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Resenha do texto “Classes sociais, lutas de classes e movimentos sociais” Sebastião Rodrigues Gonçalves.

Por:   •  22/10/2018  •  964 Palavras (4 Páginas)  •  475 Visualizações

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ao conhecimento, o Iluminismo, transformou o avanço da burguesia em algo além do simples avanço comercial, tratava-se agora de um avanço ideológico, que ainda embrional, já era latente.

Temos agora o surgimento do modo de produção capitalista, que traz como fundamento principal a divisão da sociedade entre os burgueses, proprietários dos meios de produção, e os trabalhadores, que não possuem nada além da sua força de trabalho. Agora cabe ao Estado, para garantir a estrutura de poder do capital, a dominação do exército, da escola e de todos os instrumentos necessários para manutenção da ordem vigente e a garantia da não articulação da classe trabalhadora. Aliado a consolidação capitalista surge também a teoria Liberal, que atua de modo a individualizar a defesa dos direitos e consequentemente impedir a organização dos trabalhadores.

A Revolução Industrial colocou ao modo de produção capitalista demandas essenciais para o processo de acumulação, “aprofundado a divisão social do trabalho e acrescentando a divisão técnica para o desenvolvimento da produção”. Tinha-se agora, de forma mais pungente, na sociedade a necessidade de um processo de mercantilização da vida, onde todos os ramos que se configuram como fontes de acumulo de riqueza são fundamentais e se dão a partir da exploração. O Estado burguês difunde a ideia de que a partir da educação os males sociais seriam sanados, depositando no individuo a responsabilidade por seu êxito ou fracasso na luta pela sobrevivência.

Conforme aponta Marx a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante, logo, a educação no modo de produção capitalista atua como um instrumento fundamental de difusão da ideologia burguesa, apontando para a defesa de uma educação mercantilizada e, por consequência, precarizada. No entanto deve-se pautar a defesa de uma educação que, além de acessível a todos, seja emancipadora e esteja a serviço da classe trabalhadora, logo, aliado a defesa desse projeto de educação deve-se traçar o horizonte de uma nova sociedade, onde se extinguiria a propriedade privada e destruiria a organização social por classes. Por entender que, nessa sociedade de classes, que atende veementemente as demandas da burguesia não será possível a implementação desse modelo educacional, o que legitima a atuação dos movimentos sociais que vão auxiliar na construção dessa nova sociabilidade e a superação do modo de produção capitalista.

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