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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM TURISMO

Por:   •  19/10/2017  •  3.564 Palavras (15 Páginas)  •  456 Visualizações

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O “ bem receber ’’ se relaciona intimamente com a qualidade dos bens e serviços oferecidos no Turismo. Portanto, a qualidade oferecida no destino turístico vai influenciar diretamente no bem ou no mau atendimento ao turista. Beni (2001) afirma que a qualidade no Turismo refere-se ao serviço aliado ao produto e que o fator qualidade é o único critério que se impõe de maneira natural para determinar o êxito ou o malogro desses.

Segundo Martins (2003), a hospitalidade no Turismo deve estar presente em todas as atividades relacionadas com o Turismo, desde a facilitação (ingresso, permanência, deslocamentos internos e saída dos visitantes), o desenvolvimento da infraestrutura (rodovias, portos, aeroportos, obras viárias, saneamento, energia, equipamentos sociais), os transportes e comunicações (terrestres, aéreos, marítimos, fluvial e telecomunicações), a educação e capacitação (formação de recursos humanos para o setor em níveis distintos) e prestação de serviços (alojamentos hoteleiros, transportadores, restaurantes e similares, diversão e entretenimento, agências de viagens e locadoras).

Diante do exposto, pode-se dizer que o bem receber compreende todos os esforços consumidos pelo poder público e empresas privadas para fazer de um local um grande atrativo turístico. É primordial receber os visitantes com atenção, demonstrar-lhes que o local tem interesse em sua presença e que está preparado para recebê-los. Assim, fica claro que a hospitalidade está diretamente ligada às necessidades e desejos das pessoas, ou seja, do desejo do visitante de “ ser bem recebido ’’.

De acordo com Kotler (1980), a necessidade de rever os serviços prestados e colocar o cliente como peça fundamental do Sistema de Turismo, oferecendo a ele serviços diferenciados é imprescindível para conquistá-los, mas deve-se sempre levar em consideração os interesses da comunidade local, evitando assim, conflitos que possam vir causar a inviabilidade do destino turístico.

Castelli (2001) afirma que o aumento da participação das pessoas no turismo fez com que as empresas hoteleiras, um dos principais suportes do roteiro turístico, expandissem, exigindo uma formação especializada dos recursos humanos para todos os setores que formam a estrutura organizacional do hotel.

O treinamento do colaborador faz parte da arte do bem servir e receber, e torna-se peça fundamental, considerando que o tratamento recebido pelo turista é, na maioria das vezes, o gerador de uma imagem positiva ou negativa, do atrativo turístico.

A qualidade dos serviços prestados, não foca apenas o domínio das técnicas de atendimento com qualidade, mas principalmente o envolvimento dos colaboradores na capacitação, para que possam satisfazer o cliente com a eficiência e eficácia dos serviços prestados.

Para ser hospitaleiro é necessário o aperfeiçoamento contínuo na excelência dos serviços prestados, educar a comunidade para receber os turistas, investir em capacitação, investir em infraestrutura básica, porque a hospitalidade está presente desde o atendimento na compra dos pacotes turísticos, às condições de sinalização, estradas, higiene, segurança dos destinos turísticos e, sobretudo, na disponibilidade de informações turísticas que são de grande relevância para a orientação dos turistas no destino, o que vem a reforçar a hospitalidade.

Em meio à essa discussão, nota-se que a existência de Postos de Informação Turística nos destinos é uma maneira de acolher bem o turista, pois os visitantes que buscam informações turísticas possuem necessidades específicas, como: dados dos meios de hospedagem; fazer reservas; bares e restaurantes; agências e operadoras turísticas; eventos e empresas que estão ligadas direta ou indiretamente à atividade turística, em que contenha informações sobre os serviços oferecidos por estas empresas.

- Postos de Informação Turística

É notório que os Postos de Informação Turística são considerados essenciais para o desenvolvimento da atividade turística, pois são os responsáveis pelas informações que orientam os turistas nos destinos.

Conforme De Lucca (2005), a informação tem uma grande importância para o setor turístico. Os turistas precisam de informação mesmo quando já chegaram ao seu destino. Essa necessidade de informação está associada a riscos – financeiros e emocionais – para o consumidor. Apesar do constante aumento do tempo livre, as férias anuais são o principal espaço temporal que pessoas possuem para viajar. Caso ocorram problemas em seus momentos de férias, psicologicamente, o visitante fica abalado e possivelmente não retorna àquela localidade.

A utilização da informação na atividade turística não se restringe a informações sobre localidades através de guias, centros de informação ou da internet. O turismo é um negócio interligado e com intensa atividade informacional entre os integrantes de sua cadeia. Operadoras de turismo, agências, companhias aéreas, hotéis, centros de informações turísticas, locadoras de veículos, guias de turismo, editoras de guias e mapas turísticos, restaurantes, bares e similares, gestores de atrativos turísticos, entre outros, dependem da rápida troca de informações para viabilização do negócio (GÂNDARA, 2003).

Segundo Cunha (1997), os postos de informação turística são um componente importante para a maioria das campanhas de promoção de destinos turísticos. Afirma ainda que os mesmos ajudam o turista a estabelecer a primeira impressão de uma localidade, podendo ser primordial na decisão de retorno daquele turista à localidade noutra oportunidade.

A afirmação de que os postos de informação turística estabelecem a primeira impressão de uma localidade é verdadeira somente em determinados casos, dependendo da forma como foi buscada a informação – virtual ou real – e ainda se o primeiro contexto – já no destino – ocorreu no posto de informação.

Ressaltando que o objetivo principal dos Postos de Informação Turística é considerar todos os visitantes como bem vindos, compartilhando com eles o bem estar e a segurança. Avena (2003) considera que o acolhimento é fator principal e imprescindível na obtenção da qualidade na prestação dos serviços. Sendo assim, ele define como elementos fundamentais no ato de “ acolher ’’ bem o turista o reconhecimento, a hospitalidade e o cuidado.

Deste modo, pode-se dizer que a hospitalidade turística, na prática, se manifesta em quatro principais dimensões: o bem receber; o bem orientar e indicar; o bem interpretar e

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