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O Egito antigo

Por:   •  4/6/2018  •  11.176 Palavras (45 Páginas)  •  415 Visualizações

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3- A Produção e consumo da cerveja e vinho no Egito: No antigo Egito boa parte da terra aravel era destinada para o cultivo de cereais e do linho. O historiador Heródoto nos revela que popularmente os egípcios em vez de vinho usavam uma bebida feita de cevada(cerveja) e que o vinho era consumido principalmente pela aristocracia e os sacerdotes devido sua importância dentro da sociedade.De fato, a cerveja era a bebida mais popular na terra do Nilo devido sua produção ser bem menos complexa e onerosa.Por outro lado, o clima desértico e quente do Egito deixava a produção do vinho muito mais trabalhosa e principalmente necessitando de um alto custo ficando seu consumo restrito as camadas mais altas da ordem social.A produção do vinho chegava a ser dez vezes mais caro do que a cerveja, sendo necessário o desenvolvimento de um eficiente sistema de regagem para um cultivo satisfatório.O processo de produção do vinho no Egito antigo era realizado a moda tradicional europeia.Colocava-se as uvas debulhadas nas tinas e depois cerca de seis homens esmagavam as uvas com os pés, depois o suco era escorrido e armazenado em jarras que ficavam abertas ou levemente cobertas e expostas ao sol para facilitar a fermentação.A tonalidade mais ou menos forte do vinho esta diretamente ligado a forma de fermentação que poderia ou não ser feita com a casca da uva juntamente com o suco.O crescimento da viticultura no Egito deu um salto significativo a partir do contato com os gregos e romanos que eram especialistas nessa atividade.Apesar de ser uma bebida aristocrática, os soldados que combatiam bem ,eventualmente poderiam receber vinho como premiação.Os membros do povo raramente poderiam provar do vinho, pois acreditava-se, que misturados a outros ingredientes, o vinho tinha poder curativo para acabar com muitas doenças como:Vermes, tosse, asma,regulador de urina,aliviar a dor e estimulador de apetite.No Egito faraônico, o vinho também apresentava uma grande importância politica e religiosa.O vinho era ofertado as divindades e bastante consumido durante as festividades de coroação dos faraós que ao ofertar a bebida aos deuses esperava receber em troca um reinado de estabilidade e justiça.Portanto, esta bebida estava cercada de toda uma carga religiosa e politica, pois era indispensável nas cerimonias funerárias, onde era ofertado para os mortos , sendo muitas vezes colocadas jarras de vinho junto com os faraós nas tumbas.O vinho estava associado a Osíris, senhor dos mortos, era a divindade principal da festividade comemorativa de ressurreição e enchente do rio Nilo que trazia ótimas colheitas.As vinhas simbolizavam a ressurreição de Osíris e o inicio de um novo ciclo.Desta forma, devemos entender que o ao analisarmos a origem, produção e consumo do vinho no antigo Egito podemos perceber as desigualdades sociais,as crenças no estreitamento das relações entre vivos e mortos e também todo o caráter politico atribuído a esta bebida que era vista pelos faraós como mecanismo para fortalecimento do seu poder junto aos deuses.

4-Texto de aprofundamento: Egiptofilia, Egiptomania e egiptologia

“O interesse pelo Egito antigo pode expressar-se de três maneiras:pela egiptofilia,que é o gosto pelo exotismo e posse de coisas relativas ao Egito antigo, pela egiptomania;a reinterpretação e re-uso de traços da cultura do egito antigo de uma forma que lhe atribua novos significados e pela egiptologia, ciencia que trata de tudo quanto se,de ambas, pelo Egito antigo. A diferença consiste no grau e no direcionamento dessa atenção. A busca e o culto pelos vestigios originais daquela epoca, caracterizam a egiptologia. A tentativa de dar um novo olhar e uso aos principios fundamentais das criações egipcias antigas singulariza a egiptomania. Pode se dizer que essa pratica conjuga ciencia e imaginação, ao formar a sua substancia a partir dos dados academicos, do saber popular, transmitido por viajantes e escritores, e do repertorio de crenças e mitos universais” ( Margaret Bakos)

5-Divisão e reunificação do Egito antigo-Formação do estado Faraônico: Os varios nomos que se estabeleceram as margens do Nilo eram compostos por monarcas que passaram a entrar en conflito entre si. Desta forma, mediante esses confrontos, alguns clãs acabaram se sobresaindo e promovendo uma divisão no espaço geografica do Egito que ficou dividido em alto e baixo Egito. O alto Egito era representado por uma coroa branca localizando-se na região do vale do Nilo e o baixo Egito era representado por uma coroa vermelha e se concentrava na região do delta do Nilo que desembocava no mar Mediterrâneo.Neste momento podemos perceber que ainda não prevalecia no Egito o que chamamos de “ Estado Faraônico”, pois o poder estava dividido entre os dois Egitos se configurando um cenário de descentralização do poder. O Egito só evoluiu para uma organização política centralizada por volta de 3.200 a.c com Ménes, rei do altto Egito, que promoveu a reunificação do território fundindo as duas coroas e assim se tornamdo o primeiro Faraó. Nesse momento começa a chamada era dos Faraós marcada por varias dinastias que foram se sucedendo ao longo dos séculos. O estado Faraônico apresentou na sua estrutura um carater centralizado e téocratico, pois o poder do Faraó era considerado divino e este concentrava em suas mãos os principais poderes. Entretanto, não podemos esquecer que apesar do Faraó possuir muitos poderes ele não governava sozinho sendo auxiliado pelos sacerdotes e por todo um corpo burocratico composto por membros da Aristócracia Egipcia. O poder do Faraó só se enfraqueceu durante o periodo que convencionalmente é ficou conhecido como Médio império(2000-1580 a.c), momento em que instabilidades e disputas pelo poder dentro da aristócracia enfraqueceram o Egito permitindo a invasão de povos de origem semita conhecidos como Hicsos que dominaram o Egito por muito tempo, mas o dominio dos Hicsos também teve ponto positivo, pois os Egipcios evoluiram sobre tudo na area militar com a introdução de novas feitas com outros metais e novas técnicas de combate com a utilização de carros de guerra. Somente no que foi chamado de novo império (1580-1525 a.c) os invasores Hicsos foram expulsos e o Egito niciou um processo de grande expansão territórial com o retorno do poder dos grandes faraós. Neste momento um dos Faraós que mais se destacou foi Amenófs IV que com o intuito de controlar a inflûencia dos sacerdotes mudou a estrutura religiosa do Egito implementando o monoteismo baseado no culto do Deus Aton, o retorno do politismo só ocorreria com a morte de Amenófs IV e a subida ao poder de Tutancamom.

6- A organização social no Egito antigo: Ao analisarmos o funcionamento e estrutura social no antigo Egito percebemos

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