AS DIFICULDADES NA DIFUSÃO DO CONHECIMENTO EM ORGANIZAÇÕES DE DIFERENTES CULTURAS
Por: SonSolimar • 6/7/2018 • 9.359 Palavras (38 Páginas) • 379 Visualizações
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e Takeuchi (1997) afirmam que existem cinco condições capacitadoras para que a criação do conhecimento organizacional seja feita de forma eficiente: intenção, autonomia, flutuação e caos criativo, redundância e variedade de requisitos. São elas que promovem a espiral do conhecimento. A figura a seguir mostra como se dá o processo da criação do conhecimento e posteriormente têm-se a explicação de cada uma das condições.
Figura 1 – Processo de Criação do Conhecimento (Espiral do Conhecimento)
Fonte: Nonaka e Takeuchi (1997, p. 65)
A primeira condição denomina-se por intenção organizacional. Deve-se entender que ela é definida como a pretensão que a organização tem para atingir suas metas (NONAKA E TAKEUCHI, 1997).
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A segunda condição é a autonomia. Nonaka e Takeuchi (1997) afirmam que os funcionários que a possuem no trabalho, são motivados para criar novo conhecimento e com isso a organização aumenta as chances de introduzir oportunidades inovadoras.
Flutuação e caos criativo estimula a interação entre a organização e o ambiente externo. Quando a empresa abre suas portas e passa a considerar os sinais da atmosfera que lhe cerca, ela aprimora o seu sistema de conhecimento (NONAKA E TAKEUCHI, 1997).
A redundância é a quarta condição. Para este caso, Nonaka e Takeuchi (1997) consideram que redundância não significa desperdício ou superposição desnecessária de informações e sim o fortalecimento intencional de elementos que a gerência da empresa considera importantes.
A quinta condição é a variedade de requisitos. Em uma empresa onde os funcionários possuem uma variedade de requisitos, estes conseguem enfrentar diversas situações, fazendo com que a organização se torne flexível e rápida em todos os seus níveis (NONAKA E TAKEUCHI, 1997).
Aclaradas as condições, a definição formal diz que “a criação do conhecimento organizacional, pois, deve ser entendida com um processo que amplia “organizacionalmente” o conhecimento criado pelos indivíduos, cristalizando-o como parte da rede de conhecimentos da organização” (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).
2.2 Gestão do conhecimento
Segundo Zabot (2002), na economia de uma sociedade globalizada, o grande diferencial competitivo entre as empresas passou a ser a capacidade de gerar conhecimento e produzir inovação, depois de muito tempo esse diferencial haver sido baseado na mão de obra barata ou recursos naturais. Com isso é importante compreender o que significa Gestão do Conhecimento:
Deverá ser entendida como a abordagem de integrar, identificar, gerir e partilhar toda a informação da empresa seja ela, base de dados, políticas, procedimentos, cultura, processos e assim como todas as experiências pessoais dos colaboradores. (NONAKA; TAKEUCHI, 1995, p.47).
Conforme Von Krogh, Ichijo e Nonaka (2001), o principal objetivo da gestão do conhecimento é estimular os profissionais a performarem com excelência e captar o conhecimento de cada um e convertê-lo em algo que toda a organização possa utilizar a ponto de alcançar vantagem competitiva.
2.2.1 As fases da gestão do conhecimento
Neste tópico do trabalho, serão citadas as fases essenciais que por meio dessas as empresas adquirem recursos intangíveis que, dependendo de como os gerenciam, podem trazer vantagem competitiva. Segundo Davenport e Prusak (1998), as empresas que são consideradas como saudáveis são aquelas que geram e usam o conhecimento, conforme interações com seus ambientes.
Criação do Conhecimento
Segundo Nonaka e Takeuchi (1995), a criação do conhecimento pode ser considerada não somente quando organizações inovam, simplesmente processando informações externas para solucionar problemas existentes e adaptar para um ambiente de mudanças, mas também criam novos conhecimentos de dentro para fora, a fim de redefinir tanto os problemas como as soluções, recriando seus ambientes.
Argote (1999) defende que a “criação” ou “aquisição” do conhecimento é aquele que ocorre sempre quando grupos se reúnem para compartilharem conhecimento dos quais cada membro possui uma parcela e não somente conhecimento já existente, mas também o que a autora chamou de “conhecimento emergente” que vem a ser o conhecimento que o grupo adquire, mas nenhum dos integrantes havia carregado consigo antes desta reunião.
Codificação do Conhecimento
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Considerada por Davenport e Prusak (1998) como a segunda fase da Gestão do Conhecimento, entenderemos adiante o objetivo e a natureza da Codificação do Conhecimento:
O objetivo da codificação é apresentar o conhecimento numa forma que o torne acessível àqueles que precisam dele. Ela literalmente transforma o conhecimento em código (embora não necessariamente em código de computador) para torná-lo inteligível e o mais claro, portátil e organizado possível. (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p. 83)
Difusão do conhecimento
Após simples abordagem de cada uma das fases da gestão do conhecimento, é importante informar que esta fase da gestão será aprofundada neste trabalho por sua importância e por ser o foco do mesmo. De acordo com D’este e Patel (2007), a difusão do conhecimento significa um processo de compartilhamento entre diferentes pessoas para benefício mútuo.
O objetivo da difusão do conhecimento, segundo Davenport e Prusak (1998) é melhorar a capacidade da organização de realizar suas atividades, e, portanto, aumentar seu valor. Mesmo se a transferência e a absorção do conhecimento estiverem juntas não têm valor útil qualquer se o novo conhecimento não levar a algum tipo de mudança de comportamento ou ao desenvolvimento de alguma nova ideia que leve a essa mudança de comportamento desejado.
Reforçando o tema de nosso trabalho, Davenport e Prusak (1998) enfatizam que os métodos de transferência do conhecimento devem ser compatíveis com a cultura organizacional e também com a cultura nacional. É importante reconhecermos o valor dos contatos
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