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Estudo de caso

Por:   •  27/4/2018  •  2.382 Palavras (10 Páginas)  •  237 Visualizações

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A ideologia central do cooperativismo é a substituição da competição do lucro pela cooperação, as estruturas produtivas geram emprego e renda e igualam as oportunidades da sociedade. A contribuição dessa forma gestão à sociedade é imensa e foca o desenvolvimento social.

A cooperativa caracteriza-se como uma equipe que administra o grupo de cooperados, composta por quatro grupos: os associados, os administradores eleitos, os administradores contratados (diretores e gerentes) e os empregados. Quando a cooperativa trabalha com economias grandes e há uma complexidade em termos administrativos, por razões práticas ou por necessidades de mercado, delegam funções aos administradores contratados, surge um conflito, muitas vezes oculto, entre os interesses dos associados e os interesses dos executivos contratados. Estes, por manterem contrato com dedicação exclusiva, apresentarem elevada qualificação profissional e receberem remuneração diferenciada, tendem a considerar a eficiência e a expansão da organização como objetivo principal. Os sócios, por sua vez, enquanto autoridade suprema da cooperativa, busca preservar o direito de solicitar que os negócios sejam dirigidos de modo a que seus interesses sejam sempre respeitados.

Cooperativas que têm como objetivo a prestação direta de serviços aos associados, primeiro grau, são compostas por um mínimo de 20 pessoas físicas, a admissão de jurídica é permitida, em caráter de exceção, com as mesmas atividades ou atividades econômicas correlatas das pessoas físicas. Prevalece a norma um homem, um voto. A decisão é coletiva e se valoriza a participação de cada membro com sua contribuição financeira e com o uso do serviço, todos têm o mesmo poder de decisão.

Os associados devem ter condições de controlar a administração da cooperativa por meio dos dirigentes eleitos. Os dirigentes e administradores devem ter em mente que são os representantes dos associados. Atuando em nome deles, gozarão da sua confiança. Exercer o controle significa o direito e o dever de informar-se sobre todos os negócios relativos à sociedade cooperativa e, a partir destas informações, o direito de criticar e até despedir os mandatários eleitos que abusaram da confiança depositada.

Quanto a Caracterização do Cenário da Pesquisa e a Experiência de Gestão da Cooperativa Táxi Alfa, são detalhadas a Organização do Quadro Social na Cooperativa e a Educação Cooperativista utilizada na Táxi Alfa. Na primeira parte, o estudo traz a visão geral da empresa, onde é detalhada sua data de fundação, a qual foi constituída no dia 1º de setembro de 2001, resultante da aquisição de duas centrais de Radio Táxi que atuam no mercado de Minas Gerais há 15 anos. Também é detalhada sua estrutura, que é composta por Assembleia Geral, Conselheiros de Ética e Fiscal e um Conselho de Administração. Sendo que a Administração é realizada por um Diretor Presidente, um Diretor Vice Presidente, um Diretor Administrativo, um Diretor Comercial e um Diretor Financeiro. Além disso, o seu quadro de funcionários conta com 146 motoristas entre cooperados e auxiliares, dos quais 97,85% são homens e 2,15% são mulheres, com idades que variam de 20 a 65 anos, sendo a média de 40 anos. Conta também com 26 funcionários responsáveis pelo setor contábil e setor de atendimento, além de uma frota de 140 veículos. Cabe ressaltar que a Táxi Alfa foi a primeira cooperativa de taxi a implantar o táxi acessível, adaptado com elevador, melhorando a acessibilidade dos cadeirantes de Belo Horizonte e atende tanto clientes pessoas físicas como clientes pessoa jurídica.

Ainda neste tópico, o estudo de caso aborda os princípios e valores adotados pela cooperativa, que são: cooperativismo, disposições legais, diretrizes da autogestão e estatuto social. Ou seja, agir de acordo com a lei, ter uma atuação sem discriminação, não visar o lucro e dar a todos os cooperados os mesmos direitos. Tal fato, analisando a segunda parte deste tópico não condiz com o que foi proposto. Ao fazer a análise da Organização do Quadro Social da Cooperativa a partir do levantamento de dados e da participação dos cooperados nas Assembleias Gerais, observa-se uma falha entre a administração e os cooperados. A falta de comunicação, de participação na tomada de decisão e de engajamento das partes para atuarem em conjunto, expõem as principais falhas que a cooperativa apresenta. Concluímos que essas falhas interferem diretamente no desempenho e desenvolvimento de todos que compõem a Cooperativa, pois a participação das partes é para discutir melhorias, propor novas táticas, trazer a todos o conhecimento do que está acontecendo, dar voz aos cooperados, melhorar a atuação dos mesmos e proporcionar um serviço de qualidade, o que consequentemente aumentará os lucros da cooperativa.

O maior desafio encontrado é a organização do Quadro Social e a falta de Educação Cooperativista. Segundo Roquete (2002, 2012) “estudos realizados em cooperativas de outros ramos mostraram que essas (Organização do Quadro Social e falta de Educação Cooperativista) são fragilidades desse tipo de organização”.

A falta de Organização do Quadro Social se dá pela falha na comunicação entre a diretoria e os cooperados. Pode-se dizer que tal fato está relacionado à falta de Educação Cooperativista que é objeto de estudo da terceira parte deste tópico. O objetivo da educação cooperativista é dar condições aos dirigentes, associados e funcionários de conhecer os fundamentos do cooperativismo, a história, as propostas filosóficas, econômicas e sociais, de modo a capacitar cada um para exercer suas funções com eficácia e em benefício da cooperativa. É de fundamental importância que os cooperados tenham ciência do seu papel na cooperativa e da importância de participar das reuniões e das tomadas de decisão. Conforme afirma Benato (2002) “É importante que os dirigentes entendam as particularidades da cooperativa onde atuam e os funcionários tenham consciência de que os cooperados são os donos da cooperativa. Por sua vez esses deverão conhecer seus direitos e obrigações, sendo que a principal delas é a lealdade para com a cooperativa”.

Segundo o Estatuto Social (2001) da Cooperativa de Táxi Alfa, em seu capítulo X, Art. 65, Parágrafo 2º, os resultados positivos, apurados por setor de atividade, são distribuídos da seguinte forma, no mínimo:

a) 10% ao Fundo de Reserva;

b) 5% ao fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES)

c) As sobras líquidas apuradas no exercício, depois de deduzidas as taxas nas letras “a” e “b” deste artigo, serão desenvolvidas aos cooperados, proporcionalmente

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