Análise do Filme Mauá

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Mesmo quando Mauá tentou implementar algumas grandes novidades no Brasil, que claramente estavam ajudando em seu desenvolvimento, como indústrias de aço e ferro, serviços navais e grandes bancos com juros baixos, a elite se sentiu ameaçada e pressionou o Imperador a tomar medidas que restringissem o poder de crescimento do Barão.

Ao mesmo tempo que assistiam o mundo mudar sem se mover, a elite promoveu um aumento de formalismo, tentando forçar Mauá a seguir o paternalismo que havia na época em relação à família real.

Apesar de ainda haver certo paternalismo atualmente (muitos têm medo de empreender e preferem contar com cargos ou incentivos públicos para construir sua vida), já temos muitos empreendedores com grande senso de iniciativa, e que procuram renovar-se para acompanhar o mercado mundial. O crescimento das potências não é mais visto com maus olhos, e sim com adoração. Há uma fascinação por novas tecnologias, mais eficientes, e um zelo pela produção de produtos com maior qualidade, para atrair os clientes.

Outro avanço na personalidade dos empreendedores foi o aumento da flexibilidade, da criatividade para sair das crises. A oportunidade de pessoas fora da elite de construir seus próprios negócios propriciou a adequação do estilo de vida das classes mais baixas, que tinham que “se virar” para sobreviver, aos negócios.

Se Mauá vivesse hoje, teria mais liberdade para pôr em prática suas ideias progressistas. O tipo de pensamento que fez dele um pária no Império, faria dele um empresário ainda maior hoje, e teria mais sucesso em cumprir seu objetivo: melhorar a situação sócio-econômica do Brasil.

Embora não haja mais tantos impedimentos para empreendedores além da burocracia, a cultura brasileira previne muitos empresários de pensarem fora da caixa e inovar. A visão imediatista herdada dos nossos ancestrais dificulta um planejamento eficaz e a previsão de oportunidades ou crises, provocando a falência de muitos novo negócios.

O momento é bom para empreendedores criativos e preparados para se arriscar. Empresários que teimam em permanecer em sua zona de conforto e têm medo de enfraquecer amizades influentes tendem a implodir.