Gestão do Conhecimento
Por: Evandro.2016 • 30/11/2017 • 6.978 Palavras (28 Páginas) • 338 Visualizações
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Stewart (2002) enfatiza que o conhecimento esta altamente relacionado com dinheiro, e se a razão de existir das empresas é a obtenção do lucro, faz-se necessário identificar este ativo e como ele pode gerar riquezas. Dá-se então, a importância da gestão do conhecimento nas organizações para obtenção de competitividade e rapidez nas tomada de decisões, tanto da gestão quanto dos funcionários no seu dia a dia.
Sendo assim o conhecimento está enraizado naturalmente na experiência humana e nos contextos sociais, e geri-lo significa prestar atenção às pessoas, as culturas, as estruturas organizacionais e as tecnologias de informação no ponto de vista da sua disseminação e compartilhamento.
No mesmo sentido, Trindade escreve que:
Todo conhecimento torna-se, devido à necessária vinculação do meio ao indivíduo que pertence ao próprio meio, um autoconhecimento. Essa interação faz-se cogente pela gênese unívoca entre os muitos integrantes do mundo da vida, sem olvidar que o homem é um desses integrantes [...] Ocorre, deste modo, um acoplamento estrutural entre o sistema nervoso do observador e o meio, proporcionando, assim, uma mútua transformação/adaptação. O ser é modificado pelo meio ao qual o próprio ser pertence e modifica. "(2007, p. 97).
Segundo DAVENPORT e PRUSAK (2003, p. 6), o conhecimento pode ser comparado a um sistema vivo, que cresce e se modifica a medida que interage com o meio ambiente. Da mesma forma NONAKA e TAKEUSHI (1997, p.63) observam que o conhecimento, diferentemente da informação, refere-se a crenças e compromisso.
Evidentemente que o conhecimento é a relação que se estabelece entre o individuo que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer, e que é fenômeno sócio-histórico, que pressupõe dessa forma diversas perspectivas de abordagem e compreensão.
Portanto o conhecimento deriva da informação assim como esta, dos dados, ele não puro nem simples, mas sim uma mistura de elementos, é intuitiva, e, portanto, difícil de ser colocado em palavras ou em termos lógicos. Ele existe dentro do ser humano e por isso é algo complexo de ser medido e analisado nos seu todo e que seu valor é determinado pelo contexto do ambiente o qual ele está inserido, assim as organizações podem considerá-lo como vantagem competitiva.
Sendo assim o conhecimento é o fator primordial nas organizações, por mais que elas dependem da tecnologia, das máquinas, é necessário o conhecimento para alimentar e manter o funcionamento dos processos, sendo ele contido nos indivíduos que por si contribuem para a organização crescer e ambos aprenderem juntos. “Na falta do conhecimento, organizações não poderiam se organizar; elas não conseguiriam manter-se em funcionamento” (DAVENPORT & PRUSAK, 1998, p. 63).
- Tipos de conhecimentos
Como descrito anteriormente o conhecimento está nos indivíduos que fazem parte da organização, também chamado de capital humano como definido como o resultado do valor acumulado de investimentos em treinamento, competência e o futuro de um funcionário, observados pelo relacionamento e valores pessoais (Duffy 2000). Quando se investe em capital humano, garante-se tanto o crescimento para o funcionário quanto para a alavancagem organizacional, uma vez que organizações que investem em treinamento, educação, desenvolvimento e pesquisa estão naturalmente à frente de seus concorrentes, pois souberam armazenar aprendizagens, conhecimentos e experiências.
No estudo da criação do conhecimento e gestão do conhecimento identificam-se dois tipos de conhecimento citados o explicito e o tácito.
O conhecimento explicito é tangível (NONAKA e TAKESHI 1997), visível, de natureza objetiva, de fácil comunicação e armazenamento, podendo ser externalizado através de palavras, fórmulas, dados, planilhas, entre outras maneiras. Este fácil de ser encontrado como nas normas, onde são armazenados instruções, documentos da qualidade, que é de fácil acesso e compreensão, porém para (CHOO, 2003, p. 191), esse tipo é o conhecimento de diretório que adquirido após as conseqüências de acontecimentos e as relações de causa e efeito que mostram como são realizados os processos, ou seja, as práticas comuns. Ele relaciona o conhecimento de receita às instruções que corrigem as tarefas, melhoram as estratégicas, e, por fim recomendam ações a serem adotadas.
“O conhecimento explícito não surge espontaneamente, mas precisa ser cultivado a partir das sementes do conhecimento tácito” (CHOO, 2006, p. 37). A explicitação do conhecimento tácito torna-se mais difícil, pois está ligado também aos valores e crenças das pessoas, diferindo de um para o outro (SILVA, 2004, p. 58). Os conhecimentos tácitos e explícitos são as estruturas que se complementam e a interação resultante é a principal dinâmica da criação do conhecimento.
O conhecimento tácito que é de natureza subjetiva, de difícil comunicação, transmissão e aprendizagem por estarem embutidos nas ações e na mente dos indivíduos que são carregados de emoções, valores, ideais, intuição, habilidades e experiências pessoais.
Outra característica importante do conhecimento tácito é envolver um conjunto de habilidades acumuladas e fortes nas práticas de trabalho e experiências adquiridas ao longo do tempo e que, portanto, nem sempre acessíveis, objetivas, codificadas e de fácil proteção frente aos competidores, sendo ser mais importante às organizações gerirem as condições para a criação, o compartilhamento e a transferência deste tipo de conhecimento na organização, através de trabalho em equipe, comunicação, debates e outras boas práticas da organização.
Choo (apud Moresi, 2001), afirma que o conhecimento tácito: é o conhecimento que não está escrito e não pode ser traduzido em palavras. Explicar como andar de bicicleta ou como dar corretamente um saque no tênis é exemplos de conhecimento tácito.
1.2 Compartilhar o conhecimento
O compartilhamento do conhecimento é um dos fatores que envolvem a gestão do conhecimento e um desafio para as organizações, pois pode a qualquer momento o funcionário sair dela e levar consigo o conhecimento adquirido, experiências de sucesso e fracasso, que são essenciais para a estratégia e tomada de decisão em curto prazo, sendo assim ela se beneficia quando o conhecimento é compartilhado e alavancado, ou seja, quando existem efetivos fluxos de conhecimentos.
Fluxo
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