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Analise filme Vida de Inseto

Por:   •  18/4/2018  •  4.290 Palavras (18 Páginas)  •  1.322 Visualizações

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Podemos perceber ao analisarmos o filme com bases nos textos sugeridos que a racionalidade no trabalho pode ser vista no conhecimento do trabalhador atrelado a sua função específica ao vermos a formiga Flik tentar auxiliar no processo de colheita da comida com uma “modernização” e esta acaba não sendo aceita por não fazer parte dos métodos convencionais já conhecidos na forma de trabalho. Também podemos perceber essa mecanização no ambiente de trabalho ao vermos uma formiga se deparar com uma pequena folha caindo em seu caminho e ele não saber se portar naquela situação, pois andava apenas em linha reta.

Ao pensarmos na violência no ambiente de trabalho e a forma como ela se institucionaliza nas sociedades organizadas, vemos esse tipo de hierarquia violenta na forma como as formigas são tratadas pelos gafanhotos que apenas buscam alimento, trocando em forma de “proteção” de todo o formigueiro, nos mostrando assim como a violência acaba sendo ligada a toda forma de exploração e dominação.

A sujeição das formigas a esse tipo de atitude está ligada às suas necessidades originais, como sobrevivência, por exemplo, e as formigas acabam se alienando com essa forma de produção, fazendo com que garantam a reprodução do seu sistema de sobrevivência.

A forma de violência que é representada na narrativa do filme é a violência psíquica, pois há, por parte dos gafanhotos, a exploração dos aspectos psicológicos das formigas para que eles façam o que seja necessário para suprir as necessidades dos gafanhotos.

Vemos que, a partir dos conceitos de Hackman e Oldham e da concepção de Emery e Trist, a forma de trabalho no formigueiro não é um modelo que tenta explicar as interações e nem permite que um operário tenha variedade de funções, pois no formigueiro cada um tem sua função e a cumpre até o fim da vida.

Sentidos do Trabalho e Racionalidades Instrumental e Substantiva: Interfaces entre a Administração e a Psicologia

Ao longo da história, percebemos que por mais que as ideias de Flik fossem boas, ele não as teriam realizado se não fosse a ajuda de seus amigos e o envolvimento de todas as formigas. Isso mostra que a união realmente faz a força e a diferença em nossa sociedade.

No filme o formigueiro do qual Flik faz parte é movido por uma racionalidade instrumental onde as ações de todos são movidas por incentivos “econômicos”, buscando o alcance de maior ganho financeiro por mais que fossem subordinados pelos gafanhotos que também se enquadram nessa definição.

Já Flik (formiga), o personagem principal da trama possui uma racionalidade substantiva, onde com seu trabalho ele busca auto realização, uma satisfação, além de autonomia e valores como solidariedade por estar ali ajudando aqueles com quem convive, liberdade para seu formigueiro, se libertando do poder dos gafanhotos e o bem-estar coletivo.

Não há uma organização que é regida por somente uma das racionalidades, e o formigueiro não é uma exceção. Um trabalho com significado possui três características essenciais, variedade de tarefas e a variedade de competências para desenvolver o trabalho, trabalho não alienante que possui finalidade, valor, possibilita autonomia, significado da tarefa, a tarefa tem um impacto substancial na vida de outras pessoas.

O trabalho de Flik acabava resultando em um trabalho sem sentido pois, por mais que ele tivesse as competências e a vontade, suas ações eram realizadas de um modo meio atrapalhado, e a finalidade de seu trabalho era simplesmente agradar os gafanhotos, era um trabalho que não possuía valor nem possibilitava autonomia, o significado da tarefa que fazia tinha sim um impacto na vida de outros, mas acabou sendo um impacto negativo, onde o alimento foi perdido.

O texto diz que o ser humano precisa expressar sua criatividade e transcender-se para se valorizar, e com Flik não era diferente, ele gostava de expressar sua criatividade para que suas invenções fossem de grande ajuda para seu formigueiro, ele procurava a valorização de seu trabalho agradando aqueles à sua volta.

Dentre os seis padrões de definição do trabalho, o formigueiro está enquadrado no padrão ‘D’, onde recebe-se dinheiro, faz parte de suas tarefas, alguém lhe diz o que fazer, não é agradável, no padrão ‘E’, em que o trabalho é mentalmente e fisicamente exigente, recebe-se dinheiro, mas não é agradável, e no padrão ‘F, em que todos possuem horário regular para desenvolver o trabalho, recebe-se dinheiro, faz parte de suas tarefas.

Flik está no padrão de trabalho ‘B’ em que existe um sentimento de vinculação, recebe-se dinheiro e o faz para contribuir com a sociedade, e no padrão ‘C’ onde que por mais que o trabalho seja fisicamente exigente ele é realizado para contribuir com a sociedade e outros se beneficiam dele.

Resumo dos Textos: 11 a 15, 17 e 28 a 30

O Sequestro da subjetividade

José Henrique de Faria

Francis Kanashiro Meneghetti

- A subjetividade é a criação da concepção e percepção do ral, que faz parte do domínio das atividades psiquícas, emocionais e afetivas do sujeito ou coletivo que forma a base da tradução racional idealizada dos valores, interpretações ,atitudes e ações.A subjetividade do indivíduo não está apenas em sua consciência, mas também na circulação onde participa a mente, os afetos, o corpo, os vínculos, o trabalho, a casa e os outros (VOLNOVICH, 1995).

- O papel do contexto ambiental da sua atuação e o seu relacionamento com o mesmo enquanto ator social, tem espaço fundamental na formação da sua subjetividade, sendo assim importante destacar a importância de um imaginário coletivo, dos vínculos grupais estabelecidos, dos processos de produção a que o sujeito se submete e a ideológica que o influencia.

- A subjetividade do trabalhador tornou-se fragmentada na atual sociedade capitalista. A busca por pequenos gozos narcísicos, os novos modelos de produção e gestão, representados atualmente pelo Toyotismo, e a disseminação de uma ideologia tipicamente alicerçada nos valores sociais e econômicos capitalistas, foram capazes de propiciar o sequestro da subjetividade do trabalhador e, consequentemente, leva-lo a enfrentar condições físicas e psicológicas de trabalhos cada dia mais precárias (DEJOURS, 2000).

- A subjetividade fragmentada é uma forma de “contribuição forçada” que o indíviduo faz de sua subjetividade

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