as células pluripotentes se especializam, passam a construir tecidos específicos e o seu potencial passa a ser mais restrito, dando-se o nome de células multipotentes ou células-tronco adultas, cuja função é a reparação e manutenção tecidual.

As células-tronco adultas que mais conhecemos são as presentes na medula óssea onde encontram-se as células-tronco hematopoéticas, que podem dar origem a todos os diferentes tipos de células do nosso sangue.

Até então acreditava-se que as células-tronco presentes em adultos eram restritas em seu potencial de diferenciação a somente células do tecido onde elas residiam. Porém, nos últimos anos, uma série de estudos vem questionando essa visão, mostrando indicações de um potencial muito mais amplo de diferenciação.

Uma das primeiras indicações de que as células-tronco da medula óssea poderiam se diferenciar veio de um estudo com camundongos para distrofia muscular de Duchenne. Animais afetados foram submetidos a um transplante de medula óssea de camundongos normais. Além de terem sua medula óssea regenerada, algumas semanas após o transplante, os animais apresentaram até 10% das fibras musculares contendo aquela proteína, indicando assim, que as células da medula óssea do doador haviam se incorporado ao músculo dos animais distróficos.

Mais tarde demonstraram através de diferenciação in vivo que as células-tronco derivadas da medula óssea se diferenciavam em células epiteliais do fígado, pulmão, trato gastro intestinal e pele.

Por isso, uma das áreas mais exploradas tem sido a cardiologia. Estudos pré-clínicos com animais avaliaram a capacidade terapêutica da medula óssea no tratamento de infarto do miocárdio. Quando injetadas na parede do infarto, logo após a ligação coronária, as células-tronco da medula óssea promoveram a formação de novo músculo cardiológico.

Apesar deste e outros trabalhos indicarem uma maior plasticidade das células-tronco da medula óssea, ainda não está claro se de fato aquelas células estão se transformando em outros tecidos ou se simplesmente estão se fundindo com células daquele tecido.

Uma outra alternativa são células tronco embrionárias que caracterizam-se por ser totipotentes, ou seja, são células que ainda não foi determinado em que tecido se transformará. Elas podem ser retiradas do embrião, colocadas em placas de cultura e em condições apropriadas podem-se manter indiferenciadas e se multiplicarem indefinidamente no laboratório mantendo seu potencial.

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