Ética e Cidadania do Guia de Turismo

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os colegas professionais, comunidades e turistas lembrando que o limite deles termina onde começa o seu e vice-versa. Ele não emitira, durante a excursão de ônibus qualquer comentário político partidário, comentário desfavorável sobre pessoas o locais e não fara qualquer discriminação de raça, credo, religião, idade, deficiência, aparência física, sexo o costumes. Ele se informara sobre as formas de vida dos turistas, seus gostos e suas expectativas para adequar o trato si for preciso. Ele contribuirá para o pleno desenvolvimento cultural e espiritual dos turistas permitindo, por exemplo, o exercício de suas práticas religiosas durante os seus deslocamentos. As pessoas mais vulneráveis serão tratadas com benevolência e compaixão (pessoas idosas, obesas o deficientes, comunidade acolhedora muito pobre etc). O Guia auxiliara uma pessoa idosa o deficiente no embarque o desembarque do ônibus e as encaminhara às mesas.

O terceiro exemplo é relativo à postura e conduta apropriada do Guia: ele devera cuidar a apresentação pessoal (cabelo, roupa, sapatos, crachá, etc), ter boas maneiras, conduta correta, linguagem adequado, corresponder à confiança e atender com esmero, pontualidade, discrição e zelosa diligência. Além disso devera manter o sigilo profissional sob os assuntos e documentos que lhe serão confiados. Uma pessoa idosa, deficiente o doente que confia no Guia dando informações sobre sua saúde espera que o mesmo seja sério e íntegro.

A cidadania tal como conhecemos hoje é um conceito que nasceu a partir da Revolução Francesa, em 1789 cuando os homens passam a ter direitos iguais perante a lei. Surgem as noções de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, das quais somos herdeiros. É um conjunto de direitos e deveres relacionados a todos os indivíduos que fazem parte da nossa sociedade e sempre esta em processo de mudança e construção. Ela comporta o ideal de liberdade e o principio de solidariedade humana. O conceito de cidadania passou a ser associado a outros aspectos da existência, para além da dimensão política e civil. É por isso que se considera que a exclusão socioeconômica, as desigualdades, o preconceito, a falta de acesso a cultura e ao lazer, dentre outros processos, inviabilizam o pleno exercício da cidadania. Na atividade turística, ocorre um encontro entre os turistas e a comunidade receptora. Este encontro é permeado por trocas, tanto econômicas, quanto socioculturais. O turismo cidadão é uma prática economicamente rentável, ecologicamente correta e socialmente justa favorecendo um desenvolvimento sustentável e a inclusão social da comunidade acolhedora. É importante que o Guia de turismo e os turistas (educados pelo Guia se for preciso), de forma ética e cidadã, cuidem e zelem pelo modo como se estabelece a relação com a comunidade receptora.

No primeiro exemplo, o Guia de Turismo pode informar e educar os turistas sobre o respeito ao meio ambiente e ao Patrimônio Nacional, colaborando com sua preservação. Ele mesmo precisa ter uma postura ecologicamente correta, incentivando os turistas a fazer o mesmo: não jogar nada pela janela do ônibus, guardar o lixo e joga-lo nas paradas técnicas, usar o mesmo copo descartável durante a excursão, não alimentar animais, não levar plantas, pedras, não tocar nada durante os passeios na natureza, não desperdiçar a comida são alguns exemplos. O Guia de Turismo participa do desenvolvimento sustentável, ajudando a preservar o local, o meio ambiente e educando os turistas que preferem viajar em um local preservado do que um degradado que seja no turismo de natureza (ecoturismo), no turismo urbano o durante os deslocamentos.

O turismo tem que ser uma prática socialmente justa, voltada à comunidade local, favorecendo a inclusão social, a solidariedade e o desenvolvimento sustentável, valorizando a cultura local de maneira ética e cidadã, buscando a redução das desigualdades sociais e participando da redução da pobreza. Por exemplo o Guia, numa excursão de ônibus pode levar o grupo numa comunidade receptora para visitar uma cooperativa de artesanato, favorecendo a troca econômica e sociocultural com respeito mútuo entre os turistas e a comunidade receptora. Visitar uma estancia biológica é outra opção que o Guia pode propor aos turistas para desenvolver a consciência ambiental deles e o desenvolvimento sustentável do local.

O terceiro exemplo de comportamento cidadão do Guia de Turismo durante uma excursão de ônibus é participar do combate ao turismo sexual. Divulgando a cultura de nossas regiões brasileiras ou nossos pontos turísticos mais famosos, o Guia ajuda a reduzir a visão de “festa, mulher e carnaval” que muitos turistas, ainda, vinculam nosso país. Quando levar um grupo numa comunidade carente deverá ficar atento a este problema e não hesitará a denunciar a exploração sexual de menores pois essa prática criminosa constitui um dos impactos mais negativos do turismo. Favorecendo o desenvolvimento sustentável na comunidades carentes ele ajudará na inclusão social das mesmas. Participará das campanhas publicitarias de divulgação internacional do país objetivando erradicar a exploração sexual