GESTÃO DE OPERAÇÕES E PROJETOS

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Para o desenvolvimento deste estudo, foram analisadas as referências bibliográficas indicadas em cada disciplina, bem como outras pesquisas na internet, pertinentes aos assuntos propostos, dividindo-se o mesmo em quatro capítulos devidamente referenciados e uma conclusão, como se segue.

I – DESAFIO: ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA

Pode-se conceituar o cluster como sendo um grupo de coisas ou atividades semelhantes que se desenvolvem conjuntamente, o que sugere a idéia de junção, união, agregação, integração, cooperação, especialização, etc.

Na atividade econômica, conforme explica Fernandes (2003), o cluster pode ser considerado

como a reunião de pequenas ou médias empresas, às vezes até mesmo as de maior porte, que estão situadas num mesmo local e que apresentam grandes níveis de entrosamento entre si, e constituem o que hoje existe de mais moderno em modelo de desenvolvimento local.

Ainda citando Fernandes (2003):

[...] economicamente, clusters podem ser definidos como aglomerados de atividades produtivas afins, localizadas em determinado espaço geográfico e desenvolvidas por empresas autônomas de pequeno, médio e até de grande porte, intensamente articuladas, constituindo ambiente de negócios onde prevalecem relações de recíproca confiança entre as diferentes partes envolvidas. Tais empresas são apoiadas por instituições provedoras de recursos humanos, de recursos financeiros, de infra-estrutura, etc.

A partir de tais conceitos, nota-se que os clusters se originam de inovações no processo econômico, tendo por base as condições locais, como oferta de mão-de-obra, de matéria prima, de recursos humanos e financeiros, criando, então, novos modelos de produção, com economias de escala superiores àquelas

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já existentes, visando obter um desempenho melhor do que aquele demonstrado

isoladamente.

Pereira e Lorena (2014) explicam que a partir dos anos de 1980, a vantagem competitiva tornou-se o foco do planejamento das empresas, transformando-se na base do pensamento estratégico empresarial. Daí, o surgimento dos APLs (Arranjo Produtivo Local), ou cluster, que consiste no relacionamento entre as empresas e ou instituições, buscando produzir vantagens competitivas

Neste sentido, para Pereira e Lorena (2014) o cluster significa

[...] um sistema, cuja parte mais importante é a interação entre as empresas, sendo o resultado dessa conexão a capacidade de competir. Aí surge o papel da governança corporativa, cuja ação supra-empresarial concentra não só na interação entre os agentes locais, mas junto às entidades externas e todos os níveis de governo, que são fundamentais ao desenvolvimento local.

Segundo Mônica Amorim, assessora da Secretaria de Planejamento do Ceará e autora do Livro "Clusters como Estratégia de Desenvolvimento Industrial do Ceará", citada por Fernandes (2003), os papéis apropriados do órgão articulador são: criar Comunidades Econômicas, estimular o surgimento de uma atmosfera propícia, garantir a eficiência, existência de uma ampla rede de fornecedores, estudos e acompanhamento, apoiar novos empreendedores (fertilização cruzada), aperfeiçoar os processos produtivos, dentre outras ações pertinentes.

De acordo com o SEBRAE, (2002),

Independentemente da dinâmica que determina a formação de um cluster, a característica mais marcante que é, de fato, comum a todos, é a forte aglomeração/concentração em uma mesma região. Dessa forma, a identificação dos mesmos passa obrigatoriamente pela análise dessa variável, pelo menos para identificar os clusters em potencial.

No Brasil, inúmeros são os clusters que se apresentam no âmbito empresarial, como o de eletroeletrônico em Santa Rita de Sapucaí/MG, de alimentos em Marília/SP, têxtil da Região Metropolitana de Fortaleza/CE, de calçados em Nova Serrana/MG, dentre outros. (SEBRAE, 2002).

Citam-se, ainda, de acordo com Galvão (2000), o Distrito Industrial de Mármore e de Granito, de Cachoeiro de Itapemirim, no estado do Espírito Santo; os

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Distritos Industriais de Calçados de Franca, em São Paulo e do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, além das tendências de sua relocalização em estados do Nordeste, como Bahia, Ceará, entre outros.

No exterior, Galvão (2000) cita, entre outros, os seguintes clusters: na Itália, o cluster de Biella, na área têxtil; no sul da Índia, o Distrito industrial de malhas de algodão, em Tiruppur; os Distritos Industriais de Bens de Capital de Baden-Württemberg, na Alemanha; os clusters Florestais na Finlândia e, com referência especial, nos Estados Unidos, o Vale do Silício, localizado na área da Baía de São Francisco, no sul da Califórnia.

Tratando-se de clusters no Brasil, destaca-se, neste texto, o de biotecnologia, em Belo horizonte, MG, considerado o maior pólo do ramo da América Latina. Até meados de 2012, este pólo era formado por 55 empresas, com 5 mil funcionários, trabalhando com agro negócio, meio ambiente, saúde humana e animal, interagindo com universidades, fator essencial para ter acesso à capacitação e pesquisas.

Esta concentração geográfica da bioindústria no estado de Minas Gerais, foi altamente favorecida pela competência das universidades locais e centros de pesquisa, como as escolas de medicina e especialidades químicas e bioquímicas, a que se aliaram visões empreendedoras pioneiras, buscando os nichos de mercado ligados a produtos e serviços de saúde humana. Aliadas à Fundação BIOMINAS esses empreendedores se apoiaram na formação de um ambiente de estímulo aos negócios em biotecnologia e bioindústria na região, dando origem à primeira empresa de biotecnologia brasileira, a BIOBRÁS, uma empresa universitária (spin off) e bem-sucedido exemplo do pioneirismo mineiro numa indústria baseada em conhecimento. (JUDICE; BAETA, 2010).

Tal empreendimento conta com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), que é parceira do Governo do Estado, do SEBRAE-MG, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

2 - DESAFIO: EMPREENDEDORISMO

A cartilha O Que é Franquia? (BRASIL, 2006), em conformidade com a lei 8955/94, define franquia como