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Economia Contemporânea

Por:   •  4/3/2018  •  4.090 Palavras (17 Páginas)  •  222 Visualizações

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“Os indivíduos preferem cada vez mais investir financeiramente a consumir e investir produtivamente. Porém, esse capital financeiro é mais volátil e perigoso para a estabilidade das economias nacionais”.

- Produtivo-tecnológica: Está atrelada ao investimento direto, por exemplo, as empresas multinacionais escolhem onde se estabelecerem de acordo com suas estratégias, mas a ideia delas é fortalecer ainda mais as barreiras a entradas no mercado em que está, pois querem ganhar o mercado tanto na economia local, quanto na global. Está ligada em onde as empresas se estabelecerão, colocarão suas tecnologias. Os investimentos das empresas multinacionais têm ocorrido, sobretudo, no interior da Tríade (EUA, Europa e Japão). Temos uma dispersão maior na questão da produção, mas uma concentração maior na questão tecnológica. Há um movimento de concentração e marginalização, pois a questão tecnológica está mais concentrada e a produtiva mais dispersa.

- Comercial: Está ligada a exportação/ importação. É o comercio intraindústria. Houve um aumento do comércio entre a Tríade e países em desenvolvimento. As multinacionais tem um papel fundamental também nessa esfera.

O Brasil Inserido no Processo de Globalização Econômica:

- O Brasil não ficou imune à globalização, apenas demorou a se inserir devido ao endividamento do período da Ditadura Militar.

- O Esgotamento do PSI (Processo de Substituição De Importações):

- No final dos anos 70, o Brasil vivenciava o esgotamento do processo de substituição de importações, pois quando a indústria se desenvolve, a ideia é substituir as importações, voltado para o mercado interno, ou seja, tínhamos uma indústria não competitiva.

- O governo adotava medidas protecionistas, reservava o mercado para a indústria interna;

- O processo de substituição de importações esgotou, por exemplo, devido à necessidade de substituir setores mais sofisticados que exigiriam uma mão de obra mais qualificada, um acesso a tecnologia e um volume de recursos maiores.

- A substituição ocorreu aos poucos, primeiro setor foi o de bens de consumo leve, depois o de bens de consumo duráveis, no segundo PND substituímos importações em alguns bens de capital.

- Em nenhum setor a substituição foi plena, ainda dependíamos de bens industriais importados;

- O esgotamento deve-se também ao endividamento externo, ou seja, tínhamos um endividamento externo, governo sem capacidade de investir e uma inflação muito alta;

- Principais Características:

- Forte papel do Estado na economia, para atrair Capital estrangeiro para financiar o desenvolvimento industrial, sendo que o “desenvolvimento econômico” era visto como objetivo principal das politicas econômicas, e deixava-se “de lado” a estabilidade de preços.

- Um dos problemas sérios decorrente da escolha desse modelo de desenvolvimento foi o endividamento externo no processo de substituições de importações.

- A Justificativa para o Endividamento: Havia necessidade de viabilizar as altas taxas de crescimento da economia, ou seja, se quiséssemos reeditar o Milagre Econômico, precisaríamos de dinheiro vindo para o Brasil.

- O objetivo da justificativa era mostrar que o endividamento é admissível, ou seja, o país se endivida, mas chega a um crescimento igual no Milagre Econômico.

- O endividamento aconteceu devido à ampla liquidez na economia, apesar do choque do petróleo vinha dinheiro para o Brasil, porém, quando chega em 1979, os Estados Unidos aumentou os juros;

- De 1974 a 1979, há um aumento de U$S 40 Bilhões da dívida externa brasileira, com destaque para a captação do setor público;

- A ideia era forçar o crescimento a qualquer custo, porém, o cenário já não era favorável, tínhamos choque de petróleo e impacto inflacionário;

- Situação Brasileira no Final de 1970 e Início de 1980:

- Temos profundas transformações no cenário internacional, ou seja, o choque do petróleo e vulnerabilidade da economia.

- Temos um aumento da dívida externa e os juros que se atrelavam a ela;

- Internamente, temos um Estado endividado: há uma redução da carga tributária (governo arrecada menos), aumento do volume de transferências (juros sobre a dívida interna) e as estatais eram focos de déficits;

- Havia também uma grande pressão inflacionária devido ao choque de oferta do petróleo e aos déficits públicos;

- Heterodoxia “delfiniana”:

- Delfim Neto era ministro quando ocorreu o Milagre Econômico;

- Colocaram Delfim Neto na secretaria de planejamento (SEPLAN) com o intuito de reeditar o Milagre, e ele veio com um discurso desenvolvimentista de combate à inflação com crescimento econômico;

- Delfim tentava recolocar o país nos trilhos do crescimento, apesar da crise que se assolava no país;

- Heterodoxia: Busca crescimento econômico, mas sem se descuidar da estabilidade.

- Ortodoxia: Segue “a risca” a teoria econômica tradicional, a fim de obter estabilidade econômica;

- Delfim adota medidas para a inflação, mas a mesma estoura e chega a 100%a.a (antes 70%a.a).

- Principais Medidas Adotadas por Delfim:

- Controle sobre as taxas de juros, ou seja, aumentar as taxas de juros para reduzir a inflação de demanda;

- Expandir o crédito para a agricultura para conter os preços dos alimentos;

- Criou a Secretaria Especial das Empresas Estatais para controlar os gastos das empresas e reajustar as tarifas;

- Eliminou alguns incentivos fiscais às exportações e a “extinção” da Lei do Similar Nacional;

- Estímulo à captação externa, ou seja, dinheiro de fora, o que provocava mais endividamento;

- Promoveu a maxidesvalorização Cambial, ou seja, desvalorizar muito a moeda;

- Prefixação da correção monetária em 50% para 1980, abaixo da inflação;

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