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Monografia

Por:   •  13/9/2017  •  6.645 Palavras (27 Páginas)  •  540 Visualizações

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Nota-se que ambos os autores, possuem linhas de pensamentos semelhantes e seus estudos se complementam quanto à origem da hospitalidade. A hospitalidade traduz o esforço e o desejo de melhor compreender a essência do ser humano em suas várias dimensões ao longo do tempo. Desta forma, pode-se dizer que receber bem os visitantes, é uma prática antiga e ainda presente nos dias atuais.

Do ponto de vista do Turismo, a hospitalidade assume um papel mais abrangente e organizado, pela complexidade de equipamentos necessários para acolher turistas. Este aspecto reforça a necessidade da montagem de equipamentos para organizar e sustentar o turismo receptivo dos municípios, sobretudo, os de pequenos e médios portes. Antes de compreender turismo receptivo, é preciso expor melhor a relação entre Turismo e hospitalidade.

1.2 RELACÃO ENTRE HOSPITALIDADE E TURISMO

O Turismo enquanto atividade social engendra em seu interior a própria essência da hospitalidade, pois, para que seja possível tornar-se um destino procurado por turistas de forma frequente, faz-se necessário compreender e estruturar a localidade para receber turistas, ou seja, é preciso acolher de forma adequada aos visitantes e turistas para que os mesmos possam criar o [1]fluxo turístico desejado. Desta forma, a hospitalidade faz parte da atividade turística, na medida em que é fundamental para que esta ocorra satisfatoriamente.

As atividades que circundam o turismo em uma localidade são baseadas em dois tipos de infraestruturas: a infraestrutura básica e a infraestrutura turística. Existe entre ambas, uma interdependência quando a localidade busca fluxos turísticos organizados, pois, um município que busca atender aos conceitos de cidadania a seus moradores; cria infraestruturas mínimas de convivência social, tais como, saneamento básico; moradia; educação; saúde; etc. As infraestruturas turísticas dependem dessas condições mínimas para se estabelecer. Na concepção de Andrade e Serra (2010), a infraestrutura básica econômica pode ser assim definida:

Em geral, a infra-estrutura econômica é entendida como o conjunto daqueles elementos estruturais de uma economia que permitem a produção e o fluxo de bens e serviços entre compradores e os vendedores, tais como as telecomunicações, os vários modos de transporte, os sistemas de energia, os serviços de saneamento, entre outros, os quais constituiriam pré-requisitos para o crescimento econômico. Muitas destas atividades são considerados como serviços de utilidade pública, produzidos muitas vezes por empresas estatais, embora mais recentemente venham sendo prestados crescentemente por empresas privadas, por concessão pública[2].

Pode-se perceber que a concepção dada pelos autores à infraestrutura básica, possui caráter econômico, pois, faz parte da economia de um povo todos estes serviços citados. Trata-se de estruturas e serviços comuns ao meio social, normalmente com responsabilidade do Estado. Ainda assim, os autores citam a necessidade de ampliar o conceito de infraestrutura básica econômica, a fim de abranger outros serviços atualmente necessários:

No contexto de uma análise que examine a infra-estrutura requerida pelas atividades típicas de cidades globais, pensa-se que seja necessário entender o conceito de infra-estrutura econômica de uma forma mais ampla, incorporando não apenas aqueles serviços tradicionalmente considerados como supridores daqueles insumos públicos, como feito acima, mas expandindo a lista dos mesmos para incorporar atividades adicionais. Estas atividades extras apresentariam também a característica de essencialidade para a existência e a operação de funções globais nos centros urbanos. (ANDRADE E SERRA, 2010).

Sob esta descrição, vê-se a necessidade de acréscimo de outras atividades consideradas como básicas às infraestruturas das cidades, sobretudo, nos grandes centros. Para o Turismo, este acréscimo de atividades ocorre de forma mais ampla, pois, os chamados equipamentos turísticos são incorporados para proporcionar a devida assistência aos turistas. A infraestrutura turística pode ser entendida como:

Considera-se como infra-estrutura do apoio ao turismo o conjunto dos estabelecimentos e serviços que dão suporte à atividade turística através do atendimento direto ao visitante. Trata-se dos meios de hospedagem e alimentação, agenciamento turístico, lazer, compras e entretenimento. Integrados ao conjunto da infra-estrutura urbana, constituem, em parte, a força de atração de uma determinada localidade[3]. (SÃO PAULO TURISMO S/A, 2013).

É possível perceber a dependência entre ambas as estruturas. A infraestrutura turística abrange aeroportos; heliportos; marinas; meios de hospedagem; centros de eventos; praças públicas; parques de exposições; estâncias minerais; termais; casas de cultura; museus; centro de comercialização de artesanatos; teleféricos; prédios históricos; etc. Todos esses meios dão suporte à atividade turística, assegurando aos turistas e visitantes, os equipamentos necessários para satisfazer suas expectativas de serviços durante sua estada.

Devido aos mais variados tipos de perfis e critérios de satisfação existentes, cabe demonstrar os principais tipos de turismo e turistas, bem como suas preferências e características.

1.3 CLASSIFICACÕES DE TURISMO E TIPOS DE TURISTAS

O Turismo possui diversas classificações e subdivisões para melhor compreensão de suas atividades. Tais divisões permitem adequar as características dos turistas aos meios e equipamentos existentes. Entre os tipos de turismo, pode-se citar:

•TURISMO "POPULAR" OU TURISMO "SOCIAL": Vários autores usam a expressão "turismo social" para denominar as características desse estrato da demanda, o que invariavelmente leva o leigo a confundi-lo com o turismo de massa, visto que este representa o maior segmento social no mercado de Turismo, o que em parte se justifica. A melhor denominação no caso seria "turismo socializado", por suas próprias características.

•TURISMO CONVENCIONAL: É a atividade turística cuja motivação não está associada a interesses específicos como cultura, religião, recurso natural, esporte ou outras atividades isoladas, podendo enfocar um ou mais desses atrativos, porém com o intuito maior de descanso, lazer, entretenimento e obtenção de conhecimentos genéricos sobre a localidade visitada (EMBRATUR, s.d.).

•TURISMO CULTURAL: É aquele que se pratica para satisfazer o desejo de emoções artísticas e informação cultural, visando

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