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A formação - Sociologia

Por:   •  15/11/2017  •  1.568 Palavras (7 Páginas)  •  262 Visualizações

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Os “profetas do passado” falavam que a época moderna era dominada pelo caos social, e não viam nenhum progresso numa sociedade cada vez mais alicerçada no urbanismo, na indústria, na tecnologia, na ciência e etc. Lastimavam o enfraquecimento da família e da religião, principalmente.

Preocupados com a ordem e a estabilidade, os conservadores estavam tecendo uma nova teoria sobre a sociedade, que focavam no estudo de instituições sociais como a família, a religião, o grupo social e a contribuição delas para a manutenção da ordem social, enfatizando a importância da autoridade, da hierarquia e dos valores morais.

Alguns dos pioneiros da sociologia, preocupados com a defesa da nova ordem social, chegaram mesmo a considerar algumas ideias dos conservadores como reacionárias, mas eram plenamente conscientes de que não seria possível voltar à velha sociedade feudal.

Grandes autores positivistas como Emile Durkheim, Auguste Comte e Saint-Simon, afirmavam que a “escola retrógrada” era imortal, e seria sempre merecedora de admiração e gratidão deles.

Saint-Simon, sofreu a influência de ideias iluministas e revolucionárias, como também foi seduzido pelo pensamento conservador. Dizia que na sociedade francesa pós-revolucionária reinava um clima de desordem e anarquia. Em sua visão, a nova época era do industrialismo e que a união dos industriais com os homens da ciência traria a harmonia e ordem à sociedade industrial. Acreditava que a ciência poderia exercer o mesmo papel de conservação social que a religião tivera no período feudal, pois, ao estabelecerem verdades que seriam aceitas, ocupariam a posição do clero no feudalismo, ao passo de que os comerciantes, fabricantes e banqueiros substituiriam os senhores feudais.

Várias ideias de Saint-Simon seriam retomadas por Auguste Comte, um pensador menos original, inteiramente conservador, e um defensor nato de uma nova sociedade. Comte falava que as sociedades europeias se encontravam em um profundo caos social. Em sua visão, não seria a partir das ideias religiosas que se daria a reorganização de uma nova sociedade, pois, estas já tinham perdido muita força na conduta dos homens.

Para Comte, a propagação das ideias iluministas em plena sociedade industrial poderia levar a desunião entre os homens, portanto, para haver se reestabelecer a ordem nas ideias e nos conhecimentos, seria necessário um conjunto de crenças comuns a todos os homens.

O seu ponto de partida era a ciência e o avanço que ela vinha abrangendo em todos os campos de investigação. Em seus trabalhos, sociologia e positivismo aparecem intimamente ligados, uma vez que a criação desta ciência marcaria um trunfo final do positivismo no pensamento humano. Considerava um dos pontos altos de sua sociologia, a reconciliação entre a “ordem” e o “progresso” para a nova sociedade.

Para Durkheim, a questão da ordem social seria uma preocupação constante. Foi o responsável por inserir a Sociologia na Universidade, conferindo a esta disciplina o reconhecimento acadêmico. Sua obra foi elaborada num período de constantes crises econômicas, que causavam desemprego e miséria entre os trabalhadores, que acabam gerando as lutas de classes, com os operários usando greves como forma de lutar e criando seus sindicatos. Ao enfatizar ao longo de sua obra o caráter exterior e coercitivo dos fatos sociais, Durkheim menosprezou a criatividade dos homens no processo histórico.

O positivismo, em si, teve uma preocupação básica com a manutenção e a preservação da ordem capitalista. O socialismo procura realizar uma crítica radical a esse tipo histórico de sociedade.

A formação e o desenvolvimento do conhecimento sociológico crítico e negador da sociedade capitalista, são totalmente ligados aos pensamentos de Marx e Engels. Estes pensadores não estavam preocupados em fundar a sociologia como disciplina especifica.

Em suas obras, disciplinas que hoje chamamos de Antropologia, Ciência Política, economia, sociologia, estão profundamente interligadas, procurando oferecer uma explicação da sociedade como um todo.

Ao contrário do positivismo, que procurou elaborar uma ciência “neutra” e “imparcial”, concentrando basicamente sua atenção na estabilidade social. Marx e seus seguidores deixaram claro a intima relação entre o conhecimento por eles produzido e os interesses da classe revolucionária existente no capitalismo. Apontava as crescentes divisões de trabalho como uma das formas pelas quais se realizavam as relações de exploração, antagonismo e alienação.

Com a intenção de conferir a sociologia uma reputação científica, Weber insistiu em estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento cientifico e os julgamentos de valor sobre a realidade. A busca de uma neutralidade cientifica o levou a estabelecer uma rigorosa barreira entre o cientista e o político, sendo um argumento útil para aqueles que viviam e iriam viver a sociologia como profissão.

A formação da sociologia desenvolvida por Weber é influenciada pelo contexto intelectual alemão de sua época, incorporando algumas ideias de Kant, e também alguns pensamentos marxistas, que nessa época já tinha penetrado as universidades.

A religião ocupou um papel importante nas preocupações e nos trabalhos de Weber, pois desejava compreender a sua influência sobre a conduta econômica dos indivíduos. Com isso, realizou grandes trabalhos pelas regiões da Índia e China, ficando muito famoso nessa área de estudo.

Para Weber, as instituições produzidas pelo capitalismo, como a grande empresa, constituíam clara demonstração de uma organização formal. O capitalismo, lhe parecia a expressão de modernização e uma expressiva forma de racionalização do homem ocidental.

A obra de Weber, assim como as de outros grandes pensadores, sejam eles positivistas, conservadores, constitui um momento decisivo na formação da sociologia, de certa

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